18/02/2011 07h04 - Atualizado em
23/09/2015 13h29
Controle de hanseníase no Estado avança com indicadores em destaque nacional

O Espírito Santo registrou 984 novos casos de hanseníase em 2010, segundo dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número revela uma redução de 64 casos em relação ao ano anterior e confirma a tendência de queda e controle da doença que vem sendo observada no Estado desde 2003, quando foram detectadas 1.787 novas ocorrências.
O Programa Estadual de Hanseníase da Sesa comemora os bons resultados de indicadores, como os altos índices de cura e monitoramento de casos em menores de 15 anos de idade para detecção precoce da doença.
A hanseníase é uma doença com tratamento e cura e o Espírito Santo apresenta um dos melhores índices de resolutividade do Brasil: mais de 90%. O bom desempenho explica-se, em parte, pelo baixo índice de abandono de tratamento, que é de apenas 3%. Os 7% restantes referem-se a pacientes que se mudaram do Estado ou foram a óbito por alguma outra causa.
O Programa Estadual está presente em todos os municípios e a descentralização de diagnóstico e tratamento é um dos fatores de êxito do trabalho. A enfermidade não requer internação e pode ser tratada nas Unidades Básicas de Saúde.
Atualmente, a rede básica de atenção à saúde conta com profissionais capacitados para realizar a suspeição, o diagnóstico e o encaminhamento do paciente para os centros municipais de referência em hanseníase. Com isso, nenhum portador da doença precisa se deslocar de sua cidade para buscar tratamento.
Domicílios
Apesar do alto índice de cura, a Sesa aposta no diagnóstico precoce como forma de controle da doença. O Exame de Contatos é uma das principais formas de prevenção. A partir de um caso identificado na família, são adotadas medidas de prevenção entre os demais moradores da casa, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa. Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através da tosse, espirro, gotículas da fala e secreções nasais.
“As pessoas mais próximas do doente são aquelas com maior risco de contágio e uma dessas medidas de prevenção é vaciná-las com a BCG, o que garante uma proteção maior”, explica a coordenadora do Programa Estadual, Marizete Puppin.
A vigilância dos contatos é uma das atividades que o Programa pretende melhorar nos municípios capixabas. “Em 2010, o percentual de Exames de Contatos ficou em torno de 70% e esse é um índice que pode ser melhorado”, enfatiza a coordenadora.
Detecção precoce
A descoberta de novos casos em menores de 15 anos é um dos parâmetros do Ministério da Saúde para combater a enfermidade e antecipar o tratamento. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais fácil e rápida será a cura. A detecção de novas ocorrências em crianças e adolescentes foi adotada pelo Governo Federal como o principal indicador de monitoramento da endemia e, nesse índice, o Espírito Santo também se destaca.
“Atingimos 100% da meta estabelecida para acompanhamento dos casos em menores de 15 anos, com investigação de todas as ocorrências. Este é um trabalho muito importante, pois ajuda a diagnosticar a hanseníase mais precocemente e contribui na busca de casos, já que onde há crianças e adolescentes contaminados, existem também adultos doentes”, afirma Puppin.
Conscientização
Um das ações da política estadual de controle da doença é o programa “Saber Hanseníase nas Escolas”, realizado pela Sesa em parceria com secretarias municipais e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Trata-se de um trabalho de educação em saúde, no qual os professores repassam orientações – por meio de cartilhas, DVDs e fôlderes – para alunos dos ensinos fundamental e médio, e estes para a comunidade onde residem. Criado em 2005, o programa conta com a adesão de escolas em quase 70% dos municípios capixabas.
O Programa Estadual de Hanseníase também realiza capacitação continuada, assessorando e supervisionando equipes de saúde nos municípios e repassando material educativo e medicamentos. A medicação é gratuita e está disponível nas Unidades de Saúde.
A incidência da doença no Espírito Santo é de 30 casos para cada 100 mil habitantes. Apesar da queda consecutiva do número de novos casos, a incidência ainda é considerada alta para os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). A meta de eliminação da hanseníase é chegar a uma prevalência de pelo menos um caso para cada grupo de 10 mil habitantes.
Saiba mais
A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois até mais de 10 anos.
A enfermidade pode causar lesões físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico rápido e tratamento imediato. Os primeiros registros datam de 600 A.C. na Ásia que, junto com a África, pode ser considerada o berço da doença. Atualmente, a Índia apresenta o maior número de casos, seguida pelo Brasil.
