05/01/2009 12h55 - Atualizado em
23/09/2015 13h23
Atenção com a pele é essencial para prevenir câncer de pele no verão

Na estação mais quente do ano, é preciso ficar atento a comportamentos de risco típicos desta época, como a exposição excessiva ao sol. Isto geralmente ocorre porque, neste período, as pessoas freqüentam mais as praias e piscinas, ou praticam esportes ao ar livre. Porém, o sol pode originar danos irreversíveis e até causar câncer de pele, o tipo com maior incidência no Brasil.
A referência técnica da rede de atenção oncológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a médica Rita Rocha, explica que nos meses do verão ocorre uma intensificação da incidência de raios ultravioleta, os quais podem causar problemas à pele na ausência de uma proteção correta.
“As pessoas costumam se expor ao sol em horários inadequados, como das 10 às 16 horas. É preciso evitar exposição ao sol principalmente nesta faixa horária e utilizar sempre filtros solares, além de chapéus, guarda-sóis e óculos escuros”, frisa a médica.
Ela alerta ainda que todos esses cuidados se tornam essenciais porque a maioria das pessoas não sabe que a radiação solar tem um efeito cumulativo. Ou seja, ao ficar exposta ao sol durante muitos anos, a pessoa poderá sofrer com envelhecimento precoce e câncer de pele, no futuro.
Tempo
Outra ressalva se refere às condições climáticas. Os cuidados adotados em dias de muito sol não devem ser esquecidos quando o tempo está nublado ou há mormaço, situações em que também ocorre a incidência de raios ultravioleta que, embora não seja tão forte quanto em dias de sol, as pessoas devem usar protetor solar.
Outro fato a ser lembrado é que, durante o período de tempo nublado, é comum banhistas irem à praia na primeira aparição do sol para aproveitar ao máximo. Trata-se de um comportamento de risco, pois muitos não medem as conseqüências de se expor ao sol forte em um curto prazo. “No afã de se bronzear rapidamente, além de queimar a pele, a pessoa pode desenvolver um câncer”, ressalta a médica.
“O câncer de pele é o que mais acomete as pessoas em todo o Brasil, mas não é o que mais mata. O melanoma cutâneo, um tipo de câncer, pode trazer maiores problemas para a saúde do paciente, ocasionando, inclusive, a morte”, ressalta Rita.
Protetores e bronzeadores
Por isso, durante o verão, a recomendação é usar o filtro solar de acordo com o tipo de pele. As pessoas ruivas e loiras devem usar aqueles com Fator de Proteção Solar (FPS) 30. Já as pessoas morenas claras, entre 20 e 25. Os morenos escuros podem optar por filtros com fator de proteção que variam de 15 a 10, enquanto que as pessoas negras, de 10 a 5.
O uso dos bronzeadores, com ou sem FPS, é absolutamente contra-indicado. O mesmo se aplica a bronzeadores caseiros, como misturas com óleo e urucum, por exemplo, que aceleram a pigmentação da pele e podem acarretar manchas e lesões e, conseqüentemente, podem levar ao câncer de pele.
O bronzeamento artificial também é condenável. A concentração de raios ultravioleta A (UV-A) emitida nas câmaras de bronzeamento chega a ser três vezes maior do que a encontrada na luz natural. O risco representado por esses aparelhos fez com que a Sesa elaborasse um despacho técnico favorável a um projeto de lei estadual que visa à afixação de avisos de alerta sobre os efeitos nocivos dos raios UV-A (causam câncer devido à exposição contínua à radiação) em estabelecimentos onde são oferecidos serviços de bronzeamento artificial.
Se a maioria dos métodos de bronzeamento utilizados é contra-indicada, técnicas para clareamento, seja da pele ou de pêlos, também devem ser evitadas. “É muito comum usar limão e açúcar para clarear a pele”, observou a médica. Porém, tanto esse costume quanto a uso de água oxigenada para descolorir os pêlos trazem problemas dermatológicos.
Pessoas que possuem queimaduras solares, incapacidade para bronzear, pintas, ou ainda parentes com histórico de câncer de pele, devem se proteger bem do sol. Além do uso do protetor solar, é preciso buscar áreas sombreadas nas praias e usar camisetas e chapéus de abas largas.
Dados
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2006 foram identificados 161 casos de câncer no Espírito Santo, registrados durante a Campanha Nacional de Câncer de Pele. Já em 2007, esse número caiu para 64.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2008, o melanoma será responsável por 60 novos casos de câncer entre os homens e 50 entre as mulheres do Estado. Este ano, entre todos os tipos de câncer, o melanoma será o oitavo mais freqüente nas pessoas que moram no Espírito Santo.
A estimativa do Inca é de que sejam notificados 2.070 novos casos da doença este ano, entre os capixabas.
Dicas:
- Reduza o tempo de exposição ao sol e evite o período entre 10 e 16 horas;
- Escolha um protetor solar com um Fator de Proteção Solar (FPS) a partir de 15. Com FPS 15, a maioria das pessoas está protegida por duas horas e meia. Mas lembre-se: protetor solar não confere proteção absoluta contra queimaduras ou câncer de pele;
- Aplique o protetor solar 30 minutos antes de se expor. É preciso tempo para que o filtro comece a agir;
- Reaplique o protetor solar quando você permanecer mais de duas horas ao sol ou quando o filtro for retirado por contato com a água ou suor;
- Quem trabalha ao sol deve cobrir-se com calças, camisas de manga comprida, chapéu de aba larga e óculos escuros;
- Proteja-se de superfícies refletoras como areia, neve, concreto e água;
- Use filtro solar até mesmo em dias nublados.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Ana Paula Costa/Marcos Bonn
anamiranda@saude.es.gov.br
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
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A referência técnica da rede de atenção oncológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a médica Rita Rocha, explica que nos meses do verão ocorre uma intensificação da incidência de raios ultravioleta, os quais podem causar problemas à pele na ausência de uma proteção correta.
