27/08/2009 06h12 - Atualizado em
23/09/2015 13h25
Aplicação de toxina botulínica pela Sesa muda a vida de muitos pacientes
Quem observa a rigidez muscular dos membros de uma vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC), não imagina que pequenas ações como levantar o braço ou abrir os dedos para segurar um copo d’água podem fazer muita diferença na vida deste paciente. Para tentar melhorar esta situação, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferece um tratamento com a aplicação da toxina botulínica – mais conhecida como Botox – para pessoas com algumas incapacidades nos movimentos.
O Estado já disponibiliza gratuitamente este tipo de medicamento, fornecido pelas farmácias dos Centros Regionais de Especialidades (CREs). Recentemente, deu mais um passo para beneficiar esses pacientes, por meio da oferta do serviço especializado nas áreas de neurologia e fisiatria. Com isso, passou a garantir a aplicação dos produtos e o monitoramento clínico dos pacientes, no Centro de Referência em Distonias e Espastidades, localizado no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha.
De acordo com o médico fisiatra da Sesa, Fabrício Buzato, a utilização da toxina botulínica não recupera os movimentos, mas ajuda no relaxamento da musculatura e da articulação rígida de pacientes vítimas de lesões no sistema nervoso central, traumas na coluna vertebral, entre outros. “Dentre vários benefícios, o tratamento facilita a fisioterapia na reabilitação, além de amenizar as dores e reduzir os espasmos involuntários”, destacou.
O médico ainda explica que as melhoras promovidas pelo tratamento são visíveis já na primeira aplicação, mas a resposta depende de cada paciente e também dos tipos de lesões. Os espaços entre as aplicações devem ser de, pelo menos, três meses.
“Vemos casos de pessoas que não abriam as mãos sozinhas, e sentiam dores fortes quando os cuidadores precisavam fazer esta abertura, por exemplo, para uma higienização. Com a aplicação, alguns pacientes conseguiram fazer o movimento voluntariamente, chegando até mesmo a pegar objetos. O relaxamento da região ameniza as dores durante as sessões de fisioterapia, entre outros benefícios”, ressaltou Fabrício.
Distonias e Espastidades
As distonias e espastidades são distúrbios que podem gerar incapacidade nos movimentos das pessoas, geralmente acometidas por lesões no sistema nervoso central. A distonia também está relacionada a uma disfunção neurológica e é caracterizada pela presença de contrações musculares involuntárias em diferentes regiões do corpo. No Espírito Santo, estima-se que existam 1.000 portadores de distonia e espasticidade.
Os problemas mais comuns que podem levar às espasticidades são: paralisia cerebral, lesão medular, esclerose múltipla, AVC, traumas cerebrais causados por falta de oxigênio, traumas físicos, hemorragias e infecções.
Já as distonias podem surgir em várias fases da vida, e podem ser provenientes da hiperatividade de diversas áreas do cérebro (gânglios basais, tálamo e córtex cerebral). A maioria dos casos crônicos é de origem genética. Também pode ser causada por: falta de oxigenação cerebral grave, pela doença de Wilson (um distúrbio hereditário), intoxicações por metais e AVC, podendo ser também uma reação incomum a medicamentos antipsicóticos.
Centro de Referência
A criação do Centro de Referência, em novembro de 2008, já melhorou, e ainda vai melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas que, além de continuarem recebendo medicamentos, também terão acesso a consultas com neurologista e fisiatra, que farão o acompanhamento das doenças (muitas vezes subdiagnosticadas) e o serviço de aplicação da toxicina botulínica, sem custos.
Até então, os usuários conseguiam a toxina botulínica nas farmácias dos CREs, mas arcavam com essas aplicações em consultórios e clínicas particulares, que podem custar mais de R$ 500,00 por sessão.
Os 242 pacientes já cadastrados nas farmácias estaduais (que atualmente recebem a toxina botulínica) terão uma consulta agendada com o neurologista (pacientes com distonia) e com o fisiatra (pacientes com espasticidade) receberão, em média, 968 aplicações da medicação por ano. Com isso, a Sesa investirá mais R$ 200 mil para oferecer esse serviço adicional.
No total, entre medicamentos e aplicações, serão gastos, anualmente, R$ 870 mil. Se tivessem que buscar esse mesmo atendimento na iniciativa particular, cada um desses usuários teria uma despesa anual de R$ 8,5 mil, o que somaria uma despesa total de R$ 2 milhões para o grupo.
