07/04/2008 05h55 - Atualizado em
23/09/2015 13h20
Câncer é a terceira causa de óbito entre os capixabas
As neoplasias, conhecidas popularmente como cânceres, foram a terceira causa de óbito entre os capixabas em 2007, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e para as mortes por causas externas (acidentes, violência e quedas). Mas, segundo uma estimativa da Coordenação da Rede Oncológica Estadual, até 2010 as lesões cancerígenas subirão uma posição no ranking. Para reverter esse quadro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está investindo na melhoria dos serviços prestados à população capixaba.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam para o registro de 466.730 novos casos de tumores cancerígenos no Brasil em 2008, sendo 8.810 só no Espírito Santo. Até 2020 devem surgir 15 milhões de casos novos de câncer no mundo, sendo 60% em paises em desenvolvimento.
Em 2003, 2.500 pessoas morreram por tumores cancerígenos no Estado. Em 2006, esse número passou para 2.859 óbitos por essa mesma causa, um aumento de 14,36% em apenas três anos.
Para a médica Rita Rocha, coordenadora da Rede Oncológica, esses números são assustadores. “Se pararmos para pensar que a maioria dos cânceres, quando descobertos precocemente, tem grandes chances de cura, é uma incoerência que tanta gente morra por essa causa”, explica.
Estilo de vida
Aproveitando o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer, nesta terça-feira (08), Rita Rocha ressalta que, além dos fatores genéticos, o estilo de vida moderno tem ajudado a aumentar o número de casos de câncer. A falta de tempo, o tabagismo, o estresse e os hábitos modernos, como comidas prontas e o sedentarismo, são algumas das principais causas de doenças.
Para a coordenadora, mudar os hábitos prejudiciais é o mais difícil. “A população deve mudar sua maneira de viver, criando hábitos mais saudáveis. Mas os pacientes não se conscientizam de que é preciso parar de fumar, diminuir o consumo de álcool, usar protetor solar e se alimentar de forma mais saudável”, conta.
Atenção Primária
Para mudar esse quadro, a Coordenação da Rede Oncológica Estadual está investindo na formação de profissionais da rede de Atenção Primária de Saúde. Em maio será iniciada uma série de capacitações, começando pelo Norte do Espírito Santo. A idéia é aumentar o número de casos diagnosticados em estágio inicial.
Agentes, médicos e outros profissionais de saúde serão treinados para ficarem atentos aos sintomas do câncer de colo de útero e mama e para informarem à população sobre a prevenção da doença. “Além disso, eles vão poder ensinar à população o que é o câncer e a fazer o auto-exame da mama. Porque se as pessoas não conhecem, eles não fazem os exames de prevenção”, ressalta a coordenadora.
Essa é a primeira etapa de um processo de construção e melhoria de redes de atenção oncológica, o que levará a uma parceria com as secretarias municipais de saúde. “A nossa idéia é de que exames básicos, como o Papanicolau, o auto-exame da mama e o toque retal, que identifica o câncer de próstata, sejam feitos nas unidades básicas de saúde”, diz.
Com isso, será possível detectar os tumores em estágio inicial, o que aumenta a chance de cura do paciente. “O câncer detectado precocemente muitas vezes pode ser tratado com cirurgias de média complexidade, o que é bem melhor para o doente”.
Credenciamento
Além disso, a Sesa está investindo no credenciamento de novos hospitais no Ministério da Saúde (MS) para o tratamento oncológico. Ainda este semestre, o Hospital Evangélico de Vila Velha começará a fazer o atendimento, inicialmente com quimioterapia e oncologia clínica.
A Sesa também vai começar um estudo sobre a possibilidade de credenciar dois hospitais do Norte do Estado. Atualmente, os pacientes dessa região são atendidos em hospitais da Grande Vitória. Os hospitais Santa Rita, Infantil (de Vitória), o Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim e a Santa Casa de Misericórdia de Vitória são credenciados no MS.
