30/07/2009 08h19 - Atualizado em 23/09/2015 13h25

Centro de Referência em Saúde do Trabalhador ainda é pouco conhecido pelos capixabas

Desde 1996, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferece um serviço ainda pouco conhecido pelos capixabas: o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Esse é o local o qual pessoas que desenvolvem problemas de saúde no ambiente de trabalho devem procurar. Atualmente, são registradas cem novas consultas semanais, número que representa 50% da capacidade máxima de atendimento. Para ingressar no sistema é fácil: basta ligar e agendar, não é necessário nem mesmo encaminhamento.

Os programas que lidam com a saúde do trabalhador são relativamente recentes e surgiram com o objetivo de diagnosticar e acompanhar as doenças ocupacionais, aquelas que aparecem em decorrência da atividade profissional. Apesar de citadas já na época do grego Hipócrates, considerado o pai da Medicina, essas enfermidades só ganharam a devida atenção a partir da década de 1980.

“Nesta época, já havia sido instituída a prática da abordagem multidisciplinar aos portadores de agravos originados no trabalho” conta a coordenadora do Cerest, Denise Bourguignon.

Portanto, quem procura o Centro é acompanhado por médico e enfermeiro do trabalho, assistente social, técnico de segurança do trabalho, fonoaudiólogo, audiologista, fisioterapeuta, psicólogo, engenheiro ambiental, auxiliar de enfermagem e técnico de reabilitação. O tratamento é encaminhado de acordo com o problema apresentado pelo paciente.



“O trabalho no Cerest é desenvolvido em três vertentes: assistência, vigilância e educação em saúde do trabalhador. Isso significa que fazemos capacitações para profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde) e que o Cerest é campo de estágio para alunos de graduação e pós-graduação nas áreas de Saúde, Serviço Social, Psicologia, Engenharia Ambiental e do Trabalho, Fisioterapia. Atualmente nós temos aqui cadastrados mais de 12 mil atendimentos iniciais de doença relacionadas ao trabalho desde 1996.”, detalha Denise, que também é médica do trabalho.

Tempo x doenças

Para a audiologista do Centro, Tereza Raquel de Sena, a diversidade no tratamento é imprescindível nos problemas de saúde que surgem onde se passa várias horas do dia. “Hoje passamos a maior parte do tempo no ambiente de trabalho. Se não estamos nele, estamos a caminho ou retornando. Se considerarmos que, mesmo em casa, ainda ficamos pensando no trabalho, passamos mais da metade do dia envolvidos em nossa atividade profissional”, observa.



As doenças atendidas no Cerest são tão variadas quanto as situações que podem ocasioná-las. Hoje, sabe-se que os riscos nos locais onde se exerce a atividade profissional se dividem em químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Um ar-condicionado com o filtro mal-limpo, uma cadeira inadequada ou um local barulhento podem trazer agravos que variam desde surdez ocupacional, passando por problemas respiratórios, até a LER – Lesão por Esforço Repetitivo, o mais comum disparado.

Essas doenças acometem, sobretudo, mulheres no auge da idade produtiva, entre os 30 e 40 anos. Mas o perfil pode variar de acordo com o tipo de atividade. Por isso, a melhor maneira de lidar com esses tipos de enfermidades é a prevenção. A orientação é que ao menor sinal de doença ocupacional, o trabalhador procure o Cerest.

Serviço:

O Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador fica no Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano Juliano Almeida do Valle, em Cariacica.

Para ser atendido, qualquer um que tenha suspeita de adoecimento causado pelo trabalho pode ligar para (27) 3388-1802 e marcar uma consulta de avaliação. Vale lembrar, o serviço é gratuito.

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Texto: Marcos Bonn
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