26/09/2007 13h12 - Atualizado em
23/09/2015 10h01
Central de Captação de Órgãos do Estado comemora o Dia Nacional do Doador nesta quinta (27)
Para lembrar o Dia Nacional do Doador de Órgãos, nesta quinta-feira (27), a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), promove na Praça dos Desejos, das 15h30 às 17 horas, um movimento de sensibilização sobre o tema. A concentração, que será realizada paralelamente em todos os estados do Brasil, contará com a participação de pessoas transplantadas, pacientes que estão na fila do transplante e seus respectivos familiares.
A assistente social da Central do Estado, Maísa Ferrão explica que é importante aproveitar esse momento para conscientizar a população. Desde 2005 o número de doadores vem caindo gradativamente, e ao mesmo tempo a lista de espera de transplante não pára de crescer. “A lista é crescente e com a queda de transplantes, a situação é de alerta. Temos que reverter esse quadro rapidamente”. No entanto ela não desanima, “o povo é solidário, basta mobilizá-lo”.
Em 2004 o número de doadores efetivos de órgão sólidos por milhão de habitante no Espírito Santo era de 8,4. Em 2005, esse quantitativo caiu para 7,4 e, no ano passado, a taxa declinou para 5,9. Neste mesmo período, no Brasil, a proporção era de 6,0 por milhão.
“É um número baixo. Alguns países, como os Estados Unidos e na Europa, a quantidade de doadores efetivos por milhão de habitantes chega a 20 ou 30”, explica Maísa. Santa Catarina foi o Estado onde as doações mais cresceram neste ano. Lá, no primeiro semestre de 2007 foram registrados mais de 14 doadores por milhão de habitantes, informou ela.
Além da população, ela lembra que é preciso também chamar a atenção dos profissionais envolvidos com transplantes. Segundo Maísa Ferrão, é no hospital onde tudo acontece. “É lá que a comprovação da morte encefálica do paciente acontece e é de lá que parte a notificação de doação”.
Por isso, todos os hospitais do País com mais de 80 leitos devem ter uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). É ela que fica responsável por entrar em contato com a Central quando há uma possibilidade de doação. “Essa comissão que ajuda o hospital a efetivar a doação”, diz Maísa.
Neste ano, de acordo com a Central de Captação, doze doações foram feitas no Espírito Santo até o mês de agosto: três no Hospital Dório Silva (HDS), um no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), quatro na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, três no Hospital Santa Maria de Colatina e uma no Centro Integrado de Atenção à Saúde (Cias).
O número de doações é baixo, se considerarmos que no Estado há uma fila de com 1.420 pacientes à espera de transplante. Desses, 924 esperam por rins e 466 por uma nova córnea. Outros 22 aguardam por uma doação de fígado, quatro por um novo coração e outros quatro por um transplante conjugado de rim/pâncreas.
A lista de espera nacional é muito maior. São aproximadamente 70 mil pessoas à espera de órgãos e tecidos. Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) indicam que menos de 10% destas pessoas são agraciadas com órgãos. Mas, a informação que chama atenção é que 30% dos pacientes que estão na fila morrem antes de um transplante.
Como funciona a Central de Captação de Órgãos?
A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado funciona 24 horas e é sediada no Hospital da Polícia Militar (HPM). Ela tem a função de “coordenar no âmbito estadual tudo que envolve a doação e transplante de órgãos e tecidos, inclusive a fiscalização e controle”, diz Maísa Ferrão. A Central também é responsável pela gerência da lista de espera.
Em todos os estados brasileiros existe uma Central, que faz um intercâmbio de informações entre si e com a Central Nacional de Notificação e Captação de Órgãos (CNNCDO).
Diante de um possível caso de doação, a Central de Captação recebe uma notificação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do hospital onde o doador em potencial se encontra. Para confirmar a doação, é preciso constatar a morte cerebral da pessoa. Então, são realizados três exames: dois clínicos e um complementar.
A Central emite uma relação de potenciais receptores para cada órgão ou tecido e avisa às equipes de transplantes nos hospitais. Por fim, os órgãos são transplantados. Vale lembrar que a Central não capta os órgãos, e sim as equipes médicas.
No Espírito Santo há hospitais credenciados e grupos médicos preparados para transplantar fígado, coração, rim, rim/pâncreas conjugados e córneas. Grande parte dos procedimentos é feita via Sistema Único de Saúde (SUS). Caso um transplante não seja realizado aqui, a Central Estadual, junto com a Central Nacional, aciona uma equipe médica de outro Estado.
De acordo com Maísa Ferrão, a Sesa tem buscado trabalhar a questão da doação em parceria com os diretores dos hospitais localizados no Espírito Santo. “É uma caminhada que acreditamos que pode dar resultado”, conta.
