27/07/2012 06h41 - Atualizado em 23/09/2015 13h34

Central de Regulação fez mais de 7 mil transferências de pacientes em 2012

O número de pacientes regulados e transferidos para hospitais por meio da Central de Regulação de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no primeiro semestre deste ano quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto em 2011 foram realizadas 3.648 transferências, de janeiro a junho de 2012, 7.164 foram registradas, num aumento de 96%.

Dentre os pedidos de transferência recebidos pela Central, em média, 65% dos pacientes são transferidos e 35% dos casos são resolvidos nas próprias unidades que a solicitaram, ou seja, com a melhora do quadro de saúde do paciente.

O subsecretário de Saúde Geraldo Queiroz explica que a porta de entrada dos pacientes em situação de urgência ou emergência aos serviços de saúde é o pronto-socorro (PS) dos hospitais ou pronto-atendimento (PA) dos municípios.

Após o atendimento nestes locais e classificação de risco, a equipe médica define que tipo de recurso (UTI ou enfermaria) o paciente precisará. Se houver necessidade de transferência para um leito específico para o seu tipo de enfermidade, é feita então a solicitação à Central de Regulação.

Para que o cadastro de um paciente seja efetuado na Central de Regulação, por meio de um sistema online, são necessárias informações completas. “O médico que realiza o cadastro precisa informar quadro clínico, resultados de exames e sinais vitais do paciente e manter essas informações atualizadas”, detalha Queiroz.

A equipe da Central é formada por 62 profissionais, entre médicos, enfermeiros e videofonistas, que atuam 24 horas por dia. Seu trabalho consiste em receber a solicitação online e identificar o tipo de recurso adequado para o paciente e qual hospital é compatível com suas necessidades.

Busca

Queiroz explica que a busca pelo leito é feita primeiramente nos hospitais estaduais, seguido dos filantrópicos e, por último, nos particulares. Após a definição do leito adequado, a vaga é reservada e confirmada em seguida pelo hospital de destino.

O subsecretário ressalta que, quando a Central recebe o pedido, não pode transferir o paciente para qualquer leito, mas sim para aquele que possui os recursos adequados às necessidades daquela pessoa, portanto, casos específicos, que requerem, por exemplo, um leito de isolamento, podem levar um tempo maior.

O recurso não se restringe a apenas uma “cama” em um hospital, mas um leito com uma equipe médica preparada para atender aquela patologia do paciente. Se ele apresentar, por exemplo, um problema cardíaco, não pode ir para uma unidade como o São Lucas, que conta com equipe especializada em trauma.

Se o leito adequado não é identificado no mesmo dia do pedido, o quadro de saúde do paciente deve ser atualizado a cada 24 horas - ou com mais frequência nos casos mais graves – pelas unidades que solicitam a vaga. Assim que ela é garantida, a transferência deve ser providenciada pelos solicitantes em casos de enfermaria ou pela Central, nas situações que demandam UTI, que aciona um serviço de ambulâncias terceirizado. Pacientes graves em PA são também transferidos pelo Samu 192, dentro de sua área de atuação no Estado.

Capacitação

Para capacitar os profissionais que atuam nos serviços de urgência e emergência de todo o Estado, a Sesa realiza uma série de cursos voltados para a atualização em manejo clínico. O primeiro deles foi realizado no ano passado, voltado para o infarto agudo do miocárdio. Outros direcionados para a área de cardiologia e neurologia estão previstos para esse segundo semestre.

Além disso, a Sesa está contratando a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), que ministrará outros treinamentos, previstos para o final deste ano e início de 2013.

Números da Central de Regulação
- 65% pacientes são transferidos
- 35% dos pacientes com pedido de transferência têm seu problema resolvido no próprio serviço que solicitou
- 160 novas solicitações por dia

Regulação
2010 - 7.896 transferências
2011 – 9.290 transferências
2012 – 7.164 transferências somente no primeiro semestre

Leitos comprados
5.156 em 2011, sendo 1.530 de UTI adulto e infantil
2.801 em 2012, sendo 669 são de UTI adulto e infantil

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