29/05/2009 13h26 - Atualizado em 23/09/2015 13h24

Acolhimento com Classificação de Risco no Hospital Dório Silva completa um ano

Nesta sexta-feira (29), o sistema de Acolhimento com Classificação de Risco (ACR) implantado no Pronto-Socorro do Hospital Dório Silva (HDS), em Serra, que pertence à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), completa um ano de atividades.

ACR é um método de atendimento humanizado e de acordo com a demanda de urgência ou grau de sofrimento do paciente. Desde o início do Acolhimento, em maio de 2008, foi verificada a melhora no atendimento e a redução no tempo de espera do paciente.

Dentre as melhorias apresentadas desde a implantação do sistema estão também a prioridade dos casos graves e a garantia do atendimento à população. Aproximadamente 51.000 pacientes passaram pela Central de Acolhimento, entre os meses de maio de 2008 e março de 2009.

Neste período, de acordo com o ACR, 382 pacientes foram classificados como “urgente”; 7.102 foram demandados para “atendimento rápido”; 31.442 eram casos menos graves, e aguardaram atendimento; e 12.185 foram encaminhados para seus municípios de origem.

Segundo a coordenadora do Setor de Humanização do HDS, Maria Angélica Andrade, o sistema mudou toda a lógica de atendimento do Dório Silva. “Não se faz mais triagem, não é por ordem de chegada e não é uma escolha, mas sim a priorização do atendimento de casos graves, que são prontamente atendidos, e os de menor gravidade são encaminhados para as unidades básicas de saúde municipais, garantindo atendimento a todos os pacientes”, explicou.

A coordenadora destaca que o termo “triagem” é um processo de exclusão, enquanto “acolhimento” de inclusão. “O ACR é formado por dois dispositivos: o acolhimento, que é escutar de forma qualificada o paciente e dar respostas com responsabilidade; e a classificação, que prioriza a ordem do atendimento médico, avaliando os sintomas, o sofrimento e a gravidade, cumprindo o princípio da universalização do acesso à saúde. É um direito de todos”, acrescentou Maria Angélica.

Para o diretor geral do HDS, Eumann Rebouças, a implantação do Acolhimento no Pronto-Socorro do hospital promoveu organização no fluxo de entrada e melhora no atendimento. Desde então, os procedimentos são feitos de modo a garantir a prioridade para pacientes de urgência e emergência. “A prioridade é o paciente grave. Os que não são considerados graves ou urgentes já saem de lá com consulta marcada no ambulatório”, afirmou.

O ACR

O Acolhimento com Classificação de Risco advém do Protocolo de Manchester, um dos instrumentos mais avançados sobre o tema. A partir do novo modelo de atendimento, o paciente passa por uma análise, assim que chega ao hospital, onde os profissionais da Central determinam a ordem de acolhimento, de acordo com a gravidade, ou seja, de acordo com a demanda em atendimento imediato ou grau de sofrimento do cidadão.

A classificação obedece a um sistema de cores. A cor vermelha indica risco altíssimo, com necessidade de atendimento imediato. A cor amarela significa urgência e demanda atendimento mais rápido. Já a verde indica casos de menor urgência, que podem aguardar atendimento. A cor azul é para pacientes sem urgência e que podem ser atendidos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

“Os pacientes que são encaminhados para as UBSs, não deixam de ser acolhidos. Quando o quadro é avaliado como azul, eles vão para o Serviço Social da Central, onde os assistentes sociais do hospital identificam os vínculos deste paciente, o local de origem. Assim, entram em contato com os municípios para agendar a consulta médica”, explicou Maria Angélica.

Com o novo sistema de seleção, reduz-se o tempo para o atendimento médico, fazendo os encaminhamentos necessários e retornando informações aos familiares com maior rapidez. O HDS é referência para o Acolhimento, que deve ser adotado em todos os hospitais públicos do Estado nos próximos anos.

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