22/04/2008 06h41 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Campanha de vacinação contra a gripe começa no próximo sábado (26)

Com o slogan “Não deixe a gripe derrubar você! Vacine-se”, começa no próximo dia 26 de abril, e vai até 09 de maio, em todo o território nacional, a 10ª campanha de vacinação contra a gripe para a população a partir de 60 anos. Dia 26 de abril será o Dia Nacional de Vacinação do Idoso 2008, o “Dia D”.

A meta da campanha é prevenir a mortalidade pela gripe e suas complicações, além de melhorar as condições de saúde da população idosa, diminuindo o número de consultas médicas, o uso de medicamentos e de hospitalizações.

Durante a campanha os idosos receberão, além da vacina contra a gripe, vacina contra tétano e difteria – para os que não estiverem com a caderneta de vacinação em dia - e a vacina contra pneumococos – para idosos portadores de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas, pulmonares e renais.

A gripe

A gripe é uma doença provocada pelos vírus influenza, que incide com maior freqüência na população de maior idade, levando quase sempre a sérias complicações, principalmente pneumonias, o que resulta em um grande número de internações e óbitos nesta faixa etária.

Embora o ideal seja a vacinação de todos os idosos do Espírito Santo, ou seja, 285,8 mil pessoas, a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é vacinar no mínimo 80% desta população, o que corresponde a 228,6 mil idosos. No Brasil, 18,2 milhões de pessoas têm mais de 60 anos. Isso significa que pelo menos 14,5 milhões de idosos serão vacinados contra a gripe neste ano.

A meta do Ministério da Saúde para 2008 é alcançar 10 pontos percentuais a mais que os 70% estabelecidos nos anos anteriores. O aumento no percentual de cobertura para 80% se deve à grande adesão da população idosa brasileira à campanha. Em 2007, a vacinação atingiu 86,61% da população-alvo do País.



As campanhas contra a gripe são realizadas desde 1999 e o Estado superou as metas do Ministério em todos os anos. Em 2007, a população acima de 60 anos era de 281,5 mil pessoas e foram vacinados 259 mil, alcançando 91,95% do total de idosos do Espírito Santo.

Vacinação

Cerca 303 mil doses de vacina e seringas já foram distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para os 2.420 pontos de vacinação no Estado. Para o “Dia D”, cerca de 4,4 mil pessoas estarão envolvidas, incluindo voluntários e técnicos das secretarias municipais de Saúde.

Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, as doses serão destinadas também para a vacinação de toda a população indígena a partir de seis meses de idade.

Devido às características de mutação genética do vírus influenza, a cada ano, a formulação da vacina necessita ser atualizada e as pessoas devem ser vacinadas novamente, mesmo que tenham participado das campanhas anteriores.

A formulação da vacina que será utilizada neste ano, produzida pelo Instituto Butantan, atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS – para ser utilizada no Hemisfério Sul.

O Idoso como prioridade

O envelhecimento das populações é atualmente uma das grandes preocupações da saúde pública. A qualidade de vida desse grupo é um objetivo a ser perseguido, considerando que a saúde é resultado da interação entre condições física e mental, independência financeira, capacidade funcional e suporte familiar e social.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Brasil, em duas décadas, será o 6º País do mundo em população de idosos. Semelhante ao que acontece nas demais nações do mundo, o Brasil está passando por um processo de envelhecimento rápido e intenso.




Um dos maiores desafios em relação à saúde da população com mais de 60 anos é a prevenção de enfermidades que interferem no desenvolvimento de suas atividades diárias, sendo a gripe uma das principais doenças.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a partir de pesquisas internacionais, a vacina contra a influenza reduz, nos idosos imunizados, mais de 50% das doenças relacionadas à gripe e, no mínimo, 32% das hospitalizações por pneumonias. Além disso, há queda de pelos menos 31% das mortes hospitalares por pneumonia e influenza (gripe) e de cerca de 50% das mortes hospitalares relacionadas às doenças respiratórias.

Reações

É comum as pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Marta Casagrande Koehler, esclarece que há um mito em torno dessa idéia equivocada. A vacina é produzida por vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença. “É como se o vírus fosse morto e depois picado. Esses fragmentos são suficientes para induzir a produção dos anticorpos, os quais vão impedir que a pessoa adoeça pela gripe”, explica.

Outro fator importante é que a vacina leva de 14 a 21 dias para começar a proteger. Então, se a pessoa se contaminar neste período, a vacina não irá impedir a doença.

Todos os tipos de vacina, apesar de serem benéficas para o organismo, não deixam de ser um agente invasor. O corpo reage como mecanismo de defesa. É nesse momento que a pessoa pode apresentar algum tipo de reação. Mas essas reações depois da vacinação não podem ser consideradas nem mesmo um resfriado.

As mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, que desaparecem em média após 72 horas. “Mas é fundamental lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se adquirir a doença e suas complicações”.

Saiba a diferença da gripe para o resfriado:

- Muitas pessoas que apresentam resfriados o confundem com a gripe. Na verdade, a gripe é causada pelo vírus influenza e apresenta sintomas muito mais intensos que os provocados pelos diversos vírus que causam resfriados.

- A vacina só protege contra o vírus da gripe. Então, quem toma a vacina pode pegar um resfriado. Os sintomas do resfriado são parecidos com os da gripe. O que difere é a intensidade deles. O resfriado dura até três dias e dificilmente traz complicações.

- A gripe geralmente se manifesta com febre alta, dores pelo corpo, dores de cabeça, prostração, sintomas respiratórios como tosse, lacrimejamento, dor na garganta, coriza e outros. Normalmente se apresenta de forma aguda e a pessoa quase sempre não consegue exercer suas atividades diárias. A doença dura em média sete dias.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Lorena Fraga
lorenafraga@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3137-2378 / 2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard