09/06/2009 08h45 - Atualizado em 23/09/2015 13h24

Especialista apresenta sistema de classificação de risco a profissionais do São Lucas e Infantil de Vitória

Aproximadamente cem servidores dos Hospitais São Lucas (HSL) e Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), ambos em Vitória, acompanharam uma palestra sobre o Protocolo de Manchester, na noite desta segunda-feira (08), apresentada pelo presidente do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), Dr. Welfane Cordeiro.

O Protocolo de Manchester é uma ferramenta de classificação de risco em que o atendimento aos usuários dos serviços de saúde é priorizado segundo a gravidade de cada caso, e não de acordo com a ordem de chegada. Para que funcione devidamente, entre outros aspectos, são necessários profissionais que saibam diferenciar cada um dos quadros clínicos.

“Trata-se de um treinamento de imersão. Os participantes recebem material didático uma semana antes e passam por atividades teóricas e práticas. Ao final, é aplicada uma avaliação sobre tudo que foi ensinado e o profissional é habilitado a fazer a classificação de risco, fazendo uso do Protocolo de Manchester”, disse o especialista.

Welfane Cordeiro ainda explicou o contexto do surgimento da ferramenta. De acordo com ele, em todo lugar do mundo o sistema de urgência e emergência passa por dificuldades, este é o cenário no qual foram criados instrumentos de acolhimento por classificação de risco, que têm a função de organizar esse atendimento. O Protocolo de Manchester é um desses sistemas.

Diferenças

Segundo o presidente da GBCR, a diferença deste Protocolo para os demais é que o sistema criado na Inglaterra é o mais estudado, mais adotado, mais conhecido e com maior número de publicações. Um hospital só pode adotá-lo, por exemplo, se houver, obrigatoriamente, treinamento na formação da equipe que atuará no acolhimento, o que está sendo feito hoje no Estado. “O Protocolo segue um padrão internacional”, ressalta.



Os bons resultados apresentados pelo sistema levam o especialista (que está à frente da implementação da tecnologia em Minas Gerais) a crer que o sistema possa se tornar uma referência no atendimento de urgência e emergência em todo o Brasil. Atualmente, ele também é usado no sistema de saúde do Paraná, além do Espírito Santo.

O Protocolo de Manchester foi criado por um grupo de especialistas da área da saúde da cidade homônima, na Inglaterra, no fim da década passada. Tamanha a aceitação da novidade, logo foi adotada pelo sistema de saúde inglês. Mais tarde, passou a ser usado na maior parte da Europa, em países como Portugal, Holanda e Alemanha.

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