09/09/2013 08h44 - Atualizado em 23/09/2015 13h38

Aumenta procura por programa da Sesa que fornece oxigênio para paciente em casa

Um programa desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ajuda pacientes com insuficiência respiratória grave a receber terapia adequada em casa, com suporte de cilindros de oxigênio. O serviço vem beneficiando cada vez mais usuários, tanto da Grande Vitória como em municípios fora da Região Metropolitana. Só este ano, 170 pessoas estão cadastradas no Programa de Oxigenoterapia Domiciliar. Desses, 74 deram entrada neste ano, representando uma média mensal de nove novos pacientes por mês, o triplo do registrado no mesmo período em 2012, quando a média registrada era de três.

Para a coordenação do Programa, que funciona no CRE Metropolitano, em Jardim América, esse maior volume de pacientes significa que a população capixaba, inclusive do interior, está tendo mais acesso ao diagnóstico de hipoxemia (taxa de oxigênio baixa no sangue) e, consequentemente, ao tratamento ofertado gratuitamente pelo Governo do Estado. Pelo menos 40% dos pacientes são de municípios fora da Grande Vitória.

Os principais usuários do programa são pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema e bronquite) e fibrose pulmonar. “Essas pessoas quando desenvolvem o quadro de hipoxemia perdem a capacidade respiratória a ponto de impedir que desenvolvam atividades do cotidiano, até mesmo caminhar de um cômodo ao outro dentro de casa, têm perda de memória e maior risco de internações frequentes”, explica a pneumologista da Sesa, Maria Cristina Alochio Paiva.

A médica, que é coordenadora do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar, explica que estes pacientes não precisam ficar internados só para receberem oxigênio suplementar. Com a terapia em casa, podem ficar próximos de seus familiares com a vantagem que o Programa contribui para a desoneração dos leitos hospitalares, e o número de reinternações é menor.

Pioneiro

A pneumologista destaca que Espírito Santo e São Paulo foram os estados pioneiros a implantar esse serviço, que aumenta a qualidade de vida dessas pessoas. Só no mês de julho deste ano, a Sesa custeou R$ 78 mil em alugueis de kits de oxigenoterapia, sendo que no ano passado foram gastos com recursos próprios do Estado quase R$ 1 milhão (R$ 988.063,70) e este ano, nos primeiros sete meses, já foram gastos R$ 633.612,40. O programa funciona desde 2002 no ES.



O kit de oxigenoterapia é composto por cilindro de oxigênio com 10 metros cúbicos (m³), válvula reguladora, medidor de pressão (manômetro) e de fluxo do ar (fluxômetro), umidificador (para evitar ressecamento das mucosas respiratórias) e cateter nasal, tipo óculos. O contrato entre a Sesa e a empresa fornecedora do Kit de oxigenoterapia permite a entrega domiciliar inclusive na zona rural, com troca periódica dos cilindros, conforme a necessidade do paciente.

Orientação

Maria Cristina Paiva explica que o programa é voltado exclusivamente para pacientes com quadro de hipoxemia comprovada em laudo. “Tem pessoas que buscam o programa alegando sofrer de ‘falta de ar’, sintoma que pode ter outras causas que precisam ser investigadas. Esse quadro pode ser corrigido muitas vezes por meio de medicação. Isso acontece, por exemplo, com pacientes cardíacos, diabéticos, e até com pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema e bronquite crônica), mas sem relação com falta de oxigênio no sangue”.

A pneumologista da Sesa ressalta que pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podem reduzir as chances de chegar à hipoxemia fazendo o tratamento adequado, medicamentoso, fornecido gratuitamente, desde 2009, com recursos próprios do Estado, por meio das Farmácias Cidadãs Estaduais.



No CRE Metropolitano também funciona um programa que acompanha esses pacientes. Atualmente, cerca de 500 estão em tratamento, com acompanhamento trimestral e já saem com a prescrição do remédio a ser retirado na Farmácia Cidadã mais próxima de sua casa.

Acesso

Para ter acesso ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar, o paciente deve ser encaminhado por médico ao Programa, que fica no CRE Metropolitano, em Cariacica, e dispor de laudo médico – com diagnóstico da doença e prescrição do oxigênio especificando quantos litros por minuto e quantas horas por dia vai usar –, exame de gasometria arterial (que comprove a hipoxemia), cartão do SUS e cópias do documento de identidade ou CPF (do paciente e responsável) e do comprovante de residência. Assim que o processo é aberto ele é analisado pelos médicos.

Se o usuário for diagnosticado com hipoxemia, receberá do Programa o kit de oxigenoterapia, que será cedido enquanto o paciente necessitar.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
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