No entanto, o índice da negativa familiar no ato da doação é muito grande, chega a 40% dos casos. “A doação parte da família. As famílias que têm essa informação, têm a sensibilidade e facilidade em doar”, diz. Além disso, às vezes, nem todos que poderiam doar o fazem em função da contra-indicação médica.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
(27) 3137-2378/2307/9969-8271/9943-2776
A assistente social da Central do Estado, Maísa Ferrão explica que é importante aproveitar esse momento para conscientizar a população. Desde 2005 o número de doadores vem caindo gradativamente, e ao mesmo tempo a lista de espera de transplante não pára de crescer. “A lista é crescente e com a queda de transplantes, a situação é de alerta. Temos que reverter esse quadro rapidamente”. No entanto ela não desanima, “o povo é solidário, basta mobilizá-lo”.
Em 2004 o número de doadores efetivos de órgão sólidos por milhão de habitante no Espírito Santo era de 8,4. Em 2005, esse quantitativo caiu para 7,4 e, no ano passado, a taxa declinou para 5,9. Neste mesmo período, no Brasil, a proporção era de 6,0 por milhão.
“É um número baixo. Alguns países, como os Estados Unidos e na Europa, a quantidade de doadores efetivos por milhão de habitantes chega a 20 ou 30”, explica Maísa. Santa Catarina foi o Estado onde as doações mais cresceram neste ano. Lá, no primeiro semestre de 2007 foram registrados mais de 14 doadores por milhão de habitantes, informou ela.
Além da população, ela lembra que é preciso também chamar a atenção dos profissionais envolvidos com transplantes. Segundo Maísa Ferrão, é no hospital onde tudo acontece. “É lá que a comprovação da morte encefálica do paciente acontece e é de lá que parte a notificação de doação”.
Por isso, todos os hospitais do País com mais de 80 leitos devem ter uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). É ela que fica responsável por entrar em contato com a Central quando há uma possibilidade de doação. “Essa comissão que ajuda o hospital a efetivar a doação”, diz Maísa.
Neste ano, de acordo com a Central de Captação, doze doações foram feitas no Espírito Santo até o mês de agosto: três no Hospital Dório Silva (HDS), um no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), quatro na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, três no Hospital Santa Maria de Colatina e uma no Centro Integrado de Atenção à Saúde (Cias).
O número de doações é baixo, se considerarmos que no Estado há uma fila de com 1.420 pacientes à espera de transplante. Desses, 924 esperam por rins e 466 por uma nova córnea. Outros 22 aguardam por uma doação de fígado, quatro por um novo coração e outros quatro por um transplante conjugado de rim/pâncreas.
A lista de espera nacional é muito maior. São aproximadamente 70 mil pessoas à espera de órgãos e tecidos. Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) indicam que menos de 10% destas pessoas são agraciadas com órgãos. Mas, a informação que chama atenção é que 30% dos pacientes que estão na fila morrem antes de um transplante.
Como funciona a Central de Captação de Órgãos?
A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado funciona 24 horas e é sediada no Hospital da Polícia Militar (HPM). Ela tem a função de “coordenar no âmbito estadual tudo que envolve a doação e transplante de órgãos e tecidos, inclusive a fiscalização e controle”, diz Maísa Ferrão. A Central também é responsável pela gerência da lista de espera.
Em todos os estados brasileiros existe uma Central, que faz um intercâmbio de informações entre si e com a Central Nacional de Notificação e Captação de Órgãos (CNNCDO).
Diante de um possível caso de doação, a Central de Captação recebe uma notificação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do hospital onde o doador em potencial se encontra. Para confirmar a doação, é preciso constatar a morte cerebral da pessoa. Então, são realizados três exames: dois clínicos e um complementar.
A Central emite uma relação de potenciais receptores para cada órgão ou tecido e avisa às equipes de transplantes nos hospitais. Por fim, os órgãos são transplantados. Vale lembrar que a Central não capta os órgãos, e sim as equipes médicas.
No Espírito Santo há hospitais credenciados e grupos médicos preparados para transplantar fígado, coração, rim, rim/pâncreas conjugados e córneas. Grande parte dos procedimentos é feita via Sistema Único de Saúde (SUS). Caso um transplante não seja realizado aqui, a Central Estadual, junto com a Central Nacional, aciona uma equipe médica de outro Estado.
De acordo com Maísa Ferrão, a Sesa tem buscado trabalhar a questão da doação em parceria com os diretores dos hospitais localizados no Espírito Santo. “É uma caminhada que acreditamos que pode dar resultado”, conta.
No entanto, o índice da negativa familiar no ato da doação é muito grande, chega a 40% dos casos. “A doação parte da família. As famílias que têm essa informação, têm a sensibilidade e facilidade em doar”, diz. Além disso, às vezes, nem todos que poderiam doar o fazem em função da contra-indicação médica.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
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Texto: Marcos Bonn
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