A partir desta quarta-feira (30) será realizado um curso de Capacitação em Leptospirose para Multiplicadores em Guriri, balneário de São Mateus, atingindo um público composto de representantes de 39 prefeituras do Norte e Noroeste do Estado. A capacitação, oferecida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem como objetivo formar profissionais para atuar em seus municípios, conscientizando e orientando agentes comunitários de saúde.

A intenção do curso é que os agentes se tornem mais observadores em relação aos sintomas da doença e às situações de risco, atuando assim em parceria com a equipe municipal no desenvolvimento de ações de educação e informação, levando o conhecimento à população, com o intuito de prevenir e diminuir o agravamento da doença.

No curso, que será realizado até a sexta-feira (01), haverá palestras e estudo de casos. A programação está prevista para ocorrer de 8 às 17 horas, no Hotel Costa Marlin. O coordenador do Programa de Leptospirose da Sesa, Maxwell Marchito de Freitas, ressalta a importância da realização da capacitação no interior do Espírito Santo.

“A leptospirose está presente não só na zona urbana, como também na rural. As pessoas podem ficar doentes por entrar freqüentemente em contato com animais. Por isso, há uma preocupação em esclarecer as pessoas sobre o assunto, para evitar novos casos da doença”, disse Maxwell Freitas.

Ainda este ano, está prevista a realização de outro curso de formação de multiplicadores, envolvendo representantes de prefeituras da Grande Vitória, Região Serrana e Sul. A capacitação será realizada em Domingos Martins.

A doença


A leptospirose é uma zoonose, em que os animais são hospedeiros primários, essenciais para a persistência dos focos da infecção, e os seres humanos são hospedeiros acidentais, terminais, pouco eficientes para dar continuidade à doença.

A doença é endêmica no Estado: mais de 100 casos foram registrados este ano. Além disso, duas mortes foram confirmadas. Constitui um preocupante problema sócio-econômico. A leptospirose tem sido associada à ocupação e tem caráter de doença profissional de agricultores, tratadores de animais, plantadores de arroz, cortadores de cana-de-açúcar, entre outros trabalhadores.

O habitante da área rural, pelo convívio com os animais e por se expor ao meio ambiente, está sujeito a contrair a doença. “É possível adotar alguns cuidados, para evitar a doença, como usar calçados ao caminhar por locais em que há sujeira, principalmente perto de redes de esgoto, evitar contato com roedores e com água de chuva. Nos pontos onde ocorrem alagamentos há o perigo da leptospirose”, explica Maxwell Freitas.

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