03/07/2008 05h25 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Campanha de vacinação contra a raiva começa no sábado (05)

No sábado (05) acontece o Dia ‘D’ da Campanha de Vacinação Anti-rábica Canina e Felina. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tem como meta vacinar, até o dia 04 de agosto, aproximadamente 450 mil cães e 150 mil gatos em todo o Estado.

A campanha é a principal estratégia de controle do Programa de Profilaxia da Raiva. Segundo a coordenadora da equipe de Referência Técnica Estadual da Raiva, da Sesa, Joaquina Rocha Pezzopane, a mobilização pretende estabelecer uma barreira imunológica capaz de interromper a transmissão do vírus da raiva em curto espaço de tempo, na população canina e felina, evitando o surgimento de casos em humanos.

“Os animais domésticos de estimação são as principais fontes de transmissão da doença para os seres humanos. O homem recebe o vírus da raiva por meio do contato com a saliva do animal enfermo”, disse Joaquina Pezzopane.

Cada município vai desenvolver estratégia própria de alcance da campanha a partir do material disponibilizado pela Sesa, como insumos e material gráfico de divulgação. A intenção é que em todos os 78 municípios capixabas haja postos de vacinação durante todo o período de mobilização.

A cobertura vacinal no período de 2002 a 2007 foi satisfatória no Estado. Em 2007, foram vacinados 429.578 cães e 83.061 gatos, totalizando 512.639 animais.

A Sesa considera que a raiva canina está controlada no Estado. Foram identificados alguns casos da doença em bovinos, eqüinos e morcegos. O último caso de raiva humana ocorreu em 2003, no município de Laranja da Terra. Em 2006, houve um caso de raiva felina na Serra e dois casos de raiva em morcego – um em Vitória, outro em Vila Velha. Esse ano, a Sesa contabiliza um caso de raiva em morcego na cidade de Nova Venécia.

Em 2007, ocorreu um caso da doença em felino no município de Vila Valério. E neste ano, a Sesa contabiliza um caso de raiva em morcego não hematógafo na cidade de Nova Venécia.

A Raiva

A raiva é uma zoonose causada pelo Rhabdovirus, que não tem cura, levando o hospedeiro a uma encefalomielite aguda (inflamação das meninges). A doença tem uma predileção por nervos e apresenta 100% de letalidade, porém é imunoprevinível, isto é, existe vacina.

Acomete todos os mamíferos de sangue quente, inclusive o homem. No meio urbano, o principal e maior transmissor da raiva para o ser humano é o cão.

No meio rural, os principais transmissores são os animais silvestres, com ênfase nos morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue). Já os morcegos frutíferos (que se alimentam de frutas), e que também são infectados com o vírus rábico, são mais encontrados no meio urbano.

Sintomas do animal raivoso:

- Os sintomas de um animal raivoso são caracterizados pela perda do apetite, baba freqüente, permanência em locais isolados e escuros, cauda caída e cansaço, permanecendo sempre no chão.
- Somente cães e gatos são passíveis de serem observados e a observação ocorre durante 10 dias.
- Após a mordida, a vítima deve procurar imediatamente o médico e o animal deve ficar isolado em um local seguro para observação.

A vacina

A vacina Anti-rábica Canina (VARC) não tem contra-indicação e deve ser aplicada pela via subcutânea em dose única de 2ml para cães e gatos de qualquer idade, sexo, peso e tamanho – independente do estado nutricional do animal – e também para fêmeas lactantes e gestantes.

A única recomendação é para fêmeas gestantes quanto ao risco de causar aborto, pois é necessário conter o animal na hora de vaciná-lo. Vale destacar que não é recomendada a entrega da vacina ao proprietário do animal para aplicação em casa.

O proprietário que não puder levar o animal no dia da campanha deve procurar a Secretaria de Saúde do seu município para efetuar a vacinação.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Syria Luppi
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