Serviço:
Tratamento com Toxina Botulínica
Local: Centro de Referência em Distonias e Espastidades, localizado no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes)
Endereço: Rua Lúcio Barcelar, na Praia da Costa, em Vila Velha (próximo ao Clube Libanês)
Fluxo: O paciente deve ser encaminhado por especialista da rede pública ou privada de saúde
Telefone: (27) 3149-9600
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Fernanda Porcaro/Karlla Hoffmann
Texto: Karlla Hoffmann
karllahoffmann@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br
O Estado já disponibiliza gratuitamente este tipo de medicamento, fornecido pelas farmácias dos Centros Regionais de Especialidades (CREs). Recentemente, deu mais um passo para beneficiar esses pacientes, por meio da oferta do serviço especializado nas áreas de neurologia e fisiatria. Com isso, passou a garantir a aplicação dos produtos e o monitoramento clínico dos pacientes, no Centro de Referência em Distonias e Espastidades, localizado no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha.
De acordo com o médico fisiatra da Sesa, Fabrício Buzato, a utilização da toxina botulínica não recupera os movimentos, mas ajuda no relaxamento da musculatura e da articulação rígida de pacientes vítimas de lesões no sistema nervoso central, traumas na coluna vertebral, entre outros. “Dentre vários benefícios, o tratamento facilita a fisioterapia na reabilitação, além de amenizar as dores e reduzir os espasmos involuntários”, destacou.
O médico ainda explica que as melhoras promovidas pelo tratamento são visíveis já na primeira aplicação, mas a resposta depende de cada paciente e também dos tipos de lesões. Os espaços entre as aplicações devem ser de, pelo menos, três meses.
“Vemos casos de pessoas que não abriam as mãos sozinhas, e sentiam dores fortes quando os cuidadores precisavam fazer esta abertura, por exemplo, para uma higienização. Com a aplicação, alguns pacientes conseguiram fazer o movimento voluntariamente, chegando até mesmo a pegar objetos. O relaxamento da região ameniza as dores durante as sessões de fisioterapia, entre outros benefícios”, ressaltou Fabrício.
Distonias e Espastidades
As distonias e espastidades são distúrbios que podem gerar incapacidade nos movimentos das pessoas, geralmente acometidas por lesões no sistema nervoso central. A distonia também está relacionada a uma disfunção neurológica e é caracterizada pela presença de contrações musculares involuntárias em diferentes regiões do corpo. No Espírito Santo, estima-se que existam 1.000 portadores de distonia e espasticidade.
Os problemas mais comuns que podem levar às espasticidades são: paralisia cerebral, lesão medular, esclerose múltipla, AVC, traumas cerebrais causados por falta de oxigênio, traumas físicos, hemorragias e infecções.
Já as distonias podem surgir em várias fases da vida, e podem ser provenientes da hiperatividade de diversas áreas do cérebro (gânglios basais, tálamo e córtex cerebral). A maioria dos casos crônicos é de origem genética. Também pode ser causada por: falta de oxigenação cerebral grave, pela doença de Wilson (um distúrbio hereditário), intoxicações por metais e AVC, podendo ser também uma reação incomum a medicamentos antipsicóticos.
Centro de Referência
A criação do Centro de Referência, em novembro de 2008, já melhorou, e ainda vai melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas que, além de continuarem recebendo medicamentos, também terão acesso a consultas com neurologista e fisiatra, que farão o acompanhamento das doenças (muitas vezes subdiagnosticadas) e o serviço de aplicação da toxicina botulínica, sem custos.
Até então, os usuários conseguiam a toxina botulínica nas farmácias dos CREs, mas arcavam com essas aplicações em consultórios e clínicas particulares, que podem custar mais de R$ 500,00 por sessão.
Os 242 pacientes já cadastrados nas farmácias estaduais (que atualmente recebem a toxina botulínica) terão uma consulta agendada com o neurologista (pacientes com distonia) e com o fisiatra (pacientes com espasticidade) receberão, em média, 968 aplicações da medicação por ano. Com isso, a Sesa investirá mais R$ 200 mil para oferecer esse serviço adicional.
No total, entre medicamentos e aplicações, serão gastos, anualmente, R$ 870 mil. Se tivessem que buscar esse mesmo atendimento na iniciativa particular, cada um desses usuários teria uma despesa anual de R$ 8,5 mil, o que somaria uma despesa total de R$ 2 milhões para o grupo.
Serviço:
Tratamento com Toxina Botulínica
Local: Centro de Referência em Distonias e Espastidades, localizado no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes)
Endereço: Rua Lúcio Barcelar, na Praia da Costa, em Vila Velha (próximo ao Clube Libanês)
Fluxo: O paciente deve ser encaminhado por especialista da rede pública ou privada de saúde
Telefone: (27) 3149-9600
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Fernanda Porcaro/Karlla Hoffmann
Texto: Karlla Hoffmann
karllahoffmann@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br