08/05/2015 13h04 - Atualizado em 23/09/2015 13h43

Dia D da campanha de vacinação contra a gripe acontece neste final de semana

Mais de três mil profissionais de saúde vão atuar no Dia D da campanha de vacinação contra a gripe que acontece neste sábado (09). Para atender à população, 530 postos de vacina estarão funcionando em todo o Estado. Até o final da campanha, a estimativa é imunizar, pelo menos 80% do público-alvo no Espírito Santo.

A campanha tem como público-alvo crianças de 06 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; mulheres com até 45 dias após o parto; portadores de doenças crônicas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. No Espírito Santo, o público-alvo é composto por 842.608 pessoas, e a expectativa é de que sejam vacinadas pelo menos 80% delas, ou seja, 674.086 pessoas.

Mobilização

Neste sábado, os municípios vão intensificar a vacinação abrindo as unidades de saúde e disponibilizando postos volantes, medida que visa facilitar a vida da população, principalmente de pais e de pessoas responsáveis pelo cuidado de idosos que trabalham durante a semana.

Segundo informações repassadas pelos municípios à Coordenação do Programa Estadual de Imunizações, um total de 3.200 profissionais de saúde vai atuar no Dia D de vacinação contra a gripe, sendo 669 na Região Sul; 701 na Região Central; 1.398 na Região Metropolitana e 432 profissionais na Região Norte.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, o Dia D da campanha é uma mobilização que visa voltar todos os esforços para a imunização do público-alvo. “Neste sábado, as unidades de saúde funcionam exclusivamente para a vacinação contra a gripe. É uma facilidade para as pessoas que não podem ir às unidades durante a semana porque trabalham, como pais que precisam levar os filhos para serem imunizados, por exemplo”, explica a coordenadora.

Danielle Grillo ressalta que o público-alvo da campanha são pessoas com maior risco para desenvolver complicações em decorrência da gripe, seja porque possuem o sistema imunológico menos desenvolvido, no caso das crianças, ou porque têm o organismo mais debilitado, como é o caso de idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.

“É importante ressaltar que a vacina aplicada na gestante protege o bebê, porque o corpo da mãe produz anticorpos e os transfere para a criança pela placenta. Assim, o bebê fica parcialmente imunizado enquanto não recebe a primeira dose da vacina, que é aplicada aos 6 meses”, afirma Danielle.

A campanha de vacinação contra a gripe é realizada no momento adequado, pois o período ideal para vacinação é o outono, entre os meses de março e maio. A vacina leva até 14 dias para fazer efeito e começar a proteger a pessoa, por isso é importante que ela seja aplicada antes do inverno.

Gripe não é resfriado

Assim como a gripe, o resfriado é causado por vírus. Alguns sintomas entre as duas doenças também são parecidos, como presença de coriza nasal, dor de garganta e mal-estar. Mas as semelhanças param por aí. A gripe, ao contrário do resfriado, pode desencadear complicações graves e até levar à morte.

Entre os sintomas da gripe estão febre alta, com duração maior do que no resfriado, e mal-estar generalizado, inclusive com dor no corpo. A pessoa fica prostrada, pode ter coriza nasal, dor de garganta e perda de apetite. São sintomas que deixam a pessoa de cama. “A gripe não leva necessariamente à internação, mas alguns casos podem evoluir para pneumonia e outras complicações que necessitam de cuidado hospitalar”, detalha a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações, Martina Zanotti.

A referência técnica esclarece ainda que um quadro de gripe pode complicar doenças cardíacas e levar pessoas idosas, principalmente, a ter infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). Daí a importância de todas as pessoas que compõem o público-alvo da campanha ficarem atentas ao período de vacinação para que sejam imunizados.

Saiba mais

Como a vacina age no organismo para protegê-lo contra o vírus da gripe?
A vacina é composta por vírus mortos. Injetando o antígeno na pessoa, estimula-se o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a doença. Assim, a pessoa que tem contato com o vírus já tem o anticorpo para combatê-lo e não desenvolve a doença. E quando desenvolve, ela vem de forma mais branda, sem complicações.

Contra quais vírus a vacina ofertada na campanha protege?
A vacina ofertada na campanha é trivalente, composta pelo vírus A, subtipos H1N1 e H3N2, e pelo vírus B, portanto, é contra esses tipos de vírus influenza que a vacina protege. Apesar de esses vírus serem os mais prevalentes, há uma infinidade de outros que causam gripe, por isso é possível que mesmo quem for imunizado desenvolva a doença.

Mesmo depois de vacinada a pessoa pode pegar gripe?
A vacina contra gripe é feita de vírus mortos, portanto, não existe a possibilidade de a pessoa pegar gripe por que tomou a vacina. Mas ela pode sim adoecer se o vírus estiver incubado antes da vacinação (o vírus pode ficar até sete dias no corpo antes de se manifestar). Outra possibilidade é a pessoa ser infectada por um vírus diferente daqueles que compõem a vacina.

Por que a vacina da gripe deve ser tomada todo ano?
Porque a proteção dura cerca de um ano. E a cada ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) verifica quais cepas (subtipos de vírus) estão circulando para que a vacina seja produzida a partir das cepas mais prevalentes.

A vacina contra gripe gera reações adversas?
Pode gerar reações leves, que costumam ser resolvidas nas primeiras 48 horas após a vacinação. As principais reações são febre, dor de cabeça e dor no corpo. A recomendação é usar compressa fria no local da aplicação e tomar analgésico quando necessário. Em caso de complicação, é importante procurar um médico ou solicitar orientação no posto onde a vacina foi aplicada.

A vacina contra gripe possui alguma restrição?
Sim. Quem tem alergia grave a ovo ou desenvolveu alergia grave à dose anterior contra a gripe não deve receber a vacina. Em caso de dúvida, consulte um médico.

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