20/07/2007 08h07 - Atualizado em 23/09/2015 09h54

Casos de Aids aumentam entre mulheres

Técnicos da Coordenação Estadual de DST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde, participam em Belo Horizonte (MG), no período de 31 de julho a 02 de agosto, da Oficina de Estruturação do Enfrentamento da Feminização da Epidemia da Aids e outras DSTs.

O Plano Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia da Aids e outras DSTs visa nortear a implantação e implementação de ações nos níveis federal, estadual e municipal, buscar novas articulações e melhorar as relações institucionais.

“É importante discutir, estruturar ações e definir estratégias para o enfrentamento da epidemia. Durante o encontro teremos oportunidade de fazer cruzamentos de informações entre saúde da mulher e o programa nacional permitindo maior dinâmica ao enfrentamento”, diz a coordenadora estadual do Programa DST/Aids da Sesa, Sandra Fagundes.

Há alguns anos o HIV/Aids não está relacionado a grupos de risco e o conceito de vulnerabilidade vem representando mais adequadamente a transcendência da epidemia, no entanto é indiscutível o aumento da incidência entre as mulheres. Em poucos anos a relação de quatro homens para uma mulher passou para quase um por um no Espírito Santo.

Notificações

De acordo com a Coordenação do Programa DST/Aids, no período de 1985 até abril de 2006, foram notificados 5.529 casos de Aids. Nos últimos seis anos a média anual foi de 454 de casos. A distribuição por sexo é de 3.458 (62,5%) entre os homens e 2.071 (37,5%) entre mulheres. Em crianças menores de 13 anos de idade os números chegam a 317 notificações. A faixa etária mais atingida é de 20 a 49 anos, com 82,2% dos casos notificados.

A categoria de exposição mais expressiva é a sexual, representando 67,0% dos casos notificados. Destes, 70,1% são heterossexuais. A categoria de exposição sanguínea corresponde a 11,6% dos casos, sendo 89,9% de usuários de drogas injetáveis.

No Espírito Santo não há, desde o ano 2000, notificação de pessoas contaminadas pelo vírus HIV por transfusão sanguínea, demonstrando a qualidade do sangue transfundido no Estado nos últimos anos.

Observa-se, segundo a Coordenação do Programa DST/Aids, uma redução de casos notificados entre os usuários de drogas injetáveis e entre as pessoas que se declararam homossexuais e bissexuais. Em contraste, os casos entre as pessoas que se declaram heterossexuais estão aumentando progressivamente.

Em relação à mortalidade decorrente da doença, observou-se queda acentuada de 42,1% no período compreendido entre os anos 1996 a 2005.

No Estado os municípios com maior número de pessoas vivendo Aids são Vitória (1.181), Vila Velha (890) e Cariacica (749).

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