20/09/2007 08h46 - Atualizado em
23/09/2015 10h01
Curso de Malacologia da Sesa prossegue até esta sexta-feira (21)
O Programa Estadual de Vigilância e Controle da Esquistossomose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza, até esta sexta-feira (21), na Pousada Eco da Floresta, em Domingos Martins, o 3° Curso Básico de Malacologia, ciência que estuda os moluscos. Dezoito técnicos das vigilâncias ambientais municipais do Espírito Santo participam do evento a fim de ampliar os conhecimentos sobre uma doença muito comum no Brasil: a esquistossomose.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Esquistossomose, Agnes Lima Rodrigues, no ciclo de transmissão da doença, a presença do caramujo (um molusco), é essencial. Portanto, “o curso básico serve para que os municípios se capacitem para identificar as coleções hídricas de importância epidemiológica para a esquistossomose”, diz ela.
Além disso, durante o evento, os técnicos municipais recebem instruções para a realização da coleta dos caramujos e também são orientados quanto às técnicas de acondicionamento e encaminhamento das amostras colhidas para o Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes).
Carta
No Nemes é feita a identificação da espécie para saber se ela é ou não transmissora. A partir daí, as análises servirão como base de informação para atualizar a carta malacológica do Estado e, conseqüentemente, para identificar prováveis novos focos da moléstia, já que ela só acontece mediante a existência do molusco.
Durante o curso, as aulas são divididas em teóricas e práticas. Ambas as atividades são monitoradas por Agnes Rodrigues e dois representantes do Nemes, Izaías Albino da Rocha e Mauro César Louzada.
Nas palestras, são abordados conteúdos como a epidemiologia (a distribuição da enfermidade no Brasil e no Estado, e números de casos), assim como iniciativas de controle da doença. A biologia, a morfologia e a ecologia dos hospedeiros intermediários também são estudadas.
“As ações têm o propósito de dar ênfase à importância da pesquisa, pois elas podem ajudar na identificação de novos focos da doença. Existem 42 municípios no Estado que são endêmicos na esquistossomose. Temos conseguido bastantes resultados, os municípios têm realizado e enviado as coletas para o laboratório”, conta Agnes.
A esquistossomose
A esquistossomose ou barriga-d’água é uma doença de veiculação hídrica, causada por um verme, o Schistosoma mansoni. A transmissão se dá pela eliminação de ovos do parasita pelas fezes humanas. A falta de saneamento básico e educação sanitária é um dos agravantes da enfermidade, pois o ciclo contaminação é completado quando as fezes contaminadas entram em contato com um molusco habitante de algum rio, córrego ou lagoa.
O clima do Espírito Santo é favorável para o hospedeiro intermediário, o que contribui para que a prevalência de casos da doença por aqui seja de 5% a 5,5% da população examinada.
Na fase aguda, a esquistossomose pode causar coceira e vermelhidão na pele (causada pela penetração da cercária), diarréia e tonteira. No entanto, em muitos casos, ela é assintomática e só se manifesta na fase crônica, quando pode causar complicações, tais como o aumento do baço e fígado e paralisia dos membros inferiores. O tratamento é simples e oferecido gratuitamente nos postos de saúde municipais.
Municípios que participam do curso:
- Afonso Cláudio
- Brejetuba
- Cariacica
- Domingos Martins
- Ibitirama
- João Neiva
- Mucurici
- Piúma
- Porto Belo
- Rio Bananal
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
(27) 3137-2378/2307
asscom@saude.es.gov.br
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Esquistossomose, Agnes Lima Rodrigues, no ciclo de transmissão da doença, a presença do caramujo (um molusco), é essencial. Portanto, “o curso básico serve para que os municípios se capacitem para identificar as coleções hídricas de importância epidemiológica para a esquistossomose”, diz ela.
Além disso, durante o evento, os técnicos municipais recebem instruções para a realização da coleta dos caramujos e também são orientados quanto às técnicas de acondicionamento e encaminhamento das amostras colhidas para o Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes).
Carta
No Nemes é feita a identificação da espécie para saber se ela é ou não transmissora. A partir daí, as análises servirão como base de informação para atualizar a carta malacológica do Estado e, conseqüentemente, para identificar prováveis novos focos da moléstia, já que ela só acontece mediante a existência do molusco.
Durante o curso, as aulas são divididas em teóricas e práticas. Ambas as atividades são monitoradas por Agnes Rodrigues e dois representantes do Nemes, Izaías Albino da Rocha e Mauro César Louzada.
Nas palestras, são abordados conteúdos como a epidemiologia (a distribuição da enfermidade no Brasil e no Estado, e números de casos), assim como iniciativas de controle da doença. A biologia, a morfologia e a ecologia dos hospedeiros intermediários também são estudadas.
“As ações têm o propósito de dar ênfase à importância da pesquisa, pois elas podem ajudar na identificação de novos focos da doença. Existem 42 municípios no Estado que são endêmicos na esquistossomose. Temos conseguido bastantes resultados, os municípios têm realizado e enviado as coletas para o laboratório”, conta Agnes.
A esquistossomose
A esquistossomose ou barriga-d’água é uma doença de veiculação hídrica, causada por um verme, o Schistosoma mansoni. A transmissão se dá pela eliminação de ovos do parasita pelas fezes humanas. A falta de saneamento básico e educação sanitária é um dos agravantes da enfermidade, pois o ciclo contaminação é completado quando as fezes contaminadas entram em contato com um molusco habitante de algum rio, córrego ou lagoa.
O clima do Espírito Santo é favorável para o hospedeiro intermediário, o que contribui para que a prevalência de casos da doença por aqui seja de 5% a 5,5% da população examinada.
Na fase aguda, a esquistossomose pode causar coceira e vermelhidão na pele (causada pela penetração da cercária), diarréia e tonteira. No entanto, em muitos casos, ela é assintomática e só se manifesta na fase crônica, quando pode causar complicações, tais como o aumento do baço e fígado e paralisia dos membros inferiores. O tratamento é simples e oferecido gratuitamente nos postos de saúde municipais.
Municípios que participam do curso:
- Afonso Cláudio
- Brejetuba
- Cariacica
- Domingos Martins
- Ibitirama
- João Neiva
- Mucurici
- Piúma
- Porto Belo
- Rio Bananal
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
(27) 3137-2378/2307
asscom@saude.es.gov.br