05/05/2009 11h55 - Atualizado em
23/09/2015 13h24
Sesa implanta protocolo clínico e oferece assistência integral para dois tipos de doença respiratória

No Dia Mundial de Combate à Asma, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (Geaf) e do Núcleo Especial de Normalização, lançou o protocolo clínico para doença pulmonar obstrutiva crônica e diretrizes terapêuticas para o tratamento de asma grave de difícil controle.
Trata-se de oferecer à população assistência integral para estes males e acesso a medicamentos de alto custo, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A solenidade aconteceu na manhã desta terça-feira (05), no Centro Regional de Especialidades Juliano Almeida do Valle (CRE Metropolitano), em Cariacica.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, serão investidos cerca de R$ 1,5 milhão por ano na assistência e tratamento desses dois tipos de doenças respiratórias. “Temos que investir dinheiro público com responsabilidade, com foco em resultado. Essa é uma nova fase para esses pacientes usuários do sistema de saúde pública, pois é um trabalho que visa não só fornecer o medicamento, mas sim o tratamento eficaz para aqueles que realmente querem ser tratados. Esse tratamento não depende apenas da equipe de saúde, mas também dos próprios pacientes e familiares, no acompanhamento das doenças”, destacou.
Este Protocolo é uma parceria da Sesa com a Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia Regional Espírito Santo, Associação Brasileira de Asmáticos no Espírito Santo, Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória e Ministério Público Estadual (MPE-ES).
Participaram do evento representantes dos órgãos parceiros, como a equipe da Sesa, o diretor da Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, Carlos Alberto Gomes dos Santos; a representante do MPE-ES, Maria Auxiliadora Machado; entre outros. Entre eles estava uma usuária e portadora da asma, Maria das Dores Caldeiras. “Agradeço ao Estado e a todos pela iniciativa. A alegria é tanta que não posso me calar diante dessa atitude”, declarou Maria Caldeiras.
Asma
A ‘Assistência Integral aos Pacientes com Asma Grave de Difícil Controle’ tem o objetivo de estabelecer critérios para o manejo da asma grave não controlada e o acesso a alguns medicamentos não padronizados na Relação Estadual de Medicamentos Essenciais e Excepcionais (Rememe), mas disponibilizados pela Sesa em situações especiais.
Boa parte das 1.950 pessoas que foram atendidas pelo Programa Estadual de Asma Grave em 2008 deverá ser beneficiada pelas diretrizes terapêuticas. Os pacientes serão atendidos no CRE Metropolitano, onde vai funcionar o Centro de Referência de Asma Grave para Adultos, e também no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), que será o Centro de Referência para a doença em crianças.
Outros locais – onde serão oferecidos serviços de referência – estão sendo avaliados para serem credenciados pela Sesa e integrarem a Rede de Assistência ao Paciente com Asma Grave no sistema público estadual.
Com a implantação do protocolo, serão disponibilizados três novos medicamentos para as situações especiais, destinados àqueles casos em que os pacientes não respondem mais aos tratamentos convencionais. Com isso, elimina-se um “vazio assistencial” para algumas situações especiais.
Haverá ainda a conseqüente melhoria de qualidade de vida dos pacientes; prevenção de internações e mortes; definição de critérios científicos e fluxos para a prescrição e dispensação de medicamentos para o tratamento dessas situações especiais; definição de rotinas, critérios e parâmetros necessários à avaliação e credenciamento; dentre outros.
A asma é uma das doenças mais prevalentes na população geral (10% a 20%), com elevada interferência na qualidade de vida, no número de internações, consultas ambulatoriais e faltas à escola e ao trabalho. Só em 2008, foram gastos pelo Estado R$ 861 mil em medicamentos para a doença.
Novos medicamentos disponibilizados para Asma Grave de Difícil Controle:
- Salmeterol + Fluticasona
- Montelucaste de sódio
- Omalizumabe
DPOC
O segundo protocolo que será implantado pela Sesa é a ‘Assistência Integral aos Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutivo Crônica (DPOC)’. Assim como vai ocorrer no Protocolo da Asma, o paciente portador de DPOC vai ter acesso a medicamentos pela rede de Farmácia Cidadã.
