25/06/2014 11h06 - Atualizado em 23/09/2015 13h41

Diabetes: Sesa ajuda pacientes com difícil controle da doença

Nesta quinta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, doença crônica que atinge mais de dez milhões de brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Cerca de 80% dos casos são resolvidos na atenção básica, que também disponibiliza medicamentos para o seu tratamento, como a insulina e os comprimidos hipoglicemiantes. Para ajudar crianças, adolescentes e adultos com difícil controle da doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), disponibiliza atendimento especializado no CRE Metropolitano, em Jardim América, Cariacica.

A diabetes tipo 1 é a incapacidade do pâncreas em produzir a quantidade de insulina necessária, causando um aumento dos níveis de açúcar ou glicose no sangue. Apesar de ter tratamento, o sucesso para o controle da doença está na adesão do paciente às orientações médicas. E é nesse contexto que o Ambulatório de Endocrinopediatria do CRE Metropolitano vem ajudando 50 pacientes com idades entre 02 e 18 anos a superarem suas dificuldades e passarem a conviver bem com a doença.

A iniciativa começou em 2012, quando foram implantadas as chamadas “rodas de conversa”: reuniões periódicas conduzidas pela endocrinopediatra com grupos de pacientes do ambulatório e seus familiares dando orientações sobre alimentação e possibilitando troca de experiências sobre o autocuidado, sobre as dificuldades vivenciadas e como obter melhor qualidade de vida.

A endocrinopediatra da Sesa Daniela Franco Lube explica que as rodas de conversas funcionam como um apoio importante ao paciente e seus familiares e surgiram naturalmente da experiência na rotina de trabalho, uma vez que essas pessoas, de uma forma geral, tinham as mesmas dúvidas, as mesmas necessidades. Os temas das discussões muitas vezes são apresentados pelos próprios pacientes.

O serviço possui uma equipe multidisciplinar composta por endocrinologistas, endocrinopediatra, assistentes sociais, enfermeiras e nutricionistas. O trabalho diferenciado trouxe resultado positivo já em seu primeiro ano de vigência, com os participantes apresentando melhora no controle da doença, o que foi constatado, por exemplo, aferindo os níveis de hemoglobina glicada desses pacientes. A experiência positiva acabou por ser adotada também pelo ambulatório adulto no ano passado, que realiza, atualmente, reuniões mensais.

“O grande ganho obtido com essa iniciativa, sentido por toda a equipe e participantes, é o envolvimento das famílias para com os pacientes. Ademais, se nota uma maior aceitação da doença, a diminuição no número de internações hospitalares, a redução da morbimortalidade e, por conseguinte a melhoria da qualidade de vida do paciente, aliado à diminuição dos gastos no Sistema de Saúde”, ressalta a médica.

Segundo Daniela Lube, os problemas e questões mais comuns abordados no ambulatório são erros de aplicação de insulina, a falta de conhecimento sobre o mecanismo de ação de insulina no organismo, sobre a importância da prática da atividade física e da dieta adequada para o controle da doença e sobretudo a importância do carinho, do apoio e envolvimento da família no tratamento dessas crianças e adolescentes.

“O ambulatório estimula a educação continuada. O tratamento da diabetes não é só evitar açúcar e aplicar insulina. As pessoas precisam conhecer mais sobre a doença. O conhecimento leva ao bom controle e à melhor qualidade de vida”, ressalta.


Serviço

Ambulatório de endocrinopediatria
Funciona no CRE Metropolitano
Quem pode participar: pacientes referenciados pelas unidades municipais de saúde para acompanhamento especializado por apresentarem diabetes de difícil controle.
Contato: (27) 3636-2696


Fique por dentro

Dez coisas que você precisa saber sobre diabetes na infância

Quando o assunto é crianças e adolescentes com diabetes, a educação e o cuidado são sinônimos de um futuro saudável e seguro. Os cuidados são necessários para manter a doença controlada e evitar complicações futuras. Confira abaixo dez coisas que você precisa saber sobre diabetes da infância.

1- Nos dias atuais, o diabetes é uma doença bastante comum. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, pelo menos 170 milhões de pessoas sofrem da doença atualmente. Em 2025, este número deverá atingir 300 milhões de pessoas. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm diabetes e metade delas desconhece sua condição.

2- Para descobrir se seu filho tem diabetes é importante saber como identificar os sintomas. Alguns deles são caracterizados pelo excesso de sede e de urina, e pela perda de peso. Por exemplo, algumas crianças voltam a urinar na cama ou acordam com frequência para beber água no decorrer da madrugada. Ao perceber estas ocorrências, é fundamental consultar um endocrinologista pediatra de imediato.

3- O tratamento para o diabetes tipo 1 é feito através da aplicação de insulinas, sendo primordial uma avaliação com um endocrinologia pediátrico.

4- A dedicação e o carinho por parte da família é fundamental para crianças com diabetes, principalmente por parte dos pais. São eles que devem sempre ficar atentos em manter uma frequência nas consultas médicas para saber se a criança está com uma velocidade de crescimento adequada, aumento ou diminuição de peso e também para ajustes na terapia insulínica, que varia de acordo com as fases do desenvolvimento.

5- A automonitorização da glicemia, a educação em diabetes, a prática de atividade física e o controle nutricional são necessidades comuns e importantes em qualquer faixa etária de pacientes com diabetes do tipo 1, tanto nas crianças quanto nos adultos, e precisa fazer parte da rotina de tratamento.

6- É importante a ajuda dos pais na inclusão da automonitorização no dia a dia do paciente, realizada de forma natural e sempre envolvendo seu filho nas decisões tomadas. Aos poucos, a criança irá perceber a importância desse controle para sua própria saúde.

7- Nem sempre a criança entende ou aceita bem a doença. Por conta disso, o acompanhamento de um psicólogo deve ser feito, se necessário.

8- Realizar a integração dos pacientes com outras crianças que também possuem diabetes, através de encontros, associações e acampamentos é um ótimo meio de, além de ajudar seu filho a lidar com a questão, ensiná-lo e educá-lo mais sobre o assunto.

9- É fundamental que os pais evitem a superproteção e a discriminação no processo de aceitação.

10- Após a infância e adolescência, os cuidados devem continuar os mesmos, mas o paciente deve ser encaminhado para um ambulatório de transição, onde o endocrinologista pediátrico e o endocrinologista adulto atendam simultaneamente a criança. Geralmente entre 15 e 19 anos acontece essa mudança, mas isso varia de acordo com o caso.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Maria Angela Siqueira
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