02/08/2009 18h53 - Atualizado em
23/09/2015 13h25
Cem anos da descoberta da Doença de Chagas: Estado não registra contaminação local há oito anos
Em 2009, comemoram-se cem anos do descobrimento da Doença de Chagas, moléstia transmitida pelo inseto popularmente conhecido como barbeiro. Descoberta pelo médico Carlos Chagas, que a revelou ao mundo em 1909, a enfermidade acomete milhões de brasileiros, fator que a transforma em um sério problema de saúde pública. No Espírito Santo, entretanto, a situação é oposta: todos os 56 casos registrados, nos últimos oito anos, são importados.
Ao todo, de acordo com o Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas, apenas 12 municípios capixabas tiveram confirmações da enfermidade desde 2001, quando as notificações de casos da moléstia foram assumidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), deixando de ser realizadas pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
Para o coordenador do Programa Estadual, Evandro Tanini Lopes, o Espírito Santo tem uma posição diferenciada quando se fala em controle da Doença de Chagas. Além de o número de notificações estar bem abaixo da média nacional, todas elas são referentes a pessoas infectadas com a doença fora do Estado. Para completar, a espécie do babeiro encontrado aqui é de transmissibilidade muito baixa.
“Todos os casos de Doença de Chagas no Estado são importados, a maioria vem da Bahia, região onde a doença é endêmica. Além disso, a maioria absoluta dos barbeiros encontrados no Espírito Santo pertence à espécie Triatoma vitticeps. O hábito de picada peculiar deste vetor contribui para que os casos de transmissão da doença não sejam tão altos quanto aqueles gerados pelo Triatoma brasiliensis, o principal vetor da moléstia no País”, explica o coordenador.
O programa
Embora por aqui, o quadro da Doença de Chagas seja ímpar se comparado ao restante do Brasil, o Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas é atuante. Evandro Lopes explica que a vigilância dos casos é feita todas as vezes em que um barbeiro é identificado ou quando aparece um caso de pessoa doente. Nessas ocasiões, é realizado um estudo para averiguar onde o doente foi contaminado e se o babeiro encontrado carrega o microorganismo que gera a moléstia.
“A Sesa age em parceria com as Superintendências Regionais de Saúde (em Cachoeiro de Itapemirim, Vitória, Colatina e São Mateus), com o Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes) e com os municípios na investigação dos casos”, detalha o coordenador.
A Doença de Chagas
É uma doença transmitida pelo barbeiro que carrega o protozoário Trypanossoma Cruzi, responsável por causar a enfermidade. O inseto se alimenta de sangue e pode adquirir o agente etiológico ao picar um animal contaminado. A transmissão em humanos acontece quando o barbeiro pica a pessoa e ao mesmo tempo defeca perto do local da picada. Quando a pessoa coça a região, acaba levando o Trypanossoma Cruzi à corrente sanguínea.
Os problemas causados pela Doença de Chagas são graves e podem afetar o fígado e, principalmente o coração e até mesmo ocasionar óbitos. A enfermidade é de evolução lenta, mas se diagnosticada no início tem grande grau de cura. O tratamento é feito com um medicamento produzido no Brasil fornecido de graça na rede de saúde pública. A transmissão da doença por barbeiro acontece no meio rural.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Ao todo, de acordo com o Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas, apenas 12 municípios capixabas tiveram confirmações da enfermidade desde 2001, quando as notificações de casos da moléstia foram assumidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), deixando de ser realizadas pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
Para o coordenador do Programa Estadual, Evandro Tanini Lopes, o Espírito Santo tem uma posição diferenciada quando se fala em controle da Doença de Chagas. Além de o número de notificações estar bem abaixo da média nacional, todas elas são referentes a pessoas infectadas com a doença fora do Estado. Para completar, a espécie do babeiro encontrado aqui é de transmissibilidade muito baixa.
“Todos os casos de Doença de Chagas no Estado são importados, a maioria vem da Bahia, região onde a doença é endêmica. Além disso, a maioria absoluta dos barbeiros encontrados no Espírito Santo pertence à espécie Triatoma vitticeps. O hábito de picada peculiar deste vetor contribui para que os casos de transmissão da doença não sejam tão altos quanto aqueles gerados pelo Triatoma brasiliensis, o principal vetor da moléstia no País”, explica o coordenador.
O programa
Embora por aqui, o quadro da Doença de Chagas seja ímpar se comparado ao restante do Brasil, o Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas é atuante. Evandro Lopes explica que a vigilância dos casos é feita todas as vezes em que um barbeiro é identificado ou quando aparece um caso de pessoa doente. Nessas ocasiões, é realizado um estudo para averiguar onde o doente foi contaminado e se o babeiro encontrado carrega o microorganismo que gera a moléstia.
“A Sesa age em parceria com as Superintendências Regionais de Saúde (em Cachoeiro de Itapemirim, Vitória, Colatina e São Mateus), com o Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes) e com os municípios na investigação dos casos”, detalha o coordenador.
A Doença de Chagas
É uma doença transmitida pelo barbeiro que carrega o protozoário Trypanossoma Cruzi, responsável por causar a enfermidade. O inseto se alimenta de sangue e pode adquirir o agente etiológico ao picar um animal contaminado. A transmissão em humanos acontece quando o barbeiro pica a pessoa e ao mesmo tempo defeca perto do local da picada. Quando a pessoa coça a região, acaba levando o Trypanossoma Cruzi à corrente sanguínea.
Os problemas causados pela Doença de Chagas são graves e podem afetar o fígado e, principalmente o coração e até mesmo ocasionar óbitos. A enfermidade é de evolução lenta, mas se diagnosticada no início tem grande grau de cura. O tratamento é feito com um medicamento produzido no Brasil fornecido de graça na rede de saúde pública. A transmissão da doença por barbeiro acontece no meio rural.
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Texto: Marcos Bonn
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