27/09/2007 17h15 - Atualizado em 23/09/2015 10h01

Central de Captação de Órgãos do Estado promove encontro em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Órgão nesta quinta (27)

A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado realizou, na tarde desta quinta-feira (27), na Praça dos Desejos, em Vitória, um evento para celebrar o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Estiveram presentes na concentração pacientes que estão na fila de transplante, pessoas que já foram transplantadas, familiares e profissionais da área. A Banda da Polícia Militar (PM) animou a reunião em que, ao final, os participantes soltaram balões de ar como um gesto de solidariedade.

Um dos participantes foi Adauto Almeida, de 52 anos. Ele é uma das 22 pessoas no Espírito Santo que compõem a lista de espera por um novo fígado. Apesar de estar na fila há três anos, hoje Adauto é o primeiro na relação do grupo de seu tipo sangüíneo. O problema mudou sua rotina. “A vida muda. De uma pessoa ativa, passei a ser dependente. Atividades como lazer, trabalhar e dirigir, por exemplo, ficam restritas”, contou.

Por isso, ele sabe que ações de sensibilização do público, como a de hoje, são importantes. “Eu penso que iniciativas como esta são fundamentais para nós que estamos na fila. Isso faz com que a população saiba o que acontece”, disse. Para ele, pessoas que desejam doar, mas têm dúvidas, devem procurar saber quantas vidas uma doação pode salvar”.

A vida de Filomena Oliveira, 65 anos, passou por um transplante de fígado. Em novembro de 2005 ela recebeu o órgão de um jovem de 20 anos, que também doou as duas córneas e os dois rins. De acordo com a mãe do doador, Mitsi Mary Rocha, tudo já havia sido conversado quando o filho ainda era vivo, o que tornou a decisão mais fácil. “Na hora da morte decidimos doar os órgãos”, explicou.

Atualmente, Mitsi Mary costuma se reunir com todos que foram agraciados com os órgãos do filho. No encontro desta quinta (27), ela trajava uma camisa que estampava a foto do rapaz. A receptora do órgão, Dona Filó, lembra que esperou oito meses na fila e, após o transplante, diz se sentir como se nunca houvesse tido algum problema de saúde. E destacou que “encontros como este são uma maravilha, deveriam ser feitos mais vezes”.

A assistente social da Central do Estado, Maísa Ferrão, explica que é importante aproveitar esse momento para conscientizar a população. Desde 2005 o número de doadores vem caindo gradativamente, e ao mesmo tempo a lista de espera pelo transplante não pára de crescer. “A lista é crescente e com a queda de transplantes, a situação é de alerta. Temos que reverter esse quadro rapidamente”. E ela não desanima, “o povo é solidário, basta mobilizá-lo”.

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