20/06/2011 14h30 - Atualizado em 23/09/2015 13h30

Balanço parcial: campanha contra poliomelite atinge 74% de cobertura vacinal no Estado

A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, que teve seu “Dia D” realizado no último sábado (18) atingiu, até às 17 horas desta segunda-feira (20), 74,26% de cobertura vacinal no Espírito Santo. Pais e responsáveis por crianças menores de cinco anos de idade, que não puderam ser vacinadas na data de mobilização nacional, ainda podem procurar os postos municipais de saúde até o dia 1º de julho.

A coordenadora do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande Koehler, considerou o balanço parcial da vacinação positivo, já que a cobertura do Estado está dentro da média nacional, que foi de 71,48%. “A procura pela vacina no Dia D foi muito boa e quem não levou seus filhos para vacinar, não deve deixar de procurar um dos postos de saúde nos próximos dias”, ressaltou. No Espírito Santo, a meta é vacinar no mínimo 238 mil crianças e atingir 95% de cobertura.

Mesmo que a criança tenha recebido outras doses ou participado de campanhas anteriores, pais ou responsáveis não podem deixar de levar seus filhos aos locais de vacinação. A vacina é indolor e simples: duas gotas por via oral.

A segunda etapa da Campanha está marcada para o dia 13 de agosto e será realizada simultaneamente, no Espírito Santo, à Campanha Nacional de Seguimento Contra o Sarampo. A estratégia de associar as duas vacinações é feita a cada cinco anos. Em oito Estados brasileiros, a imunização contra sarampo ocorrerá já nesta primeira etapa da campanha contra a pólio.

Contraindicações

Não há contraindicações absolutas para a administração da vacina oral contra a poliomielite. No entanto, ela deve ser evitada em crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C, diarreia ou vômito e com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina.

Além disso, a imunização deve ser evitada nas meninas e meninos que já tenham apresentado alguma reação anormal à vacina, e imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou com deficiência imunológica congênita.

A vacina contra a poliomielite não deve ser administrada em crianças submetidas a tratamento com corticosteroide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.

A vacina confere proteção contra os três sorotipos do poliovírus I, II e III, e sua eficácia é em torno de 90% a 95% com a administração de uma dose. Para uma imunidade longa, no entanto, é necessária uma série completa do esquema básico com no mínimo três doses.

A doença

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa, causada por um vírus. Ele acomete em geral os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou a sequelas paralíticas irreversíveis.

Atualmente ainda há risco de reintrodução do vírus da pólio no Brasil, e por isso as campanhas se mantêm como uma ação necessária de prevenção desde 1980.

O último caso de paralisia infantil registrado no País foi em 1989. No Estado, a última notificação foi em 1987. Em 1994, o Brasil recebeu o certificado Internacional de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem.

Em 2010, na primeira etapa da campanha, foram vacinadas 259.777 crianças no Estado, com cobertura final de 93,47%, Na segunda etapa, 262.623 crianças foram vacinadas, com cobertura de 94,49%.

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