Programa Medicina de Família e Comunidade

A Medicina de Família e Comunidade é uma especialidade médica que tem suas origens no Brasil, na década de 1970. O primeiro Programa de Residência em Saúde Comunitária se inicia em 1976, no Porto Alegre (São José do Murialdo), sendo reconhecida como especialidade médica em 1981, quando ainda era chamada “Medicina Geral e Comunitária”, nome usado para a especialidade até 2002.1

O Espírito Santo foi um dos pioneiros na implantação de programas de MFC que funcionou na UFES até o ano de 1996.

A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade clínica que desenvolve, de forma integrada e integradora, práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde, dirigidas a pessoas, famílias e comunidades. Esses atributos a tornam uma disciplina estratégica para a ressignificação da profissão médica.2

A Estratégia de Saúde da Família é o principal campo de atuação da MFC, desde sua criação nos anos 2000.1 Atualmente, os espaços de trabalho para MFC tem se ampliado, tanto nas equipes de ESF, atividades de ensino, gestão e mais recentemente a procura do MFC pela saúde suplementar.

O Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade do ICEPi/SESA foi construído a partir da observação de que é urgente uma formação robusta de profissionais em saúde  para  reduzir as desigualdades regionais na fixação de especialistas no ES, bem como estimular a formação de especialistas, com alto padrão de qualificação técnica, científica, tecnológica e acadêmica.3

Estão, também, dentre os objetivos dessa Residência: o aperfeiçoamento de profissionais de saúde para atuação nas políticas públicas de saúde do Estado e na organização e no funcionamento do SUS e o estímulo à realização de pesquisas aplicadas ao SUS. Ressalta-se, ainda, a importância da.

Portanto, a Residência Médica em MFC busca a atuação desse médico dentro das equipes de saúde no sentido de fomento, incentivo e trabalho interprofissional, através do treinamento de habilidades em gestão e comunicação, beneficiando os indivíduos, famílias, comunidades e territórios por ele assistidos que se expressa em seu Plano Pedagógico através de:

♦ Campos de prática descentralizados, orientados pela APS através das Estratégias de Saúde da Família, nos municípios capixabas de Aracruz, Colatina, Linhares, São Mateus;

♦ Unidades Educacionais, que utilizam-se de Metodologias Ativas de Ensino: 

- Unidade Educacional de Cuidado Individual para o Médico de Família e Comunidade: norteada pela Matriz de Competências em Medicina de Família e Comunidade da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade;

                - Unidade Educacional de Gestão e Cuidados Coletivos: norteada no sentido da realização e aplicação

                  de um Projeto Aplicativo que dirige-se aos problemas ligados à vivência concreta dos residentes e à 

                  formulação de uma proposta de intervenção para o enfrentamento desse problema;

Unidade Educacional de Investigação: norteada a partir do método científico e tem como objetivo a iniciação do residente em pesquisa aplicada, permitindo que conduza essa metodologia a fim de obter respostas às questões que aparecem em seu cotidiano de trabalho.

Há um complemento no valor da Bolsa de Residência no valor de 4.500,00 fornecido pelas gestões municipais como incentivo ao aprimoramento profissional em uma especialidade considerada essencial para o SUS, que é a Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade. 

Convidamos os médicos e médicas interessados em ampliar suas competências no cuidado individual e coletivo, através da aquisição de habilidades para sua educação permanente, além de treinamento em ferramentas para gestão em saúde e pesquisa aplicada em comunidades e territórios, que conheçam melhor nosso programa.

Contato: residencia.mfc.icepi@gmail.com

BIBLIOGRAFIA

  1. GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p. 
  1. Rev Bras Med Fam e Com 157 Rio de Janeiro, v.3, n° 11, out /dez 2007
  1. PORTARIA SESA Nº 002-R, DE 07 DE AGOSTO DE 2019.

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