A implantação vai garantir a oferta de assistência em toda a rede pública nacional. Além do Espírito Santo, apenas o estado de São Paulo regulamentou o Protocolo Clínico de Tratamento ao DPOC.
Também será garantida a melhoria na qualidade de vida e prevenção de internações; definição de critérios de fluxo para a prescrição e dispensação de medicamentos para o tratamento da DPOC; e definição de rotinas, critérios e parâmetros necessários à avaliação e perícia médica dos pacientes com diagnóstico da doença.
Além do CRE Metropolitano, mais três instituições de saúde serão estruturadas para oferecer o diagnóstico e acompanhamento médico do problema: CRE de Cachoeiro de Itapemirim, Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) e Santa Casa de Misericórdia, os dois últimos em Vitória.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica atinge o aparelho respiratório e é mais conhecida como enfisema pulmonar e bronquite crônica. Ela se desenvolve, em 90% dos casos, nas pessoas que fumam ou fumaram e, em menor número, pode atingir profissionais que trabalham em ambientes poluídos por fumaça. Atinge 15% da população e é responsável por 8,4% das internações causadas por doenças do aparelho respiratório, e 39% dos óbitos relacionados à área.
A elaboração do protocolo foi feita pela equipe técnica da Sesa, da Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, do Hucam e acompanhados pelos membros do MPE-ES.
O tratamento é feito à base de remédios que têm um custo elevado. O estágio inicial da estruturação de assistência aos portadores de DPOC foi possível graças à elaboração da Rememe, trabalho concluído pela Sesa no final de 2007.
Entre outros tipos de remédios, a publicação relaciona aqueles usados no tratamento da enfermidade, que são os medicamentos excepcionais, cujo preço é elevado. Um deles é o Tiotrópio, por exemplo, que custa mais de R$ 300,00 a caixa com 30 comprimidos.
Medicamentos disponibilizados para DPOC:
- Formoterol
- Salmeterol c/ espaçador valvulado com máscara inalatória de grande volume
- Brometo de Tiotrópio
- Teofilina
- Salmeterol + Fluticasona
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro / Karlla Hoffmann
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br
Trata-se de oferecer à população assistência integral para estes males e acesso a medicamentos de alto custo, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A solenidade aconteceu na manhã desta terça-feira (05), no Centro Regional de Especialidades Juliano Almeida do Valle (CRE Metropolitano), em Cariacica.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, serão investidos cerca de R$ 1,5 milhão por ano na assistência e tratamento desses dois tipos de doenças respiratórias. “Temos que investir dinheiro público com responsabilidade, com foco em resultado. Essa é uma nova fase para esses pacientes usuários do sistema de saúde pública, pois é um trabalho que visa não só fornecer o medicamento, mas sim o tratamento eficaz para aqueles que realmente querem ser tratados. Esse tratamento não depende apenas da equipe de saúde, mas também dos próprios pacientes e familiares, no acompanhamento das doenças”, destacou.
Este Protocolo é uma parceria da Sesa com a Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia Regional Espírito Santo, Associação Brasileira de Asmáticos no Espírito Santo, Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória e Ministério Público Estadual (MPE-ES).
Participaram do evento representantes dos órgãos parceiros, como a equipe da Sesa, o diretor da Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, Carlos Alberto Gomes dos Santos; a representante do MPE-ES, Maria Auxiliadora Machado; entre outros. Entre eles estava uma usuária e portadora da asma, Maria das Dores Caldeiras. “Agradeço ao Estado e a todos pela iniciativa. A alegria é tanta que não posso me calar diante dessa atitude”, declarou Maria Caldeiras.
Asma
A ‘Assistência Integral aos Pacientes com Asma Grave de Difícil Controle’ tem o objetivo de estabelecer critérios para o manejo da asma grave não controlada e o acesso a alguns medicamentos não padronizados na Relação Estadual de Medicamentos Essenciais e Excepcionais (Rememe), mas disponibilizados pela Sesa em situações especiais.
