Campanha de vacinação contra a gripe começa no próximo sábado (26)

A meta da campanha é prevenir a mortalidade pela gripe e suas complicações, além de melhorar as condições de saúde da população idosa, diminuindo o número de consultas médicas, o uso de medicamentos e de hospitalizações.
Durante a campanha os idosos receberão, além da vacina contra a gripe, vacina contra tétano e difteria – para os que não estiverem com a caderneta de vacinação em dia - e a vacina contra pneumococos – para idosos portadores de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas, pulmonares e renais.
A gripe
A gripe é uma doença provocada pelos vírus influenza, que incide com maior freqüência na população de maior idade, levando quase sempre a sérias complicações, principalmente pneumonias, o que resulta em um grande número de internações e óbitos nesta faixa etária.
Embora o ideal seja a vacinação de todos os idosos do Espírito Santo, ou seja, 285,8 mil pessoas, a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é vacinar no mínimo 80% desta população, o que corresponde a 228,6 mil idosos. No Brasil, 18,2 milhões de pessoas têm mais de 60 anos. Isso significa que pelo menos 14,5 milhões de idosos serão vacinados contra a gripe neste ano.
A meta do Ministério da Saúde para 2008 é alcançar 10 pontos percentuais a mais que os 70% estabelecidos nos anos anteriores. O aumento no percentual de cobertura para 80% se deve à grande adesão da população idosa brasileira à campanha. Em 2007, a vacinação atingiu 86,61% da população-alvo do País.

As campanhas contra a gripe são realizadas desde 1999 e o Estado superou as metas do Ministério em todos os anos. Em 2007, a população acima de 60 anos era de 281,5 mil pessoas e foram vacinados 259 mil, alcançando 91,95% do total de idosos do Espírito Santo.
Vacinação
Cerca 303 mil doses de vacina e seringas já foram distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para os 2.420 pontos de vacinação no Estado. Para o “Dia D”, cerca de 4,4 mil pessoas estarão envolvidas, incluindo voluntários e técnicos das secretarias municipais de Saúde.
Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, as doses serão destinadas também para a vacinação de toda a população indígena a partir de seis meses de idade.
Devido às características de mutação genética do vírus influenza, a cada ano, a formulação da vacina necessita ser atualizada e as pessoas devem ser vacinadas novamente, mesmo que tenham participado das campanhas anteriores.
A formulação da vacina que será utilizada neste ano, produzida pelo Instituto Butantan, atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS – para ser utilizada no Hemisfério Sul.
O Idoso como prioridade
O envelhecimento das populações é atualmente uma das grandes preocupações da saúde pública. A qualidade de vida desse grupo é um objetivo a ser perseguido, considerando que a saúde é resultado da interação entre condições física e mental, independência financeira, capacidade funcional e suporte familiar e social.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Brasil, em duas décadas, será o 6º País do mundo em população de idosos. Semelhante ao que acontece nas demais nações do mundo, o Brasil está passando por um processo de envelhecimento rápido e intenso.

Um dos maiores desafios em relação à saúde da população com mais de 60 anos é a prevenção de enfermidades que interferem no desenvolvimento de suas atividades diárias, sendo a gripe uma das principais doenças.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a partir de pesquisas internacionais, a vacina contra a influenza reduz, nos idosos imunizados, mais de 50% das doenças relacionadas à gripe e, no mínimo, 32% das hospitalizações por pneumonias. Além disso, há queda de pelos menos 31% das mortes hospitalares por pneumonia e influenza (gripe) e de cerca de 50% das mortes hospitalares relacionadas às doenças respiratórias.
Reações
É comum as pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Marta Casagrande Koehler, esclarece que há um mito em torno dessa idéia equivocada. A vacina é produzida por vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença. “É como se o vírus fosse morto e depois picado. Esses fragmentos são suficientes para induzir a produção dos anticorpos, os quais vão impedir que a pessoa adoeça pela gripe”, explica.
Outro fator importante é que a vacina leva de 14 a 21 dias para começar a proteger. Então, se a pessoa se contaminar neste período, a vacina não irá impedir a doença.
Todos os tipos de vacina, apesar de serem benéficas para o organismo, não deixam de ser um agente invasor. O corpo reage como mecanismo de defesa. É nesse momento que a pessoa pode apresentar algum tipo de reação. Mas essas reações depois da vacinação não podem ser consideradas nem mesmo um resfriado.
As mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, que desaparecem em média após 72 horas. “Mas é fundamental lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se adquirir a doença e suas complicações”.
Saiba a diferença da gripe para o resfriado:
- Muitas pessoas que apresentam resfriados o confundem com a gripe. Na verdade, a gripe é causada pelo vírus influenza e apresenta sintomas muito mais intensos que os provocados pelos diversos vírus que causam resfriados.
- A vacina só protege contra o vírus da gripe. Então, quem toma a vacina pode pegar um resfriado. Os sintomas do resfriado são parecidos com os da gripe. O que difere é a intensidade deles. O resfriado dura até três dias e dificilmente traz complicações.
- A gripe geralmente se manifesta com febre alta, dores pelo corpo, dores de cabeça, prostração, sintomas respiratórios como tosse, lacrimejamento, dor na garganta, coriza e outros. Normalmente se apresenta de forma aguda e a pessoa quase sempre não consegue exercer suas atividades diárias. A doença dura em média sete dias.
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