28/09/2009 05h43 - Atualizado em 23/09/2015 13h25

Dia Estadual do Idoso: qualidade de vida após os 60 anos inclui saúde e convívio social

No Dia Estadual do Idoso, comemorado neste domingo (27), uma boa notícia: a expectativa de vida dos capixabas está entre as oito primeiras do Brasil, de 73,2 anos. Entre os fatores que contribuem para o salto de qualidade estão os cuidados com a saúde, que devem ser pensados ao longo do tempo, mas não de modo separado da convivência em sociedade. Este é um dos aspectos considerados relevantes pela coordenação de Saúde do Idoso da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

“Com certeza o idoso está vivendo mais e melhor no Espírito Santo. Os capixabas com mais de 60 anos não estão preocupados apenas com a qualidade de vida. Há preocupação também com um conceito novo, conhecido como “Envelhecimento Ativo”, afirma uma das referências técnicas da Sesa no assunto, Sandra Regina Vieira de Souza.

Segundo ela, envelhecimento ativo engloba não só cuidados com a saúde, mas também a preocupação com a educação, o lazer e a segurança. “Hoje a vida dos idosos não se resume em apenas remédio, médico e hospital. O idoso participa ativamente da sociedade e luta pelos direitos. Inclusive foram criados conselhos de defesa dos direitos da pessoa idosa e cerca de 300 Centros de Convivência no nosso Estado”.

Ações em conjunto

As ações de saúde voltadas a esse público estão mais ligadas ao âmbito do município, que desempenha um papel preventivo e de acompanhamento, explica a técnica. Nesse caso, para que políticas de saúde sejam implantadas, é sempre necessário que o Estado atue em parceria com as prefeituras, como foi feito na campanha de prevenção a acidentes domésticos a fim de reduzir o número de fraturas de fêmur.

Agravo importante e que pode levar à morte, esse tema foi amplamente discutido junto aos municípios no ano passado, quando foram realizadas capacitações, distribuição de fôlderes e cartazes para campanhas locais. Na ocasião, foi editado pela Sesa o Manual de Saúde da Pessoa Idosa, que contêm dicas sobre para promoção da saúde nessa faixa etária.

Como resultado, houve uma diminuição na média anual de internações causadas por fraturas de fêmur, que já chegou a ser de 28 para cada cem mil habitantes, um número alto, segundo a referência técnica da Sesa. O último levantamento, feito após a campanha contra acidentes domésticos, apontou que esses agravos tinham caído para 18 para cada cem mil habitantes.

Doenças mais comuns

De acordo com Sandra Regina de Souza, as fraturas de fêmur não são o único problema que cerca os 350 mil idosos capixabas. Entre os fatores que causam mais óbitos nesse público estão as doenças do aparelho circulatório. Infartos, anginas, derrames cerebrais, hipertensão representam 42% do total de mortes.

Em seguida, vêm os acidentes por causas externas (22%), como acidentes de trânsito; em terceiro lugar estão os cânceres (17%); logo após as doenças do aparelho respiratório (12%); e, por fim, as doenças endócrinas e nutricionais, como diabetes, desnutrição e obesidade (7%).

Para Sandra, como 80% dos capixabas residem nos grandes centros urbanos, os cuidados com a saúde ficam mais próximos. Os serviços de saúde aliados a uma convivência social ativa são dois pontos imprescindíveis para a longevidade do capixaba.

Conheça as doenças mais comuns e saiba como se prevenir:

Cardiovasculares: infarto, angina e insuficiência cardíaca
Atividade física, não fumar e controlar o peso, colesterol e diabetes.

Derrame (acidente vascular cerebral)
Atividade física, não fumar e controlar o peso, colesterol e diabetes.

Pressão alta (hipertensão arterial)
Atividade física, alimentação com pouco sal, controlar ou eliminar a bebida alcoólica.

Câncer
Ir ao médico pelo menos uma vez por ano para fazer exames preventivos. Evitar sol em excesso. Não fumar.

Pneumonia
Atividade física, boa alimentação, vacinação contra gripe e pneumonia.

Enfisema e bronquite crônica
Parar de fumar, manter a casa ventilada, aberta ao sol e atividade física.

Infecção urinária
É preciso tratar a infecção e a sua causa. Beber muita água.

Diabetes
Controlar o peso, diminuir a ingestão de açúcar, fazer exames de rotina e atividade física.

Osteoporose
Atividade física, não fumar, comer alimentos ricos em cálcio.

Osteoartrose (desgaste nas articulações)
Controlar o peso e praticar atividade física adequada

Mal de Alzheimer
Estimulação através de atividades contínuas, alimentação adequada, exercitar a memória, com leituras, jogos, palavras cruzadas e acompanhamento médico periódico.

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