Boa parte das 1.950 pessoas que foram atendidas pelo Programa Estadual de Asma Grave em 2008 deverá ser beneficiada pelas diretrizes terapêuticas. Os pacientes serão atendidos no CRE Metropolitano, onde vai funcionar o Centro de Referência de Asma Grave para Adultos, e também no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), que será o Centro de Referência para a doença em crianças.
Outros locais – onde serão oferecidos serviços de referência – estão sendo avaliados para serem credenciados pela Sesa e integrarem a Rede de Assistência ao Paciente com Asma Grave no sistema público estadual.
Com a implantação do protocolo, serão disponibilizados três novos medicamentos para as situações especiais, destinados àqueles casos em que os pacientes não respondem mais aos tratamentos convencionais. Com isso, elimina-se um “vazio assistencial” para algumas situações especiais.
Haverá ainda a conseqüente melhoria de qualidade de vida dos pacientes; prevenção de internações e mortes; definição de critérios científicos e fluxos para a prescrição e dispensação de medicamentos para o tratamento dessas situações especiais; definição de rotinas, critérios e parâmetros necessários à avaliação e credenciamento; dentre outros.
A asma é uma das doenças mais prevalentes na população geral (10% a 20%), com elevada interferência na qualidade de vida, no número de internações, consultas ambulatoriais e faltas à escola e ao trabalho. Só em 2008, foram gastos pelo Estado R$ 861 mil em medicamentos para a doença.
Novos medicamentos disponibilizados para Asma Grave de Difícil Controle:
- Salmeterol + Fluticasona
- Montelucaste de sódio
- Omalizumabe
DPOC
O segundo protocolo que será implantado pela Sesa é a ‘Assistência Integral aos Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutivo Crônica (DPOC)’. Assim como vai ocorrer no Protocolo da Asma, o paciente portador de DPOC vai ter acesso a medicamentos pela rede de Farmácia Cidadã.
A implantação vai garantir a oferta de assistência em toda a rede pública nacional. Além do Espírito Santo, apenas o estado de São Paulo regulamentou o Protocolo Clínico de Tratamento ao DPOC.
Também será garantida a melhoria na qualidade de vida e prevenção de internações; definição de critérios de fluxo para a prescrição e dispensação de medicamentos para o tratamento da DPOC; e definição de rotinas, critérios e parâmetros necessários à avaliação e perícia médica dos pacientes com diagnóstico da doença.
Além do CRE Metropolitano, mais três instituições de saúde serão estruturadas para oferecer o diagnóstico e acompanhamento médico do problema: CRE de Cachoeiro de Itapemirim, Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) e Santa Casa de Misericórdia, os dois últimos em Vitória.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica atinge o aparelho respiratório e é mais conhecida como enfisema pulmonar e bronquite crônica. Ela se desenvolve, em 90% dos casos, nas pessoas que fumam ou fumaram e, em menor número, pode atingir profissionais que trabalham em ambientes poluídos por fumaça. Atinge 15% da população e é responsável por 8,4% das internações causadas por doenças do aparelho respiratório, e 39% dos óbitos relacionados à área.
A elaboração do protocolo foi feita pela equipe técnica da Sesa, da Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, do Hucam e acompanhados pelos membros do MPE-ES.
O tratamento é feito à base de remédios que têm um custo elevado. O estágio inicial da estruturação de assistência aos portadores de DPOC foi possível graças à elaboração da Rememe, trabalho concluído pela Sesa no final de 2007.
Entre outros tipos de remédios, a publicação relaciona aqueles usados no tratamento da enfermidade, que são os medicamentos excepcionais, cujo preço é elevado. Um deles é o Tiotrópio, por exemplo, que custa mais de R$ 300,00 a caixa com 30 comprimidos.
Medicamentos disponibilizados para DPOC:
- Formoterol
- Salmeterol c/ espaçador valvulado com máscara inalatória de grande volume
- Brometo de Tiotrópio
- Teofilina
- Salmeterol + Fluticasona
![]() |
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro / Karlla Hoffmann
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br