17/09/2015 13h02 - Atualizado em
23/09/2015 13h45
Saúde: vacinação contra HPV ainda está abaixo da meta

O Espírito Santo vacinou 61.062 crianças e adolescentes meninas, até o momento, com a primeira dose da vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV). Esse número representa 70,01% do público-alvo, estimado em 87.220 garotas entre 09 e 13 anos de idade. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta que a adesão neste ano está mais lenta do que no ano passado, e alerta pais e responsáveis que essa vacina é uma proteção para o futuro de suas filhas.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, 23 municípios capixabas, até o momento, atingiram a cobertura vacinal de 80% proposta pelo Ministério da Saúde. Outros 13 municípios estão com mais de 75% do público-alvo imunizado com a primeira dose da vacina, portanto, perto de alcançar a meta. Em 42 cidades, no entanto, o número de meninas a serem vacinadas ainda está abaixo do esperado.
Danielle Grillo diz que muitos pais ficaram receosos de permitir que as filhas fossem vacinadas após a divulgação de que meninas de Bertioga, em São Paulo, apresentaram dor de cabeça e falta de sensibilidade nas pernas depois de receberem a vacina no ano passado. Mas ela enfatiza que a vacina contra HPV é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“O que as meninas apresentaram foram sintomas de ansiedade pós-vacinação. O medo da agulha, a aglomeração e ficar em pé por tempo prolongado são fatores que podem acarretar essa reação”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, informando que as meninas de Bertioga estão bem e sem nenhum problema.
No Espírito Santo, a faixa etária mais vacinada com a primeira dose, até o momento, foi a de 09 anos, com 82,98% das crianças imunizadas. Em seguida, a de 10 anos, com 76,09%; e a de 11 anos, com 52,04%. Sobre outro receio de muitos pais e responsáveis, Danielle Grillo explica que, na maioria das vezes, o papilomavírus humano é sexualmente transmissível e de fácil transmissão, por isso o ideal é que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual. Isso não significa, segundo ela, que haja um estímulo ao início precoce da vida sexual.
“Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos mostram que o período em que as meninas imunizadas iniciam a vida sexual não é diferente do daquelas que não receberam a vacina. Além disso, outras pesquisas apontam que o melhor momento para administrar a vacina contra o HPV é na faixa etária de 09 a 13 anos. Isso porque nessa fase da vida a vacinação induz o corpo a produzir níveis muito mais altos de anticorpos do que a imunidade natural produzida pela infecção do papilomavírus humano”, argumenta.
Proteção
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações ressalta que o HPV é uma família de vírus que causa diversas doenças. Além do câncer de colo de útero, provoca câncer de vagina, vulva e ânus. Ela diz que existem mais de 150 tipos de papilomavírus humano e que a vacina oferecida na rede pública de saúde protege contra os quatro responsáveis pela maior parte das doenças: dois causam 90% das verrugas genitais e os outros dois provocam cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
A vacina contra HPV passou a integrar o calendário de imunização de crianças e adolescentes meninas recentemente e está disponível ao longo de todo o ano nas unidades de saúde, mas setembro é um mês de intensificação da vacinação. A estratégia adotada nos municípios capixabas neste período é mista, ou seja, nas escolas públicas e particulares e nas unidades de saúde. Danielle Grillo ressalta que os pais que não quiserem que a filha seja vacinada na escola devem assinar um termo de recusa, o que não impossibilita que a menina receba a vacina posteriormente numa unidade de saúde.
Público-alvo
As meninas de 09 até 13 anos que ainda não receberam a primeira dose da vacina contra HPV devem buscar uma unidade de saúde para serem imunizadas. Quanto às meninas que receberam a primeira dose da vacina em março, elasdevem dar continuidade ao esquema vacinal, que é composto de três doses.
Outra orientação importante é para as meninas que ainda não tomaram a segunda dose da vacina. Mesmo que já tenham completado 14 anos, elas podem buscar uma unidade de saúde para dar continuidade ao esquema vacinal.
Para o público de 09 a 13 anos, a vacinação contra HPV segue o esquema 0, 6, 60, ou seja, a segunda dose é administrada seis meses após a primeira e a terceira dose é aplicada cinco anos (60 meses) depois da primeira.
Danielle Grillo lembra que a vacinação também é voltada para as garotas e mulheres soropositivas de 09 a 26 anos. Elas podem receber a vacina no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), que funciona anexo ao Hospital Estadual Infantil de Vitória. Quem mora no interior, pode solicitar a vacina em uma unidade de saúde. Em ambas as situações as garotas e mulheres soropositivas precisam apresentar prescrição médica.
