30/11/2005 17h46 - Atualizado em 23/09/2015 09h35

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

No Espírito Santo, a taxa de incidência de Aids é a menor da Região Sudeste e, em 2005, houve um aumento nos casos da doença entre as mulheres. Essas tendências, observadas ao longo dos últimos anos, foram divulgadas na tarde desta quarta-feira (30) pela Coordenação de DST e Aids da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), dentro das atividades do Dia Mundial de Luta Contra a Adis, que acontece nesta quinta-feira (01).

A distribuição da doença por sexo é de 3.161 (63,2%) entre homens e 1.841 (36,8%) entre mulheres. A faixa etária mais atingida é de 20 a 49 anos, com 82,4% dos casos notificados. A categoria de exposição mais expressiva é a sexual, representando 65,9% dos registros, divididos em 17,4% homossexuais, 12,6% bissexuais e 70% heterossexuais.

“Percebemos que o número de novos casos em homens está estável, no entanto, a cada ano, é maior o número de novos casos em mulheres”, disse a coordenadora do Programa de DST e Aids, Sandra Fagundes.

Sandra informou que em 2005 foram computados 352 novos casos de Aids, somando um total acumulado de 1985 a 2005, de 5.002 registros. A média de incidência no Espírito Santo é de 14,9 casos para 100 mil habitantes, a menor da Região Sudeste.

Observou-se queda acentuada na mortalidade: 67,3 de óbitos em 1992; 43,7% em 1996; 43,7% em 2000; 27,6% em 2002 e 20,4% em 2004. Uma queda de 14% na comparação do período compreendido entre os anos 1996 a 2004.

No período após 2001, data em que as informações sobre raça/cor foram computadas para os casos notificados de Aids, observa-se que pessoas de cor parda representam 43,5% dos casos notificados. Entre os brancos este percentual é de 40,9%, e 14,1% entre a cor negra.

Campanha

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids este ano tem como tema no Brasil a “Aids e o racismo’, escolhido partindo da perspectiva de que a população negra nunca foi alvo de campanhas de prevenção e ela representa 47,3% da população brasileira, segundo o IBGE. Essa representatividade aumenta quando verifica-se que ela representa aproximadamente 65% da população de baixa renda.

No Brasil, apesar da tendência a estabilização da epidemia, os casos de Aids vêm aumentando entre a população mais pobre, onde a população negra encontra-se em maior proporção. Daí a importância desta população como protagonista do Dia Mundial de Luta Contra a Aids de 2005.

O 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, é o momento político que irá colocar o tema racismo, e suas conseqüências para os portadores de HIV e para a população negra, na agenda da sociedade.

Programação

Todos os municípios do Estado preparam atividades para sensibilizar a população sobre a luta contra a Aids. Dentro da programação da Coordenação Estadual de DST e Aids, será promovido nesta quinta-feira, às 9 horas, um café da manhã para os servidores da Sesa.

No domingo (04), acontece a 3ª Caminhada de Luta Contra a Aids, em parceria com os municípios e Organizações Não Governamentais. A concentração será em Jardim da Penha, na praça dos Supermercados Epa, às 9 horas. A caminhada será até a Praça dos Namorados.

Ainda dentro da programação, o Serviço de Atendimento Especializado do Hospital Dório Silva, na Serra, que presta atendimento ambulatorial a 193 pacientes portadores do vírus HIV, realizou a Oficina do Lixo ao Luxo.

Os pacientes usaram como matéria-prima garrafas plásticas para a confecção de diferentes artigos e materiais decorativos, alusivos ao Natal, que foram utilizados para enfeitar o ambulatório da unidade.

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