09/06/2007 18h05 - Atualizado em 23/09/2015 09h54

Congresso de Toxicologia atrai representantes de todo o País

O segundo dia do Congresso Brasileiro de Toxicologia Clínica, que acontece no Hotel Canto do Sol, em Vitória, contou com diversas palestras e a participação de representantes de todo o País. O evento começou na quinta-feira (07) e termina neste sábado (09).

Cerca de 400 pessoas, entre médicos, farmacêuticos, veterinários, enfermeiros, zootécnicos, biólogos entre outros profissionais, estão participando do evento, que também realiza o I Congresso da Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos (Abracit).

Uma mesa-redonda com o tema “Animais Peçonhentos: Atualização Terapêutica”, coordenada pelo pediatra e professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Fábio Bucaretchi, abriu a programação desta sexta-feira (08). Também foram discutidos os temas “Envenenamento Causados por Serpentes”, com explanação de Francisco Oscar de França, representante do Instituto Vital Brasil e Instituto Butantan, de São Paulo; “Antivenenos: de hoje às novas perspectivas”.

Uma das palestras mais esperadas foi ”As intoxicações na Infância e na Adolescência: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento”, com o professor Fábio Bucaretchi. “Um congresso como este é importante porque nós ainda não temos uma cultura de pacientes expostos ao agrotóxico. Isso já é freqüente na Europa e Estados Unidos e, no nosso caso, esse evento é excelente para uma troca de experiências”, disse Bucaretchi.

Sony Itho, coordenadora do Centro do Atendimento Toxicológico (Toxcen), que funciona anexo ao Hospital Infantil, em Vitória, e coordenadora do Congresso, afirmou que a reunião de vários especialistas de todo o Brasil é uma oportunidade excelente para trazer novos conhecimentos. “Aqueles que estão dando palestras vão transmitir seus conhecimentos ao mesmo tempo em que aprendem com outros profissionais”.

Estão sendo apresentados 76 trabalhos científicos e dezenas de painéis com vários profissionais. Ao todo, 43 palestrantes estão se revezando no evento, que termina neste sábado (09) com palestras de especialistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, além da coordenadora do Congresso.

“Estamos trazendo atualização, conhecimento técnico e proporcionando uma abertura para um relacionamento com outros núcleos e professores. São 37 Centros onde poderemos ter uma visão de situações que não vivenciamos e precisamos ter referências. São oportunidades de conhecer professores de diferentes áreas e aspectos da toxicologia”, concluiu Sony Itho.

Uma das participantes é a farmacêutica Taís Galvão, de Manaus (AM), que veio ao Congresso com mais duas amigas. “Para nós é positivo porque trouxemos nossas experiências, ao mesmo tempo em que aprendemos novos conhecimentos”.

Diversos estandes estão montados no evento com exposição de materiais sobre o assunto. Entre os expositores está o do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para), que identifica os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos in natura produzidos, comercializados e consumidos no País.

Segundo dados da Toxcen, no ano de 2005 foram registrados 7.527 casos de intoxicações causados por diversos motivos. Em 2006 as notificações subiram para 11.925, com 37 óbitos. Nos primeiros quatro meses de 2007 já se registrou 2.711 casos. Entre as principais vítimas este ano estão crianças entre um e quatro anos, com 571 casos de intoxicação.

Na maioria das vezes ouso inadequado de medicamentos é o principal motivo. No ano passado, no período de janeiro a abril, foram de 653 casos registrados, também tendo os medicamentos como principal causa.

O evento é uma promoção da Abracit e realização do Taxem, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Neste sábado (09) a programação começa às 8h30, com a mesa-redonda “Novos Desafios em Toxicologia Ambiental e Ocupacional”.

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