18/05/2010 06h03 - Atualizado em 23/09/2015 13h27

Dados da Sesa apontam aumento de picadas de escorpião no Espírito Santo

Os acidentes causados por animais peçonhentos aumentaram no Espírito Santo. Dentre todos os tipos, as picadas de escorpião são as que mais crescem e elevam esta estatística. Dados do Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que, de 2008 para 2009, o número de picadas de escorpião passou de 1.114 para 1.448, o que representa um incremento de 30%.

Os escorpiões estão se tornando cada vez mais domésticos, aponta a coordenadora do Toxcen, Sony Itho, como uma das causas do aumento dos acidentes com esses animais. “Eles também têm se procriado de forma rápida e, com a escassez de alimento no meio rural, não lhes sobram alternativas a não ser vir para a cidade em busca de alimento”, completa.

Além disso, a taxa de letalidade dos acidentes com escorpiões é a maior. Os últimos seis óbitos registrados por animais peçonhentos foram causados por eles. “Geralmente, a gravidade está relacionada à idade e ao tempo de atendimento da vítima. Quanto menor (menos de 10 anos) ou mais avançada a idade (mais de 60 anos) e quanto mais tempo demora o socorro, mais sério se torna o quadro.”, explica Sony Itho.

Existe ainda no Estado, segundo a coordenadora, uma disparidade de tratamento nos serviços oferecidos pelos municípios. “Muitos deles ainda realizam a conduta de atendimento de forma errada. Por isso, uma das atribuições da Sesa é manter os profissionais atualizados, com a promoção de cursos, como o desta terça (18) e quarta-feira (19) entitulado de “Acidentes por Animais Peçonhentos: Notificação, Clínica e Tratamento”.

De acordo com Itho, durante o evento, médicos, enfermeiros e referências técnicas de vigilâncias ambientais municipal e estadual serão atualizados para diagnosticar, classificar a gravidade e dar o melhor tratamento para cada caso. A capacitação vai reunir cerca de 200 profissionais, e será realizada no Hotel Praia Sol, Nova Almeida, Serra, das 08 às 18 horas. Não há mais vagas.

Cuidados

Para evitar acidentes com animais peçonhentos, Sony Itho sugere proteção com luvas e botas para trabalhadores tanto nos meios rurais quanto nas cidades. Dentro das casas, é importante manter limpo os ambientes dentro e fora; vedar frestas e buracos nas paredes, assoalhos, forros e rodapés; e utilizar telas em portas, janelas e ralos. E ainda olhar com atenção os calçados antes de vesti-los.

Ao ser mordido ou picado por um animal peçonhento, a vítima deve buscar imediatamente um serviço médico. Se possível, capturar o animal, mas sem se expor ao perigo. Além disso, deve-se evitar usar garrote (torniquete ou faixa utilizados para interromper a circulação de um membro ou parte dele para conter hemorragia), passar substâncias no local atingido e ingestão de bebidas alcoólicas.

Em casos de acidentes com animais peçonhentos ou até mesmo de dúvidas, basta ligar para 0800 283 9904. A ligação é gratuita e o atendimento funciona 24 horas por dia e de modo não presencial. O Centro de Atendimento Toxicológico da Secretaria de Estado da Saúde fica no Hospital Estadual Infantil, em Vitória.

Acidentes por tipo de animal





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