Já está no ar, nas emissoras de rádio e televisão do Estado, a campanha de alerta para aumento dos casos de dengue no verão, com início no próximo dia 21. Embora a prevenção deva ser trabalhada ao longo do ano, o tema é lembrado com mais frequência nesse período, propício para a reprodução do mosquito causador da doença.

“Geralmente, todo ano, nessa época, acontece esse aumento. Isso porque o verão reúne condições ideais para a proliferação do Aedes aegipty, como calor intenso, alta umidade e chuvas abundantes. Por isso, estamos trabalhando preventivamente”, conta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A orientação é eliminar os focos do mosquito. E, para isso, a Sesa dá uma dica. “Pedimos que todos escolham um dia na semana para inspecionar a casa em busca de recipientes que possam armazenar água parada. Se isso for feito, o ciclo de reprodução do mosquito transmissor da doença, que dura de oito a dez dias, será quebrado”, afirma Gilsa.

Dengue tipo 4

A introdução do vírus da dengue tipo 4, que passou a circular no Espírito Santo neste ano pode gerar preocupação. “Começamos a observar um aumento no número de amostras positivas para esse tipo da doença. Como ela nunca foi registrada aqui antes de 2012, temos toda uma população suscetível a esse vírus”, conta a coordenadora.

“Até o começo deste ano tínhamos a presença dos vírus 1, 2 e 3 da dengue no Espírito Santo. Ou seja, quem já pegou dengue tipo 1, está imune a ela. Assim acontece com os demais tipos. Mas, como o vírus da dengue tipo 4 passou a circular recentemente, isso significa que quase ninguém foi sensibilizado por ele”, explica Gilsa Rodrigues.

Tratamento

Independentemente do vírus, os sinais e sintomas da dengue são os mesmos. Portanto, saber identificá-los é o primeiro passo para iniciar o tratamento o quanto antes, diminuindo as chances de complicações. Esse tema também será abordado durante a campanha.

De acordo com a coordenadora, em caso de febre associada a mais dois sintomas, como dor nos olhos, dor nos músculos, nas articulações, dor de cabeça ou presença de sangramento, é necessário procurar o serviço de saúde para ter o diagnóstico e iniciar o tratamento, que é basicamente hidratação.

O processo de hidratação pode ser começado em casa. O paciente pode tomar bastante água, suco, chá, além de soro caseiro, dissolvendo uma colherinha de café de sal e uma colher de sobremesa de açúcar em um copo de 200 ml de água – o que corresponde a um copo americano.

Municípios

Além do trabalho realizado pelos cidadãos, é necessário que os municípios também continuem com as ações de campo, mesmo durante a mudança nas prefeituras. “Os agentes de saúde são os responsáveis pelos trabalhos de campo no combate à dengue. Eles fazem as visitas domiciliares regulares, observam a presença de depósitos de água parada e orientam os moradores”, ressalta Gilsa.

Para que esse trabalho seja bem feito, é necessário um número adequado de agentes de saúde. “A recomendação é um agente para cada mil imóveis”, conclui Gilsa Rodrigues.

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