18/10/2012 14h15 - Atualizado em
23/09/2015 13h35
Dia Mundial de Combate à Osteoporose: Sesa alerta para os cuidados para evitar quedas e fraturas
A osteoporose é uma doença silenciosa e sem sintomas que, na maioria das vezes, só é descoberta quando ocorre a primeira fratura. Idosos, principalmente mulheres pós-menopausa, são os que mais sofrem da enfermidade. Com a proximidade do Dia Mundial de Combate à Osteoporose, lembrado neste sábado (20), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção para o problema, que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil.
Caracterizada pela perda progressiva da massa e resistência óssea, a osteoporose deixa os ossos fracos e, por isso, mais suscetíveis a quebrarem. Segundo a geriatra da Sesa, Waleska Binda Wruck, a doença é mais comum em mulheres do que em homens, já que a maioria das vezes está ligada à redução do hormônio feminino, o estrogênio, também encontrado em homens, porém em quantidade menor. “A proporção é de três mulheres doentes para cada homem”, afirma Waleska.
Entre os ossos mais comuns acometidos pela osteoporose estão a coluna, fêmur, pulso e vértebras. A geriatra lembra que a doença não apresenta dor, que só ocorre em decorrência de fraturas. Dados da Sesa mostram que 89,8 % das internações por causas externas em idosos (acima de 60 anos) são por acidentes. Dentre esses acidentes, 47,8% são por queda. Somente no ano passado, foram 1.246 internações de idosos por queda. Dentre as fraturas, a mais comum nessa faixa etário foi a de fêmur. Foram 569 internações por essa causa em 2011.
A geriatra da Sesa alerta que mais de 60% das quedas acidentais ocorrem dentro de casa ou em seus arredores, geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar ou ir ao banheiro. Outro dado preocupante é que metade dos idosos que caem e sofrem fraturas podem falecer em um ano, já que costumam ficar acamados e não voltam a andar. “Esses idosos têm mais chance de desenvolver depressão e infecções, como do pulmão, urinária e escaras, podendo evoluir para uma infecção generalizada e óbito”, afirma.
Para prevenir tombos em casa, é importante tomar cuidados com fatores ambientais de risco como pisos escorregadios, tapetes soltos ou com dobras, escadas, má iluminação, sapatos inadequados, dentre outros.
Além dos fatores de risco, muitas quedas são causadas por outros problemas de saúde, como os sensoriais de equilíbrio, visão e audição, por isso é importante para o idoso estar em dia com suas consultas médicas.
Waleska dá dicas de prevenção e fortalecimento dos ossos. Em casa, manter o ambiente livre destes ‘gatilhos’ é importante. Além da idade avançada, outros fatores de risco são histórico familiar, baixo peso, dieta pobre em cálcio e vitamina D, fumo, álcool, vida sedentária, doenças crônicas (com uso de medicamentos como corticóides) e deficiência hormonal.
Para evitar a doença, a médica recomenda uma alimentação saudável, que inclua alimentos ricos em cálcio, como o leite e derivados; prática de exercícios regulares para fortalecer os músculos e os ossos; e tomar sol pelo menos 20 minutos por dia, para auxiliar a produção da vitamina D, componente essencial para fixar o cálcio nos ossos.
“A osteoporose é uma doença que, se prevenida ou diagnosticada precocemente, o risco de queda com fratura é menor, levando, consequentemente, a maior qualidade de vida e autonomia desses idosos”, ressalta Waleska.
O diagnóstico da enfermidade é feito por meio do exame de densitometria óssea, que deve ser solicitado pelo médico na unidade de saúde. O tratamento é feito por medicamentos e suplemento de cálcio e vitamina D.
No Espírito Santo, a população idosa representa 10% da população e passa de 360 mil habitantes com mais de 60 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Internações por quedas em maiores de 60 anos
2008- 748
2009- 985
2010- 1.051
2.011- 1.246
Fraturas de fêmur que geraram internações em pessoas com mais de 60 anos
2008 - 329
2009 - 406
2010 – 439
2011 - 569
Confira algumas dicas para evitar as quedas:
- Melhore a iluminação: ambientes mal iluminados favorecem a ocorrência de quedas;
- Abra os espaços: a disposição dos móveis de forma inadequada atrapalha a locomoção e, quando instáveis, não servem como apoio;
- Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, principalmente para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;
- Mantenha uma dieta com ingestão adequada de cálcio e vitamina D;
- Participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;
- Use sapatos com sola antiderrapante e evite usar sapatos mal amarrados ou mal ajustados;
- Durma em uma cama na qual você consiga subir e descer facilmente;
- Instale interruptores de luz na entrada das dependências para que não haja necessidade de andar no escuro;
- Mantenha fios de telefone, elétricos e de ampliação fora das áreas de trânsito;
- Não suba em cadeiras ou caixas para alcançar os armários que estão no alto;
- Coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box para sua segurança na entrada e saída do local;
- Cuidado com tapetes pequenos e capachos em superfícies lisas, carpetes soltos ou com dobras e bordas de tapetes;
- Instale barras de apoio nas paredes do seu banheiro
Fatores de risco da osteoporose
- Histórico familiar de osteoporose
- Quantidade insuficiente de cálcio na dieta (fornecido principalmente por meio dos derivados do leite, folhas verde-escuras, amêndoas e peixes)
- Menopausa precoce, natural ou induzida por cirurgia
- Falta de exercício
- Baixo peso corpóreo (abaixo de 50 kg)
- Tabagismo e alcoolismo
- Baixa exposição ao sol
- Cafeína em excesso (mais de três xícaras diárias de café, chá ou refrigerantes com cafeína)
- Raça branca ou amarela
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/ Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tel.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9983-3246/9969-8271/ 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Caracterizada pela perda progressiva da massa e resistência óssea, a osteoporose deixa os ossos fracos e, por isso, mais suscetíveis a quebrarem. Segundo a geriatra da Sesa, Waleska Binda Wruck, a doença é mais comum em mulheres do que em homens, já que a maioria das vezes está ligada à redução do hormônio feminino, o estrogênio, também encontrado em homens, porém em quantidade menor. “A proporção é de três mulheres doentes para cada homem”, afirma Waleska.
