24/04/2012 12h15 - Atualizado em 23/09/2015 13h33

Campanha de vacinação contra gripe começa no próximo dia 5

A 14ª Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe terá início em todo o país no próximo dia 5 de maio. No Espírito Santo, a meta é imunizar no mínimo 80% da população estimada em 526 mil capixabas, entre idosos, profissionais de saúde, indígenas, crianças de seis meses até menores de dois anos de idade, e gestantes. A ação vai até 25 de maio.

Os grupos escolhidos pelo Ministério da Saúde para receber a imunização são os que têm mais risco de adoecer e de desenvolver complicações como as infecções respiratórias, principalmente os idosos acima de 60 anos e as crianças. Segundo a coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande Koehler, a vacina é a forma mais eficaz de proteção contra a gripe e visa reduzir o adoecimento, a mortalidade e as internações causadas pela doença. Assim como no ano passado, a vacina este ano imunizará contra três vírus da gripe, incluindo o da Influenza A (H1N1).

Para saber os locais de vacinação, espalhados em todos os municípios capixabas, o cidadão deve entrar em contato com a prefeitura municipal. A estimativa é que no “Dia D” da campanha (5 de maio), cerca de 1.200 postos, entre fixos e volantes, funcionem mobilizando aproximadamente 3.500 trabalhadores.

No Espírito Santo, os idosos com 60 anos de idade são o grupo mais representativo que receberá a vacina, seguidos pelas crianças com seis meses e menos de dois anos de idade e gestantes.

Em 2011, o Estado superou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, tendo alcançado uma cobertura geral de 89%, acima da cobertura nacional, de 84%. Nos grupos segmentados, as metas foram alcançadas com exceção da população indígena e gestantes.


Público-alvo no ES



A vacina poderá ser aplicada em mulheres grávidas em qualquer fase da gestação. Já as crianças na faixa etária especificada, que nunca a receberam antes, deverão ser imunizadas com duas doses, em um intervalo de 30 dias. Já os profissionais de saúde que deverão ser imunizados são aqueles que trabalham nas unidades que fazem atendimento para a influenza. A imunização só não é recomendada para pessoas com histórico de reação alérgica grave à dose anterior desta vacina ou que apresentam alergia grave à proteína do ovo de galinha.

Reações

É comum algumas pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. No entanto, a coordenadora do Programa de Imunização esclarece que há um mito em torno dessa ideia equivocada. “A vacina é produzida com vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença”, explica. Isso significa que quem gripa após tomar a vacina provavelmente já estava com o vírus incubado, uma vez que a vacina começa a proteger de 14 a 21 dias após a aplicação. O ápice da proteção se dá de quatro a seis semanas.

As reações mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, mas desaparecem, em média, após 72 horas. Vale lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se contrair a doença e suas complicações.


A doença

Influenza (gripe) é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Os vírus influenza subdividem-se em três tipos: A, B e C, sendo o tipo A o mais invasivo e que mais causa epidemias e pandemias. A doença pode se apresentar desde uma forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves e complicadas.

Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, coriza, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e de cabeça, com duração média de sete dias, podendo evoluir com complicações como pneumonia, otite, sinusite, bronquite e quadros graves, de acordo com o vírus e com a condição de saúde da pessoa doente. O quadro do resfriado, geralmente, é brando, de evolução benigna, dura de dois a quatro dias e geralmente não leva a complicações de maior gravidade.

Os casos graves da doença estão frequentemente associados à síndrome respiratória aguda grave (SRAG) levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são muito mais comuns entre os idosos, as pessoas com história de patologias crônicas (doenças cardiovasculares, pulmonares, diabéticos, doenças renais, neoplasias, imunodeprimidos, entre outros), ou outros grupos de maior vulnerabilidade (como as crianças, os indígenas e as gestantes), que contribuem para a elevação das taxas de morbimortalidade, adoecimento e mortalidade.

A vacinação desses grupos é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a estratégia de prevenção mais efetiva para a redução da ocorrência da doença, internações e óbitos.


Quem deve tomar a vacina

- Idosos com 60 anos de idade ou mais
- Indígenas (a partir dos seis meses)
- Crianças com seis meses de idade e menores de dois anos
- Gestantes (em qualquer período gestacional)
- Profissionais de saúde que trabalham nas unidades que fazem atendimento para a influenza.


Quem não deve tomar a vacina

- Pessoas com alergia à proteína de ovo

Período de duração da Campanha

- Início: 5 de maio
- Término: 25 de maio

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