“As pessoas costumam se expor ao sol em horários inadequados, como das 10 às 16 horas. É preciso evitar exposição ao sol principalmente nesta faixa horária e utilizar sempre filtros solares, além de chapéus, guarda-sóis e óculos escuros”, frisa a médica.
Ela alerta ainda que todos esses cuidados se tornam essenciais porque a maioria das pessoas não sabe que a radiação solar tem um efeito cumulativo. Ou seja, ao ficar exposta ao sol durante muitos anos, a pessoa poderá sofrer com envelhecimento precoce e câncer de pele, no futuro.
Tempo
Outra ressalva se refere às condições climáticas. Os cuidados adotados em dias de muito sol não devem ser esquecidos quando o tempo está nublado ou há mormaço, situações em que também ocorre a incidência de raios ultravioleta que, embora não seja tão forte quanto em dias de sol, as pessoas devem usar protetor solar.
Outro fato a ser lembrado é que, durante o período de tempo nublado, é comum banhistas irem à praia na primeira aparição do sol para aproveitar ao máximo. Trata-se de um comportamento de risco, pois muitos não medem as conseqüências de se expor ao sol forte em um curto prazo. “No afã de se bronzear rapidamente, além de queimar a pele, a pessoa pode desenvolver um câncer”, ressalta a médica.
“O câncer de pele é o que mais acomete as pessoas em todo o Brasil, mas não é o que mais mata. O melanoma cutâneo, um tipo de câncer, pode trazer maiores problemas para a saúde do paciente, ocasionando, inclusive, a morte”, ressalta Rita.
Protetores e bronzeadores
Por isso, durante o verão, a recomendação é usar o filtro solar de acordo com o tipo de pele. As pessoas ruivas e loiras devem usar aqueles com Fator de Proteção Solar (FPS) 30. Já as pessoas morenas claras, entre 20 e 25. Os morenos escuros podem optar por filtros com fator de proteção que variam de 15 a 10, enquanto que as pessoas negras, de 10 a 5.
O uso dos bronzeadores, com ou sem FPS, é absolutamente contra-indicado. O mesmo se aplica a bronzeadores caseiros, como misturas com óleo e urucum, por exemplo, que aceleram a pigmentação da pele e podem acarretar manchas e lesões e, conseqüentemente, podem levar ao câncer de pele.
O bronzeamento artificial também é condenável. A concentração de raios ultravioleta A (UV-A) emitida nas câmaras de bronzeamento chega a ser três vezes maior do que a encontrada na luz natural. O risco representado por esses aparelhos fez com que a Sesa elaborasse um despacho técnico favorável a um projeto de lei estadual que visa à afixação de avisos de alerta sobre os efeitos nocivos dos raios UV-A (causam câncer devido à exposição contínua à radiação) em estabelecimentos onde são oferecidos serviços de bronzeamento artificial.
Se a maioria dos métodos de bronzeamento utilizados é contra-indicada, técnicas para clareamento, seja da pele ou de pêlos, também devem ser evitadas. “É muito comum usar limão e açúcar para clarear a pele”, observou a médica. Porém, tanto esse costume quanto a uso de água oxigenada para descolorir os pêlos trazem problemas dermatológicos.
Pessoas que possuem queimaduras solares, incapacidade para bronzear, pintas, ou ainda parentes com histórico de câncer de pele, devem se proteger bem do sol. Além do uso do protetor solar, é preciso buscar áreas sombreadas nas praias e usar camisetas e chapéus de abas largas.
Dados
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2006 foram identificados 161 casos de câncer no Espírito Santo, registrados durante a Campanha Nacional de Câncer de Pele. Já em 2007, esse número caiu para 64.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2008, o melanoma será responsável por 60 novos casos de câncer entre os homens e 50 entre as mulheres do Estado. Este ano, entre todos os tipos de câncer, o melanoma será o oitavo mais freqüente nas pessoas que moram no Espírito Santo.
A estimativa do Inca é de que sejam notificados 2.070 novos casos da doença este ano, entre os capixabas.
Dicas:
- Reduza o tempo de exposição ao sol e evite o período entre 10 e 16 horas;
- Escolha um protetor solar com um Fator de Proteção Solar (FPS) a partir de 15. Com FPS 15, a maioria das pessoas está protegida por duas horas e meia. Mas lembre-se: protetor solar não confere proteção absoluta contra queimaduras ou câncer de pele;
- Aplique o protetor solar 30 minutos antes de se expor. É preciso tempo para que o filtro comece a agir;
- Reaplique o protetor solar quando você permanecer mais de duas horas ao sol ou quando o filtro for retirado por contato com a água ou suor;
- Quem trabalha ao sol deve cobrir-se com calças, camisas de manga comprida, chapéu de aba larga e óculos escuros;
- Proteja-se de superfícies refletoras como areia, neve, concreto e água;
- Use filtro solar até mesmo em dias nublados.
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Texto: Ana Paula Costa/Marcos Bonn
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