Entre os ossos mais comuns acometidos pela osteoporose estão a coluna, fêmur, pulso e vértebras. A geriatra lembra que a doença não apresenta dor, que só ocorre em decorrência de fraturas. Dados da Sesa mostram que 89,8 % das internações por causas externas em idosos (acima de 60 anos) são por acidentes. Dentre esses acidentes, 47,8% são por queda. Somente no ano passado, foram 1.246 internações de idosos por queda. Dentre as fraturas, a mais comum nessa faixa etário foi a de fêmur. Foram 569 internações por essa causa em 2011.
A geriatra da Sesa alerta que mais de 60% das quedas acidentais ocorrem dentro de casa ou em seus arredores, geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar ou ir ao banheiro. Outro dado preocupante é que metade dos idosos que caem e sofrem fraturas podem falecer em um ano, já que costumam ficar acamados e não voltam a andar. “Esses idosos têm mais chance de desenvolver depressão e infecções, como do pulmão, urinária e escaras, podendo evoluir para uma infecção generalizada e óbito”, afirma.
Para prevenir tombos em casa, é importante tomar cuidados com fatores ambientais de risco como pisos escorregadios, tapetes soltos ou com dobras, escadas, má iluminação, sapatos inadequados, dentre outros.
Além dos fatores de risco, muitas quedas são causadas por outros problemas de saúde, como os sensoriais de equilíbrio, visão e audição, por isso é importante para o idoso estar em dia com suas consultas médicas.
Waleska dá dicas de prevenção e fortalecimento dos ossos. Em casa, manter o ambiente livre destes ‘gatilhos’ é importante. Além da idade avançada, outros fatores de risco são histórico familiar, baixo peso, dieta pobre em cálcio e vitamina D, fumo, álcool, vida sedentária, doenças crônicas (com uso de medicamentos como corticóides) e deficiência hormonal.
Para evitar a doença, a médica recomenda uma alimentação saudável, que inclua alimentos ricos em cálcio, como o leite e derivados; prática de exercícios regulares para fortalecer os músculos e os ossos; e tomar sol pelo menos 20 minutos por dia, para auxiliar a produção da vitamina D, componente essencial para fixar o cálcio nos ossos.
“A osteoporose é uma doença que, se prevenida ou diagnosticada precocemente, o risco de queda com fratura é menor, levando, consequentemente, a maior qualidade de vida e autonomia desses idosos”, ressalta Waleska.
O diagnóstico da enfermidade é feito por meio do exame de densitometria óssea, que deve ser solicitado pelo médico na unidade de saúde. O tratamento é feito por medicamentos e suplemento de cálcio e vitamina D.
No Espírito Santo, a população idosa representa 10% da população e passa de 360 mil habitantes com mais de 60 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Internações por quedas em maiores de 60 anos
2008- 748
2009- 985
2010- 1.051
2.011- 1.246
Fraturas de fêmur que geraram internações em pessoas com mais de 60 anos
2008 - 329
2009 - 406
2010 – 439
2011 - 569
Confira algumas dicas para evitar as quedas:
- Melhore a iluminação: ambientes mal iluminados favorecem a ocorrência de quedas;
- Abra os espaços: a disposição dos móveis de forma inadequada atrapalha a locomoção e, quando instáveis, não servem como apoio;
- Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, principalmente para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;
- Mantenha uma dieta com ingestão adequada de cálcio e vitamina D;
- Participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;
- Use sapatos com sola antiderrapante e evite usar sapatos mal amarrados ou mal ajustados;
- Durma em uma cama na qual você consiga subir e descer facilmente;
- Instale interruptores de luz na entrada das dependências para que não haja necessidade de andar no escuro;
- Mantenha fios de telefone, elétricos e de ampliação fora das áreas de trânsito;
- Não suba em cadeiras ou caixas para alcançar os armários que estão no alto;
- Coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box para sua segurança na entrada e saída do local;
- Cuidado com tapetes pequenos e capachos em superfícies lisas, carpetes soltos ou com dobras e bordas de tapetes;
- Instale barras de apoio nas paredes do seu banheiro
Fatores de risco da osteoporose
- Histórico familiar de osteoporose
- Quantidade insuficiente de cálcio na dieta (fornecido principalmente por meio dos derivados do leite, folhas verde-escuras, amêndoas e peixes)
- Menopausa precoce, natural ou induzida por cirurgia
- Falta de exercício
- Baixo peso corpóreo (abaixo de 50 kg)
- Tabagismo e alcoolismo
- Baixa exposição ao sol
- Cafeína em excesso (mais de três xícaras diárias de café, chá ou refrigerantes com cafeína)
- Raça branca ou amarela
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/ Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tel.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9983-3246/9969-8271/ 9943-2776
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