09/04/2013 05h45 - Atualizado em
23/09/2015 13h36
Dia Mundial da Saúde: Sesa dá dicas para prevenir doenças que mais matam
Promoção à saúde é um termo relativamente novo, que vem ganhando importância na sociedade moderna, pautada pelo sedentarismo. A falta de atividade física, aliada a outros fatores de risco, tem contribuído para aparecimento de problemas evitáveis, como o enfarte agudo do miocárdio, doença que mais matou no Espírito Santo em 2012, com 1.260 óbitos entre janeiro e setembro.
O cardiologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Werther Clay, faz uma análise ampla sobre o assunto. “Durante milhões de anos o homem evoluiu para desenvolver o seu físico, realizando atividades como a caça para garantir o alimento. Desde a Revolução Industrial, há 300 anos, observamos a introdução de um padrão de vida que o organismo humano não foi preparado para receber. Em termos de evolução natural, esse tempo não é praticamente nada”, explica.
Hoje tudo fica mais fácil quando vamos ao supermercado. “Há uma desadaptação do organismo humano ao estilo de vida moderno”, afirma o médico. O aumento de sobrevida também é apontado como outro fator importante. Quanto mais velha a pessoa, mais suscetível ela fica às doenças cardiovasculares – grupo que abrange também agravos que acometem o cérebro, como o acidente vascular cerebral (AVC).
“O enfarte ocorre, de modo geral, em pessoas com mais de 40 anos. Trezentos anos atrás, com a Revolução Industrial, não se vivia mais do que 45 anos. Não havia tempo para o indivíduo desenvolver essas doenças cardiovasculares. Quanto mais aumenta a expectativa de vida, mais estimamos o crescimento desses problemas”, ressalta o especialista.
As causas dessas doenças são multifatoriais, como tabagismo, diabetes, hipertensão, dislipidemia (conjunto de alteração de colesterol e triglicerídeos), sedentarismo e sobrepeso. “Quanto mais fatores de risco uma pessoa apresentar, maior é a chance de ter um enfartou ou um AVC. Há que se destacar também o fator psicológico, como ansiedade, estresse e depressão, que são tão importantes quanto os outros”, conta.
Prevenção
O cardiologista enumera uma série de dicas para evitar o surgimento de agravos como esses. Uma delas é ser ativo – não necessariamente ser atleta –, fazendo de 30 a 40 minutos por dia, mesmo que não continuamente, de atividade aeróbica. Controlar o peso é outra orientação, consumindo alimentos com baixo teor calórico. “O brasileiro já comeu bem, hoje come mal. Nossa dieta ficou pobre em grãos (arroz com feijão) e rica em carboidratos, derivados de trigo, açúcar, sal e gordura”, diz Werther.
É preciso ter cuidado também com o sono. “Manter um bom padrão de sono é essencial. “Isso é muito particular, tem gente que dorme quatro horas e consegue se sentir bem, ao contrário dos que dormem oito. Dormir mal faz o corpo funcionar fora do padrão. Se a pessoa notar, ao longo do dia, diminuição na concentração, desânimo e cansaço é porque está dormindo mal”, salienta.
Pessoas que já sofrem com pressão alta, diabetes e colesterol elevado devem manter as taxas controladas seguindo a orientação médica. Beber e fumar são dois hábitos que devem ser evitados para quem procura realizar um trabalho de promoção à saúde.
O que comer
Carne: prefira carnes magras (coxão mole e duro, lagarto, patinho, músculo). Evite carnes gordas (picanha, cupim, costela e miúdos como língua, coração, fígado).
Aves: prefira peito de peru, chester sem pele. Evite aves com pele.
Peixes: prefira sardinha fresca, atum, pescada, truta, linguado, salmão, merluza. Evite frutos do mar como marisco, camarão, lagosta, lula.
Ovos: prefira clara de ovo. Evite gema de ovo, ovo de codorna.
Laticínios: prefira leite semidesnatado/desnatado, iogurte desnatado/light, margarina, creme de leite light; queijo branco, ricota ou cottage; requeijão e cream cheese light. Evite manteiga, queijos amarelos, capuccino.
Pães, cereais e massas: prefira pão integral/light/francês/sírio, biscoitos integrais, de água e sal, massas ao sugo, arroz integral. Evite pão doce/recheado/folhado/croissant, biscoitos recheados, wafer, massas com molho branco e gratinados, farinha refinadas.
Açúcares e doce: prefira adoçantes, barra de cereal light, gelatina ou pudim diet, frutas cozidas. Evite açúcar, mel, açúcar mascavo, bolos, tortas, doces, balas, sorvetes cremosos, chocolates, pudim, quindim.
Óleos e gorduras: prefira óleos vegetais (canola, soja, girassol e milho), azeite, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, amendoim). Evite óleo de coco, de dendê, bacon, torresmo, maionese, patês.
