05/01/2012 13h14 - Atualizado em
23/09/2015 13h32
Espírito Santo encerra o ano com 54.648 casos de dengue

O Espírito Santo encerrou o ano de 2011 com 54.648 casos de dengue notificados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Foram registrados ainda um total de 3.328 casos da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 25 óbitos confirmados e cinco em investigação. O período de abrangência é de 02 de janeiro a 31 de dezembro de 2011.
Desde a década de 1990, quando a dengue passou a ser notificada no Estado, o ano de 2011 foi o que apresentou o maior número de registros, superando os 53.708 de 2009. No entanto, com relação ao número de óbitos, o recorde continua sendo o do ano de 2009, quando foram registradas 62 mortes confirmadas.
Segundo a coordenadora do Programa de Combate à Dengue da Sesa, Gilsa Rodrigues, a redução no número de óbitos se deve, sobretudo, à capacitação dos profissionais de saúde no correto manejo clínico da doença.
Quanto ao alto número de notificações, Gilsa atribui ao fenômeno da interiorização, já que, além da concentração de casos na Grande Vitória, como em anos anteriores, em 2011, mais casos foram notificados no interior.
A circulação de três tipos de vírus diferente (1, 2 e 3) em solo capixaba também contribuiu para o alto número de notificações, segundo a coordenadora.
De acordo com pesquisa realizada em 2011 pelo Núcleo de Entomologia e Malacologia da Sesa, foi constatado que oito municípios não foram infestados pelo vetor da dengue: Águia Branca, Brejetuba, Conceição do Castelo, Divino São Lorenço, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Ibitirama e Vargem Alta.
Plano
Para evitar a disseminação da doença, o Governo do Espírito Santo lançou em outubro o “Plano Estadual de Enfrentamento da Dengue 2011/2012”. Como parte do plano, a Sesa tem realizado campanhas educativas, produção e reprodução de material educativo e de manejo clínico para os 78 municípios, e capacitações para profissionais de saúde.
Além disso, para ajudar no controle do mosquito, a Sesa está comprando equipamentos específicos para dar suporte aos municípios. São 350 bombas costais manuais que expelem inseticida e 15 veículos fumacê – outras 115 bombas costais motorizadas já foram distribuídas e 35 estão à disposição. Os novos carros se juntarão aos demais 28, totalizando 43 veículos.
Os automóveis e as bombas serão disponibilizados para localidades que sofrem com surto momentâneo da doença. O investimento do Governo do Espírito Santo é de aproximadamente R$ 2 milhões.
O tratamento com a hidratação do paciente é prioridade. Para isso, foram identificadas 22 unidades hospitalares da rede própria e filantrópica, de norte a sul do Estado, que funcionarão com leitos de retaguarda. Uma destas unidades é o Hospital Estadual Central, onde foi aberta uma enfermaria com 19 leitos exclusivos para o atendimento a esses pacientes.
Há ainda as situações que não precisam de internação, mas que também precisam de hidratação via endovenosa. Para esses casos, a Sesa adquiriu 100 cadeiras do papai que serão colocadas à disposição dos hospitais e municípios, de acordo com a necessidade.
Gilsa destaca que, além das atividades das esferas governamentais, é preciso que os cidadãos façam a parte que lhes compete, já que cerca de 68% dos focos ainda então presentes nas residências. Os principais depósitos encontrados no Estado em 2011 foram os objetos inservíveis, os reservatórios de água e os vasos de planta.
“Orientamos que cada cidadão eleja um dia fixo na semana para fazer uma vistoria em todos os locais do domicílio visando impedir que o ciclo do mosquito se concretize”, recomenda.
Outra orientação é que, ao surgimento de sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, dor no fundo dos olhos e náuseas, a pessoa procure a unidade básica de saúde e beba bastante líquido.
Municípios com maior incidência (Mês de dezembro)
Neste caso, a incidência calcula a quantidade de notificações de dengue em relação ao número de habitantes. Em outras palavras, torna mais real a análise da situação da doença em uma determinada localidade.
Para o cálculo da incidência, divide-se o número de notificações pelo quantitativo populacional do município e multiplica-se este valor por 100 mil.
O Ministério da Saúde (MS) considera três níveis de incidência de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes).
A incidência na prática
De acordo com a tabela de incidência acima, por exemplo, mesmo Bom Jesus do Norte não abrigue 100 mil habitantes, o município teria 258,3 casos de dengue para cada grupo de 100 mil habitantes.
Ou seja, isto quer dizer também que, de acordo com a classificação do MS, a incidência da doença no município é média porque há entre 100 e 300 casos para 100 mil habitantes.
Dados de anos anteriores
- 2010: 40.761 notificações, sendo 1.829 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 17 óbitos confirmados e seis em investigação.
- 2009: 53.708 notificações de dengue em 2009, sendo 2.723 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 62 óbitos confirmados.
