03/02/2015 12h01 - Atualizado em 23/09/2015 13h42

Saúde quer potencializar as ações de humanização na rede de atendimento do Estado

O Grupo Condutor da Política Estadual de Humanização inicia a agenda anual de reuniões das câmaras técnicas regionais nesta quarta-feira (04), com o desafio de potencializar os dispositivos da Política Nacional de Humanização (PNH) no Espírito Santo. A agenda começa com a reunião da Câmara Técnica Metropolitana (CTH Metro), que será realizada das 8h às 12h, no Senac Vitória. A Câmara Técnica da Região Sul (CTH Sul) realizará seu primeiro encontro no dia 05 de março.

Na avaliação da coordenadora da Política de Humanização no Espírito Santo, Kátia Oliveira P. Bastos, num primeiro momento será necessário fortalecer a articulação com instâncias que ainda não participam diretamente das discussões sobre humanização – o que inclui, por exemplo, alguns serviços de saúde que estão sem representação nas câmaras técnicas.

Outro desafio é levar esses espaços de debate e construção coletiva para as regionais Norte e Centro, para que possa haver uma discussão regionalizada sobre a humanização em saúde. O grupo condutor da Política Estadual de Humanização também aponta a necessidade de uma maior aproximação com as redes de atendimento, como a Rede Cegonha e a Rede de Saúde Mental, um movimento que deve ser intensificado a partir deste ano.

“Esta será, inclusive, a pauta da primeira reunião da CTH Metro. Já estamos em conversa com a referência técnica da Rede Cegonha para entender o que precisa e pode ser feito coletivamente para melhorar os indicadores do atendimento à gestante e ao seu bebê nos serviços públicos de saúde do Estado”, comenta Kátia Bastos.

Outro assunto que vem sendo discutido nas últimas reuniões das câmaras técnicas é a possibilidade de readequação dos contratos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com hospitais filantrópicos, vinculando a esses papéis a exigência da criação de grupos de trabalho de humanização (GTHs) e implantação de ouvidoria.

“Em geral, os hospitais estaduais têm uma participação maior do que os filantrópicos terceirizados. É importante ampliar a participação de todos os atores nas discussões sobre humanização”, comenta Kátia Bastos.

Conquistas

Entre os principais avanços do Espírito Santo na humanização em saúde estão a implementação do acolhimento com classificação de risco na rede de atendimento hospitalar; a ampliação do tempo de visita aos pacientes internados – hoje, há hospitais que permitem até 8 horas de visita diária –; e a ampliação da representação da Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nas instituições de saúde e nos municípios.

Para os integrantes do Grupo Condutor da Política da Humanização da Sesa, essas conquistas contribuíram para aumentar a qualidade do atendimento à população capixaba, mas muitos outros dispositivos precisam ser implementados. A coordenadora da Política de Humanização no Espírito Santo, Kátia Bastos, lembra que tratar de humanização em saúde significa mexer no “modo de fazer”, o que pressupõe uma alteração dos modos de gerir.

O que é a PNH

A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada pelo Governo Federal em 2003 para estabelecer práticas de atenção e gestão com o objetivo de qualificar a saúde pública no Brasil. No mesmo ano, foi implantada na rede pública de saúde do Espírito Santo pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Neste contexto, a Câmara Técnica de Humanização (CTH) funciona como um fórum para agregar serviços e atores sociais com o objetivo de realizar discussões e dar encaminhamentos acerca de planos de trabalho e avaliação de experiências em saúde.

Confira alguns dispositivos previstos pela PNH para a promoção da humanização:

- Direito a acompanhante e visita ampliada conforme a possibilidade da unidade de internação, mas respeitando o mínimo de 2 horas de visita;
- Acolhimento com classificação de risco;
- Instalação de Ouvidoria nos serviços de saúde;
- Organização de espaços saudáveis e acolhedores;
- Programa de Formação em Saúde do Trabalhador;
- Criação de colegiados gestores nos serviços de saúde, para aumentar o grau de comunicação entre equipe, gestores e usuários.

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Texto: Juliana Rodrigues
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