10/11/2006 10h53 - Atualizado em
23/09/2015 09h41
Crefes mostra avanços em pacientes neurológicos com o uso do computador
Um jovem que antes não movimentava os braços e as pernas, devido a um acidente durante um mergulho no mar, hoje toca teclado. Uma paulista, de 36 anos, que nasceu com paralisia cerebral, tem atualmente quatro livros infantis publicados. Esses foram alguns dos avanços mostrados pela equipe de terapia ocupacional do Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), nesta quinta-feira (09), durante o evento “Tecnologia Assistiva da Terapia Ocupacional na Reabilitação de Pacientes Neurológicos”. A abertura contou com a presença do secretário de Estado da Saúde (Sesa), Alsemo Tose.
Ana Lúcia de Barros, por conta da paralisia, não consegue falar e usa pulseiras de chumbo de dois quilos em cada braço para controlar movimentos bruscos e involuntários. Mas, mesmo com suas limitações, por meio do computador e de um método de comunicação alternativa chamado Bliss, conseguiu preparar uma apresentação.
Nos slides, que são acionados pelo movimento de sua cabeça, Ana Lúcia falou da alegria de conseguir se comunicar, da vontade que tinha de se tornar uma contadora de histórias, de como gosta da vida e de seu sentimento de gratidão com relação às pessoas que cuidam dela. Bem-humorada, ela também contou sobre a dificuldade para publicar seus livros e da tristeza e da falta de paciência com as pessoas que não conseguiam entendê-la.
A terapeuta ocupacional da Unidade de Terapia Quero-Quero, localizada em São Paulo (SP), Mariza Hirata Fabri, que cuida de Ana Lúcia, disse que, com o computador, Ana se sente mais independente, o que melhora a auto-estima da paciente, auxiliando no processo de reabilitação.
Semelhante a Ana Lúcia, o jovem Alberto Rodrigues Santos, de 20 anos, também não tinha os movimentos dos braços e pernas. Ficou tetraplégico como resultado de um mergulho no mar de Guarapari, há dois anos. Imediatamente após o acidente começou o tratamento no Crefes, com o computador, e hoje já consegue tocar um teclado com habilidade.
“Queremos mostrar para a sociedade os benefícios que o uso do computador traz para esses pacientes. Estamos conseguindo grandes avanços com essa terapia porque, além de trabalhar os movimentos, os pacientes resgatam sua identidade, o que potencializa a melhora”, afirmou Maria Cristina Iezzi, gerente da Unidade de Trabalho Neurológico Adulto Infantil (UTNAI).
O Crefes é pioneiro no Espírito Santo quanto ao uso da terapia com o uso do computador. A terapia ocupacional é necessária quando o paciente apresentar transtorno no desenvolvimento, seja recém-nascido, adolescente, adulto ou idoso, de ordem neurológica, física, mental, emocional, social ou de trabalho. O tratamento deve ser procurado também para treinamento de uso de prótese, dificuldades cognitivas (memória ou atenção), dificuldade de aprendizagem, problemas de postura e lesões ósseas ou articulares.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório / Franciane Barbosa / Mariana Almeida / Daniele Bolonha
Texto: Daniele Bolonha
Tels.: (27) 3137-2378 / 2315 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Ana Lúcia de Barros, por conta da paralisia, não consegue falar e usa pulseiras de chumbo de dois quilos em cada braço para controlar movimentos bruscos e involuntários. Mas, mesmo com suas limitações, por meio do computador e de um método de comunicação alternativa chamado Bliss, conseguiu preparar uma apresentação.
Nos slides, que são acionados pelo movimento de sua cabeça, Ana Lúcia falou da alegria de conseguir se comunicar, da vontade que tinha de se tornar uma contadora de histórias, de como gosta da vida e de seu sentimento de gratidão com relação às pessoas que cuidam dela. Bem-humorada, ela também contou sobre a dificuldade para publicar seus livros e da tristeza e da falta de paciência com as pessoas que não conseguiam entendê-la.
A terapeuta ocupacional da Unidade de Terapia Quero-Quero, localizada em São Paulo (SP), Mariza Hirata Fabri, que cuida de Ana Lúcia, disse que, com o computador, Ana se sente mais independente, o que melhora a auto-estima da paciente, auxiliando no processo de reabilitação.
Semelhante a Ana Lúcia, o jovem Alberto Rodrigues Santos, de 20 anos, também não tinha os movimentos dos braços e pernas. Ficou tetraplégico como resultado de um mergulho no mar de Guarapari, há dois anos. Imediatamente após o acidente começou o tratamento no Crefes, com o computador, e hoje já consegue tocar um teclado com habilidade.
“Queremos mostrar para a sociedade os benefícios que o uso do computador traz para esses pacientes. Estamos conseguindo grandes avanços com essa terapia porque, além de trabalhar os movimentos, os pacientes resgatam sua identidade, o que potencializa a melhora”, afirmou Maria Cristina Iezzi, gerente da Unidade de Trabalho Neurológico Adulto Infantil (UTNAI).
O Crefes é pioneiro no Espírito Santo quanto ao uso da terapia com o uso do computador. A terapia ocupacional é necessária quando o paciente apresentar transtorno no desenvolvimento, seja recém-nascido, adolescente, adulto ou idoso, de ordem neurológica, física, mental, emocional, social ou de trabalho. O tratamento deve ser procurado também para treinamento de uso de prótese, dificuldades cognitivas (memória ou atenção), dificuldade de aprendizagem, problemas de postura e lesões ósseas ou articulares.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório / Franciane Barbosa / Mariana Almeida / Daniele Bolonha
Texto: Daniele Bolonha
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