Referência em partos de alto risco, o Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, além de oferecer toda a estrutura necessária para atender à mãe e ao recém-nascido, possui, há 14 anos, um ambulatório de acompanhamento de bebês prematuros que precisaram ficar internados na Unidade de Terapia Intensiva (Utin). Desde então, 3.700 crianças nascidas no Hospital, após terem alta, foram atendidas pelo ambulatório Follow up até alcançarem a idade de sete anos, visando minimizar sequelas e ajudá-las a desenvolver melhor suas capacidades e serem independentes.

Segundo a fisioterapeuta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) Rozy Tozetti Lima, a equipe Follow up (que significa acompanhamento em inglês) do Dório Silva é formada por uma neuropediatra, duas pediatras, duas fisioterapeutas e conta com apoio de outros especialistas, como ortopedista, oftalmologista, dentista e até cirurgião plástico. Coordenadora do setor de fisioterapia do ambulatório, Rozy contabiliza que pelo menos 300 novas crianças por ano passam por atendimento fisioterapêutico, além das que já fazem acompanhamento.

Segundo estudos, há comprovação científica de que crianças prematuras têm propensão a sofrer algum tipo de sequela e o acompanhamento precoce especializado ajuda essas crianças a alcançarem independência para desenvolver suas atividades cotidianas sozinhas.

Entre as crianças atendidas no ambulatório, há bebês que nasceram com menos de 30 semanas de gestação, baixíssimo peso (600 gramas) e que precisaram ficar internados na Utin, recebendo alimentação especial até alcançar 2,5 kg para poder ir para casa. Com a alta hospitalar, é agendada a consulta no Follow up. Também há casos de bebês que nascem com algum problema neurológico, malformação congênita ou trauma ortopédico e que precisam de leito intensivo e até intervenção cirúrgica. Após alta, também vão para o ambulatório.

Para Rozy Lima, o Follow up do Dório Silva presta um serviço de grande importância para as famílias com bebês prematuros nascidos no Hospital, dando suporte especializado até a criança completar 07 anos de idade, para diagnosticar e intervir precocemente nos casos de propensão a algum atraso motor, déficit de atenção, dificuldade no aprendizado, quadros de convulsão, por exemplo.

“O atendimento precoce possibilita a independência funcional da criança capacitando-a a ficar com o mínimo de sequela possível”, observa.

O programa no Hospital também faz interface com outros serviços da rede pública estadual, como o Centro de Reabilitação Física da Sesa (Crefes), em caso de necessidade de uma cadeira de rodas, por exemplo, ou continuidade no processo de tratamento após completar 07 anos.

O ambulatório funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 18 horas. O atendimento é restrito a bebês prematuros nascidos e internados na Utin do Hospital Estadual Dório Silva.

Himaba

Além do Dório Silva, o Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha (Himaba) também possui ‘Programa de Follow Up de Recém-Nascidos de Alto Risco’, que acompanha as crianças nascidas e internadas na Utin da instituição. O acompanhamento é feito até elas atingirem 02 anos de idade.

Quando as crianças têm alta hospitalar, são automaticamente inscritas no Programa e as mães recebem um cartão com as datas nas quais devem retornar à Maternidade acompanhadas do filho. Pelo menos uma vez por mês, até que os bebês completem 02 anos de idade, elas são orientadas pela equipe a voltar.

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