27/09/2013 07h01 - Atualizado em
23/09/2015 13h38
Doação de órgãos: campanha sensibiliza pacientes do Hospital Central

“Lá em casa, a gente conversa sobre doação de órgãos e meu marido sempre diz que quer ser doador quando ele se for. Os meninos [os quatro filhos] não concordam muito. Eles ainda ficam pensando se querem ou não. Mas a gente conversa sempre, diz que é importante pra ajudar as pessoas”.
Esse relato é de Maria Rosa Aplfeler, 48 anos. Ela está acompanhando o sogro, internado no Hospital Estadual Central (HEC), e foi abordada na manhã desta quinta-feira pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT), que está promovendo ações de conscientização sobre doação de órgãos ao longo de toda esta semana com as equipes assistencial e administrativa, e também com pacientes e acompanhantes.
As ações, que envolvem panfletagem e realização de palestras, fazem parte da Semana Nacional de Doação de Órgãos e vão até domingo, quando acontecerá uma caminhada na praia de Camburi, em Vitória, organizada pela Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos do Espírito Santo (CNCDO/ES).
"Hoje, o maior desafio da comissão é multiplicar entre a equipe multidisciplinar hospitalar a importância do conhecimento adequado do processo de doação, e estimular entre familiares e acompanhantes a discussão e a busca de informação sobre o assunto, para que a negativa familiar à doação de órgãos seja uma decisão consciente e não motivada por dúvidas e desconhecimento”, explica a presidente da CIHDOTT do Hospital Estadual Central, Lilian Calheiros.
Os médicos também foram abordados pela comissão e receberam informações sobre doação de órgãos. A médica Marisa Simon Brezinscki gostou muito desse contato mais próximo e ressaltou que campanhas assim são muito importantes.
“As informações passadas pela comissão foram úteis para esclarecer algumas dúvidas quanto ao manejo do potencial doador e também da condução clínica de um paciente com suspeita de morte encefálica, dúvidas essas que sempre aparecem quando preciso atender esse tipo de paciente. Além disso, nos traz mais segurança saber que temos uma CIHDOTT atuante e preparada para abordar as famílias”, disse.
Capacitação
Na palestra para a equipe assistencial, a presidente da CIHDOTT do Hospital Estadual Central ressaltou a importância de os profissionais de saúde terem preparo emocional e embasamento técnico para falar sobre doação de órgãos. Ela explicou que, quando a equipe não está preparada, o processo de doação fica prejudicado, pois se costuma pular etapas.
“Uma atitude que devemos evitar é abordar a família para falar sobre doação de órgãos antes de comunicá-la que o paciente teve morte encefálica ou fazer essa abordagem junto da comunicação da morte. Isso porque muitas famílias não entendem o conceito de morte encefálica. Elas não sabem que, mesmo que o coração esteja batendo, ainda que por ajuda de aparelhos, a morte do cérebro significa a morte de fato. E se a família não entende o processo, ela não aceita fazer a doação”, explica a presidente da CIHDOTT.
Lilian salienta que o tempo é tudo no processo de doação, mas é importante também respeitar o momento da família, deixá-la chorar seu luto antes de oferecer a oportunidade para doação de órgãos. “Se não for assim, o processo se torna desumano e pode resultar na negativa da família em fazer a doação”, analisa.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação
Hospital Estadual Central Juliana Rodrigues
Cel.: (27) 9227-1031
comunicacao@hec.org.br
Esse relato é de Maria Rosa Aplfeler, 48 anos. Ela está acompanhando o sogro, internado no Hospital Estadual Central (HEC), e foi abordada na manhã desta quinta-feira pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT), que está promovendo ações de conscientização sobre doação de órgãos ao longo de toda esta semana com as equipes assistencial e administrativa, e também com pacientes e acompanhantes.
As ações, que envolvem panfletagem e realização de palestras, fazem parte da Semana Nacional de Doação de Órgãos e vão até domingo, quando acontecerá uma caminhada na praia de Camburi, em Vitória, organizada pela Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos do Espírito Santo (CNCDO/ES).
"Hoje, o maior desafio da comissão é multiplicar entre a equipe multidisciplinar hospitalar a importância do conhecimento adequado do processo de doação, e estimular entre familiares e acompanhantes a discussão e a busca de informação sobre o assunto, para que a negativa familiar à doação de órgãos seja uma decisão consciente e não motivada por dúvidas e desconhecimento”, explica a presidente da CIHDOTT do Hospital Estadual Central, Lilian Calheiros.
Os médicos também foram abordados pela comissão e receberam informações sobre doação de órgãos. A médica Marisa Simon Brezinscki gostou muito desse contato mais próximo e ressaltou que campanhas assim são muito importantes.
“As informações passadas pela comissão foram úteis para esclarecer algumas dúvidas quanto ao manejo do potencial doador e também da condução clínica de um paciente com suspeita de morte encefálica, dúvidas essas que sempre aparecem quando preciso atender esse tipo de paciente. Além disso, nos traz mais segurança saber que temos uma CIHDOTT atuante e preparada para abordar as famílias”, disse.
Capacitação
Na palestra para a equipe assistencial, a presidente da CIHDOTT do Hospital Estadual Central ressaltou a importância de os profissionais de saúde terem preparo emocional e embasamento técnico para falar sobre doação de órgãos. Ela explicou que, quando a equipe não está preparada, o processo de doação fica prejudicado, pois se costuma pular etapas.
“Uma atitude que devemos evitar é abordar a família para falar sobre doação de órgãos antes de comunicá-la que o paciente teve morte encefálica ou fazer essa abordagem junto da comunicação da morte. Isso porque muitas famílias não entendem o conceito de morte encefálica. Elas não sabem que, mesmo que o coração esteja batendo, ainda que por ajuda de aparelhos, a morte do cérebro significa a morte de fato. E se a família não entende o processo, ela não aceita fazer a doação”, explica a presidente da CIHDOTT.
Lilian salienta que o tempo é tudo no processo de doação, mas é importante também respeitar o momento da família, deixá-la chorar seu luto antes de oferecer a oportunidade para doação de órgãos. “Se não for assim, o processo se torna desumano e pode resultar na negativa da família em fazer a doação”, analisa.
Informações à Imprensa:
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Hospital Estadual Central Juliana Rodrigues
Cel.: (27) 9227-1031
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