A dependência do cigarro é um problema que atinge pessoas das mais diversas idades e classes sociais em todo o mundo. Além dos danos à saúde de quem fuma, a produção do tabaco afeta o meio ambiente e toda a sociedade. Para lembrar a população dos perigos que esse hábito representa, nesta quinta-feira (31) será celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. Na data, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta que apenas 3 % dos fumantes conseguem abandonar o vício sozinhos. Para parar de fumar, a recomendação é procurar auxílio médico nos serviços oferecidos nas Unidades Saúde da Família (USF) no Estado.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Hararrija Diório, lembra que a maioria dos fumantes quer abandonar o cigarro, mas isso não é uma tarefa fácil. A decisão de parar, porém, é um dos primeiros passos a ser tomado antes de iniciar um tratamento, o oferecido em 43 USF do Estado.

“Muitos procuram a unidade pressionados pela família e acabam abandonando o tratamento nas primeiras reuniões”, afirma Hararrija. Ao chegar à USF, o candidato a parar de fumar passa por uma entrevista clínica e pelo teste de Farerstrom, que avalia o seu grau de dependência da nicotina e o nível de contemplação (o quanto ele realmente quer parar).

Após o resultado, o paciente é direcionado a um grupo – geralmente de 15 a 20 pessoas - que se reunirá semanalmente durante o primeiro mês, quinzenalmente no segundo e mensalmente até completar o período de um ano. Nestas reuniões são abordados diversos temas, como mudança de estilo de vida, alimentação saudável, dentre outras, por meio de terapia cognitiva comportamental.

Já nas primeiras reuniões, conforme avaliação individual, também pode ser necessário prescrever medicamentos, fornecidos pelo Ministério da Saúde, para complementar o tratamento. Entre eles estão os repositores de nicotina, como goma, pastilha e adesivo, e um antidepressivo. No ano passado, 5.163 pessoas passaram pelos serviços antitabagismo das unidades de saúde e 53% dos que fizeram o tratamento conseguiram abandonar o cigarro.

Não é conhecido o exato número de fumantes no Estado, mas, de acordo com a pesquisa Vigitel 2011, realizada nas capitais do país pelo Ministério da Saúde, a incidência de fumantes na população de Vitória é de 11%. No ano anterior, esse índice foi de 13%. Hararrija acredita que o percentual seja maior no Estado, sendo que a média nas capitais de todo o Brasil é de 14,8%

Estatísticas revelam que os fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam risco dez vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, cinco vezes maior de sofrer infarto, cinco vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e duas vezes maior de sofrer derrame cerebral.



Municípios com tratamento para fumantes
- Afonso Cláudio
- Alegre
- Anchieta
- Alfredo Chaves
- Atílio Vivácqua
- Baixo Guandu
- Bom Jesus do Norte
- Cachoeiro de Itapemirim
- Cariacica
- Castelo
- Domingos Martins
- Governador Lindenberg
- Guarapari
- Ibitirama
- Iconha
- Irupi
- Itarana
- Itaguaçu
- Itapemirim
- Iúna
- Jerônimo Monteiro
- João Neiva
- Linhares
- Mantenópolis
- Marechal Floriano
- Marilândia
- Mimoso do Sul
- Montanha
- Nova Venécia
- Piúma
- Rio Novo do Sul
- São Domingos do Norte
- São Mateus
- São Roque do Canaã
- Santa Maria de Jetibá
- Santa Teresa
- Serra
- Sooretama
- Vargem Alta
- Venda Nova do Imigrante
- Viana
- Vila Velha
- Vitória

Teste o seu grau de dependência do cigarro (Teste de Fagerstron)

1)Quanto tempo após acordar você fuma seu primeiro cigarro?
Dentro de 5 minutos (3)
Entre 6 e 30 minutos (2)
Entre 31 e 60 minutos (1)
Após 60 minutos (0)

2)Você acha difícil não fumar em lugares proibidos como igrejas, bibliotecas, etc?
Sim (1)
Não (0)

3)Qual o cigarro do dia traz mais satisfação?
O primeiro da manhã (1)
Outros (0)

4)Quantos cigarros você fuma por dia?
Menos de 10 (0)
De 11 a 20 (1)
De 21 a 30 (2)
Mais de 31 (3)

5)Você fuma mais frequentemente pela manhã?
Sim (1)
Não (0)

6)Você fuma mesmo doente quando precisa ficar de cama a maior parte do tempo?
Sim(1)
Não (0)

Pontuação - ___

Resultado
0 -2 pontos – dependência muito baixa
3-4 pontos – dependência baixa
5 pontos – dependência média
6-7 pontos – dependência elevada
8-10 – dependência muito elevada

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