Bebida: prefira água de coco, chás, sucos naturais, sucos artificiais sem açúcar, refrigerantes diet/light. Evite refrigerantes, sucos artificiais e bebidas alcoólicas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
O cardiologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Werther Clay, faz uma análise ampla sobre o assunto. “Durante milhões de anos o homem evoluiu para desenvolver o seu físico, realizando atividades como a caça para garantir o alimento. Desde a Revolução Industrial, há 300 anos, observamos a introdução de um padrão de vida que o organismo humano não foi preparado para receber. Em termos de evolução natural, esse tempo não é praticamente nada”, explica.
Hoje tudo fica mais fácil quando vamos ao supermercado. “Há uma desadaptação do organismo humano ao estilo de vida moderno”, afirma o médico. O aumento de sobrevida também é apontado como outro fator importante. Quanto mais velha a pessoa, mais suscetível ela fica às doenças cardiovasculares – grupo que abrange também agravos que acometem o cérebro, como o acidente vascular cerebral (AVC).
“O enfarte ocorre, de modo geral, em pessoas com mais de 40 anos. Trezentos anos atrás, com a Revolução Industrial, não se vivia mais do que 45 anos. Não havia tempo para o indivíduo desenvolver essas doenças cardiovasculares. Quanto mais aumenta a expectativa de vida, mais estimamos o crescimento desses problemas”, ressalta o especialista.
As causas dessas doenças são multifatoriais, como tabagismo, diabetes, hipertensão, dislipidemia (conjunto de alteração de colesterol e triglicerídeos), sedentarismo e sobrepeso. “Quanto mais fatores de risco uma pessoa apresentar, maior é a chance de ter um enfartou ou um AVC. Há que se destacar também o fator psicológico, como ansiedade, estresse e depressão, que são tão importantes quanto os outros”, conta.
Prevenção
O cardiologista enumera uma série de dicas para evitar o surgimento de agravos como esses. Uma delas é ser ativo – não necessariamente ser atleta –, fazendo de 30 a 40 minutos por dia, mesmo que não continuamente, de atividade aeróbica. Controlar o peso é outra orientação, consumindo alimentos com baixo teor calórico. “O brasileiro já comeu bem, hoje come mal. Nossa dieta ficou pobre em grãos (arroz com feijão) e rica em carboidratos, derivados de trigo, açúcar, sal e gordura”, diz Werther.
É preciso ter cuidado também com o sono. “Manter um bom padrão de sono é essencial. “Isso é muito particular, tem gente que dorme quatro horas e consegue se sentir bem, ao contrário dos que dormem oito. Dormir mal faz o corpo funcionar fora do padrão. Se a pessoa notar, ao longo do dia, diminuição na concentração, desânimo e cansaço é porque está dormindo mal”, salienta.
Pessoas que já sofrem com pressão alta, diabetes e colesterol elevado devem manter as taxas controladas seguindo a orientação médica. Beber e fumar são dois hábitos que devem ser evitados para quem procura realizar um trabalho de promoção à saúde.
O que comer
Carne: prefira carnes magras (coxão mole e duro, lagarto, patinho, músculo). Evite carnes gordas (picanha, cupim, costela e miúdos como língua, coração, fígado).
Aves: prefira peito de peru, chester sem pele. Evite aves com pele.
Peixes: prefira sardinha fresca, atum, pescada, truta, linguado, salmão, merluza. Evite frutos do mar como marisco, camarão, lagosta, lula.
Ovos: prefira clara de ovo. Evite gema de ovo, ovo de codorna.
Laticínios: prefira leite semidesnatado/desnatado, iogurte desnatado/light, margarina, creme de leite light; queijo branco, ricota ou cottage; requeijão e cream cheese light. Evite manteiga, queijos amarelos, capuccino.
Pães, cereais e massas: prefira pão integral/light/francês/sírio, biscoitos integrais, de água e sal, massas ao sugo, arroz integral. Evite pão doce/recheado/folhado/croissant, biscoitos recheados, wafer, massas com molho branco e gratinados, farinha refinadas.
Açúcares e doce: prefira adoçantes, barra de cereal light, gelatina ou pudim diet, frutas cozidas. Evite açúcar, mel, açúcar mascavo, bolos, tortas, doces, balas, sorvetes cremosos, chocolates, pudim, quindim.
Óleos e gorduras: prefira óleos vegetais (canola, soja, girassol e milho), azeite, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, amendoim). Evite óleo de coco, de dendê, bacon, torresmo, maionese, patês.
Bebida: prefira água de coco, chás, sucos naturais, sucos artificiais sem açúcar, refrigerantes diet/light. Evite refrigerantes, sucos artificiais e bebidas alcoólicas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Marcos Bonn
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