- 2008: 37.189 notificações de dengue em 2008, sendo 483 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 16 óbitos confirmados.
Como se prevenir
- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
- Tirar água dos vasos de plantas;
- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas, etc.;
- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Desde a década de 1990, quando a dengue passou a ser notificada no Estado, o ano de 2011 foi o que apresentou o maior número de registros, superando os 53.708 de 2009. No entanto, com relação ao número de óbitos, o recorde continua sendo o do ano de 2009, quando foram registradas 62 mortes confirmadas.
Segundo a coordenadora do Programa de Combate à Dengue da Sesa, Gilsa Rodrigues, a redução no número de óbitos se deve, sobretudo, à capacitação dos profissionais de saúde no correto manejo clínico da doença.
Quanto ao alto número de notificações, Gilsa atribui ao fenômeno da interiorização, já que, além da concentração de casos na Grande Vitória, como em anos anteriores, em 2011, mais casos foram notificados no interior.
A circulação de três tipos de vírus diferente (1, 2 e 3) em solo capixaba também contribuiu para o alto número de notificações, segundo a coordenadora.
De acordo com pesquisa realizada em 2011 pelo Núcleo de Entomologia e Malacologia da Sesa, foi constatado que oito municípios não foram infestados pelo vetor da dengue: Águia Branca, Brejetuba, Conceição do Castelo, Divino São Lorenço, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Ibitirama e Vargem Alta.
Plano
Para evitar a disseminação da doença, o Governo do Espírito Santo lançou em outubro o “Plano Estadual de Enfrentamento da Dengue 2011/2012”. Como parte do plano, a Sesa tem realizado campanhas educativas, produção e reprodução de material educativo e de manejo clínico para os 78 municípios, e capacitações para profissionais de saúde.
Além disso, para ajudar no controle do mosquito, a Sesa está comprando equipamentos específicos para dar suporte aos municípios. São 350 bombas costais manuais que expelem inseticida e 15 veículos fumacê – outras 115 bombas costais motorizadas já foram distribuídas e 35 estão à disposição. Os novos carros se juntarão aos demais 28, totalizando 43 veículos.
Os automóveis e as bombas serão disponibilizados para localidades que sofrem com surto momentâneo da doença. O investimento do Governo do Espírito Santo é de aproximadamente R$ 2 milhões.
O tratamento com a hidratação do paciente é prioridade. Para isso, foram identificadas 22 unidades hospitalares da rede própria e filantrópica, de norte a sul do Estado, que funcionarão com leitos de retaguarda. Uma destas unidades é o Hospital Estadual Central, onde foi aberta uma enfermaria com 19 leitos exclusivos para o atendimento a esses pacientes.
Há ainda as situações que não precisam de internação, mas que também precisam de hidratação via endovenosa. Para esses casos, a Sesa adquiriu 100 cadeiras do papai que serão colocadas à disposição dos hospitais e municípios, de acordo com a necessidade.
Gilsa destaca que, além das atividades das esferas governamentais, é preciso que os cidadãos façam a parte que lhes compete, já que cerca de 68% dos focos ainda então presentes nas residências. Os principais depósitos encontrados no Estado em 2011 foram os objetos inservíveis, os reservatórios de água e os vasos de planta.
“Orientamos que cada cidadão eleja um dia fixo na semana para fazer uma vistoria em todos os locais do domicílio visando impedir que o ciclo do mosquito se concretize”, recomenda.
Outra orientação é que, ao surgimento de sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, dor no fundo dos olhos e náuseas, a pessoa procure a unidade básica de saúde e beba bastante líquido.
Municípios com maior incidência (Mês de dezembro)
Neste caso, a incidência calcula a quantidade de notificações de dengue em relação ao número de habitantes. Em outras palavras, torna mais real a análise da situação da doença em uma determinada localidade.
Para o cálculo da incidência, divide-se o número de notificações pelo quantitativo populacional do município e multiplica-se este valor por 100 mil.
O Ministério da Saúde (MS) considera três níveis de incidência de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes).
A incidência na prática
De acordo com a tabela de incidência acima, por exemplo, mesmo Bom Jesus do Norte não abrigue 100 mil habitantes, o município teria 258,3 casos de dengue para cada grupo de 100 mil habitantes.
Ou seja, isto quer dizer também que, de acordo com a classificação do MS, a incidência da doença no município é média porque há entre 100 e 300 casos para 100 mil habitantes.
Dados de anos anteriores
- 2010: 40.761 notificações, sendo 1.829 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 17 óbitos confirmados e seis em investigação.
- 2009: 53.708 notificações de dengue em 2009, sendo 2.723 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 62 óbitos confirmados.
- 2008: 37.189 notificações de dengue em 2008, sendo 483 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo 16 óbitos confirmados.
Como se prevenir
- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
- Tirar água dos vasos de plantas;
- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas, etc.;
- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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