Com isso, a Sesa acredita que o número de óbitos por câncer no Espírito Santo deve diminuir. “A melhor arma na prevenção à doença é educar a população a prevenir tumores malignos, oferecendo exames de detecção precoce da doença. E é isso que nós estamos fazendo”, frisa Rita Rocha.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Rovena Storch
rovenadamasceno@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3137-2378 / 2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam para o registro de 466.730 novos casos de tumores cancerígenos no Brasil em 2008, sendo 8.810 só no Espírito Santo. Até 2020 devem surgir 15 milhões de casos novos de câncer no mundo, sendo 60% em paises em desenvolvimento.
Em 2003, 2.500 pessoas morreram por tumores cancerígenos no Estado. Em 2006, esse número passou para 2.859 óbitos por essa mesma causa, um aumento de 14,36% em apenas três anos.
Para a médica Rita Rocha, coordenadora da Rede Oncológica, esses números são assustadores. “Se pararmos para pensar que a maioria dos cânceres, quando descobertos precocemente, tem grandes chances de cura, é uma incoerência que tanta gente morra por essa causa”, explica.
Estilo de vida
Aproveitando o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer, nesta terça-feira (08), Rita Rocha ressalta que, além dos fatores genéticos, o estilo de vida moderno tem ajudado a aumentar o número de casos de câncer. A falta de tempo, o tabagismo, o estresse e os hábitos modernos, como comidas prontas e o sedentarismo, são algumas das principais causas de doenças.
Para a coordenadora, mudar os hábitos prejudiciais é o mais difícil. “A população deve mudar sua maneira de viver, criando hábitos mais saudáveis. Mas os pacientes não se conscientizam de que é preciso parar de fumar, diminuir o consumo de álcool, usar protetor solar e se alimentar de forma mais saudável”, conta.
Atenção Primária
Para mudar esse quadro, a Coordenação da Rede Oncológica Estadual está investindo na formação de profissionais da rede de Atenção Primária de Saúde. Em maio será iniciada uma série de capacitações, começando pelo Norte do Espírito Santo. A idéia é aumentar o número de casos diagnosticados em estágio inicial.
Agentes, médicos e outros profissionais de saúde serão treinados para ficarem atentos aos sintomas do câncer de colo de útero e mama e para informarem à população sobre a prevenção da doença. “Além disso, eles vão poder ensinar à população o que é o câncer e a fazer o auto-exame da mama. Porque se as pessoas não conhecem, eles não fazem os exames de prevenção”, ressalta a coordenadora.
Essa é a primeira etapa de um processo de construção e melhoria de redes de atenção oncológica, o que levará a uma parceria com as secretarias municipais de saúde. “A nossa idéia é de que exames básicos, como o Papanicolau, o auto-exame da mama e o toque retal, que identifica o câncer de próstata, sejam feitos nas unidades básicas de saúde”, diz.
Com isso, será possível detectar os tumores em estágio inicial, o que aumenta a chance de cura do paciente. “O câncer detectado precocemente muitas vezes pode ser tratado com cirurgias de média complexidade, o que é bem melhor para o doente”.
Credenciamento
Além disso, a Sesa está investindo no credenciamento de novos hospitais no Ministério da Saúde (MS) para o tratamento oncológico. Ainda este semestre, o Hospital Evangélico de Vila Velha começará a fazer o atendimento, inicialmente com quimioterapia e oncologia clínica.
A Sesa também vai começar um estudo sobre a possibilidade de credenciar dois hospitais do Norte do Estado. Atualmente, os pacientes dessa região são atendidos em hospitais da Grande Vitória. Os hospitais Santa Rita, Infantil (de Vitória), o Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim e a Santa Casa de Misericórdia de Vitória são credenciados no MS.
Com isso, a Sesa acredita que o número de óbitos por câncer no Espírito Santo deve diminuir. “A melhor arma na prevenção à doença é educar a população a prevenir tumores malignos, oferecendo exames de detecção precoce da doença. E é isso que nós estamos fazendo”, frisa Rita Rocha.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Rovena Storch
rovenadamasceno@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3137-2378 / 2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
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