Além de manchas na pele, com perda ou alteração de sensibilidade, a hanseníase pode apresentar áreas de pele seca e com falta de suor; sensação de formigamento, dor e choque; fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; diminuição da força muscular; úlceras e nódulos no corpo; entre outros.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Valesca de Monteiro
Texto: Valesca de Monteiro
valescamonteiro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
O Programa Estadual de Hanseníase da Sesa comemora os bons resultados de indicadores, como os altos índices de cura e monitoramento de casos em menores de 15 anos de idade para detecção precoce da doença.
A hanseníase é uma doença com tratamento e cura e o Espírito Santo apresenta um dos melhores índices de resolutividade do Brasil: mais de 90%. O bom desempenho explica-se, em parte, pelo baixo índice de abandono de tratamento, que é de apenas 3%. Os 7% restantes referem-se a pacientes que se mudaram do Estado ou foram a óbito por alguma outra causa.
O Programa Estadual está presente em todos os municípios e a descentralização de diagnóstico e tratamento é um dos fatores de êxito do trabalho. A enfermidade não requer internação e pode ser tratada nas Unidades Básicas de Saúde.
Atualmente, a rede básica de atenção à saúde conta com profissionais capacitados para realizar a suspeição, o diagnóstico e o encaminhamento do paciente para os centros municipais de referência em hanseníase. Com isso, nenhum portador da doença precisa se deslocar de sua cidade para buscar tratamento.
Domicílios
Apesar do alto índice de cura, a Sesa aposta no diagnóstico precoce como forma de controle da doença. O Exame de Contatos é uma das principais formas de prevenção. A partir de um caso identificado na família, são adotadas medidas de prevenção entre os demais moradores da casa, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa. Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através da tosse, espirro, gotículas da fala e secreções nasais.
“As pessoas mais próximas do doente são aquelas com maior risco de contágio e uma dessas medidas de prevenção é vaciná-las com a BCG, o que garante uma proteção maior”, explica a coordenadora do Programa Estadual, Marizete Puppin.
A vigilância dos contatos é uma das atividades que o Programa pretende melhorar nos municípios capixabas. “Em 2010, o percentual de Exames de Contatos ficou em torno de 70% e esse é um índice que pode ser melhorado”, enfatiza a coordenadora.
Detecção precoce
A descoberta de novos casos em menores de 15 anos é um dos parâmetros do Ministério da Saúde para combater a enfermidade e antecipar o tratamento. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais fácil e rápida será a cura. A detecção de novas ocorrências em crianças e adolescentes foi adotada pelo Governo Federal como o principal indicador de monitoramento da endemia e, nesse índice, o Espírito Santo também se destaca.
“Atingimos 100% da meta estabelecida para acompanhamento dos casos em menores de 15 anos, com investigação de todas as ocorrências. Este é um trabalho muito importante, pois ajuda a diagnosticar a hanseníase mais precocemente e contribui na busca de casos, já que onde há crianças e adolescentes contaminados, existem também adultos doentes”, afirma Puppin.
Conscientização
Um das ações da política estadual de controle da doença é o programa “Saber Hanseníase nas Escolas”, realizado pela Sesa em parceria com secretarias municipais e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Trata-se de um trabalho de educação em saúde, no qual os professores repassam orientações – por meio de cartilhas, DVDs e fôlderes – para alunos dos ensinos fundamental e médio, e estes para a comunidade onde residem. Criado em 2005, o programa conta com a adesão de escolas em quase 70% dos municípios capixabas.
O Programa Estadual de Hanseníase também realiza capacitação continuada, assessorando e supervisionando equipes de saúde nos municípios e repassando material educativo e medicamentos. A medicação é gratuita e está disponível nas Unidades de Saúde.
A incidência da doença no Espírito Santo é de 30 casos para cada 100 mil habitantes. Apesar da queda consecutiva do número de novos casos, a incidência ainda é considerada alta para os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). A meta de eliminação da hanseníase é chegar a uma prevalência de pelo menos um caso para cada grupo de 10 mil habitantes.
Saiba mais
A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois até mais de 10 anos.
A enfermidade pode causar lesões físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico rápido e tratamento imediato. Os primeiros registros datam de 600 A.C. na Ásia que, junto com a África, pode ser considerada o berço da doença. Atualmente, a Índia apresenta o maior número de casos, seguida pelo Brasil.
Além de manchas na pele, com perda ou alteração de sensibilidade, a hanseníase pode apresentar áreas de pele seca e com falta de suor; sensação de formigamento, dor e choque; fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; diminuição da força muscular; úlceras e nódulos no corpo; entre outros.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Valesca de Monteiro
Texto: Valesca de Monteiro
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Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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