No caso das meninas e mulheres soropositivas, o esquema vacinal é mais curto: 0, 2 e 6.Assim, a segunda dose deve ser administrada dois meses após a primeira e a terceira dose precisa ser tomada seis meses após a primeira.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Álvaro Muniz
alvaromuniz@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, 23 municípios capixabas, até o momento, atingiram a cobertura vacinal de 80% proposta pelo Ministério da Saúde. Outros 13 municípios estão com mais de 75% do público-alvo imunizado com a primeira dose da vacina, portanto, perto de alcançar a meta. Em 42 cidades, no entanto, o número de meninas a serem vacinadas ainda está abaixo do esperado.
Danielle Grillo diz que muitos pais ficaram receosos de permitir que as filhas fossem vacinadas após a divulgação de que meninas de Bertioga, em São Paulo, apresentaram dor de cabeça e falta de sensibilidade nas pernas depois de receberem a vacina no ano passado. Mas ela enfatiza que a vacina contra HPV é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“O que as meninas apresentaram foram sintomas de ansiedade pós-vacinação. O medo da agulha, a aglomeração e ficar em pé por tempo prolongado são fatores que podem acarretar essa reação”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, informando que as meninas de Bertioga estão bem e sem nenhum problema.
No Espírito Santo, a faixa etária mais vacinada com a primeira dose, até o momento, foi a de 09 anos, com 82,98% das crianças imunizadas. Em seguida, a de 10 anos, com 76,09%; e a de 11 anos, com 52,04%. Sobre outro receio de muitos pais e responsáveis, Danielle Grillo explica que, na maioria das vezes, o papilomavírus humano é sexualmente transmissível e de fácil transmissão, por isso o ideal é que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual. Isso não significa, segundo ela, que haja um estímulo ao início precoce da vida sexual.
“Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos mostram que o período em que as meninas imunizadas iniciam a vida sexual não é diferente do daquelas que não receberam a vacina. Além disso, outras pesquisas apontam que o melhor momento para administrar a vacina contra o HPV é na faixa etária de 09 a 13 anos. Isso porque nessa fase da vida a vacinação induz o corpo a produzir níveis muito mais altos de anticorpos do que a imunidade natural produzida pela infecção do papilomavírus humano”, argumenta.
Proteção
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações ressalta que o HPV é uma família de vírus que causa diversas doenças. Além do câncer de colo de útero, provoca câncer de vagina, vulva e ânus. Ela diz que existem mais de 150 tipos de papilomavírus humano e que a vacina oferecida na rede pública de saúde protege contra os quatro responsáveis pela maior parte das doenças: dois causam 90% das verrugas genitais e os outros dois provocam cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
A vacina contra HPV passou a integrar o calendário de imunização de crianças e adolescentes meninas recentemente e está disponível ao longo de todo o ano nas unidades de saúde, mas setembro é um mês de intensificação da vacinação. A estratégia adotada nos municípios capixabas neste período é mista, ou seja, nas escolas públicas e particulares e nas unidades de saúde. Danielle Grillo ressalta que os pais que não quiserem que a filha seja vacinada na escola devem assinar um termo de recusa, o que não impossibilita que a menina receba a vacina posteriormente numa unidade de saúde.
Público-alvo
As meninas de 09 até 13 anos que ainda não receberam a primeira dose da vacina contra HPV devem buscar uma unidade de saúde para serem imunizadas. Quanto às meninas que receberam a primeira dose da vacina em março, elasdevem dar continuidade ao esquema vacinal, que é composto de três doses.
Outra orientação importante é para as meninas que ainda não tomaram a segunda dose da vacina. Mesmo que já tenham completado 14 anos, elas podem buscar uma unidade de saúde para dar continuidade ao esquema vacinal.
Para o público de 09 a 13 anos, a vacinação contra HPV segue o esquema 0, 6, 60, ou seja, a segunda dose é administrada seis meses após a primeira e a terceira dose é aplicada cinco anos (60 meses) depois da primeira.
Danielle Grillo lembra que a vacinação também é voltada para as garotas e mulheres soropositivas de 09 a 26 anos. Elas podem receber a vacina no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), que funciona anexo ao Hospital Estadual Infantil de Vitória. Quem mora no interior, pode solicitar a vacina em uma unidade de saúde. Em ambas as situações as garotas e mulheres soropositivas precisam apresentar prescrição médica.
No caso das meninas e mulheres soropositivas, o esquema vacinal é mais curto: 0, 2 e 6.Assim, a segunda dose deve ser administrada dois meses após a primeira e a terceira dose precisa ser tomada seis meses após a primeira.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Álvaro Muniz
alvaromuniz@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues
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