29/05/2007 05h40 - Atualizado em
23/09/2015 09h44
Doença de Lyme Brasileira é apresentada no Lacen
O reumatologista Natalino Yoshinari já se encontra em Nova Venécia, onde permanece com sua equipe até a próxima sexta-feira (01/06), para dar continuidade aos seus estudos sobre a Doença de Lyme. O médico e pesquisador ministrou uma palestra sobre a doença na manhã desta segunda-feira (28) no auditório do Laboratório Central da Secretaria de Estado da Saúde.
Natalino Yoshinari deu mostras de seu trabalho sobre a doença transmitida pela picada dos carrapatos, e sugeriu um novo nome para esta enfermidade que é atípica no País: Doença de Lyme Brasileira.
A Doença de Lyme tradicional é muito comum nos Estados Unidos, Europa e Ásia, mas nunca foi confirmada oficialmente no Brasil. Apesar disso, no ano passado, quase duzentas amostras laboratoriais de pessoas suspeitas de terem contraído a enfermidade nas redondezas de Nova Venécia foram encaminhadas para o laboratório de referência desta doença, localizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
O responsável pelos exames das amostras enviadas à FMUSP foi Natalino Yoshinari, que notou uma similaridade entre o que foi coletado no Espírito Santo e a Doença de Lyme encontrada no Hemisfério Norte. Os altos índices encontrados no Noroeste do Estado motivaram o pesquisador e sua equipe a esclarecer o assunto e fazer uma pesquisa de campo. Em Nova Venécia serão coletadas amostras de carrapatos e de sangue dos moradores e a equipe terá acesso às residências das pessoas.
As pesquisas do especialista indicam que alguns aspectos da doença encontrados no Brasil são peculiares e não conferem exatamente com a Doença de Lyme tradicional. É o caso da bactéria causadora da enfermidade (chamada de borrélia), que aqui no País se apresenta de forma diferente. O motivo para isso, segundo Yoshinari, são os carrapatos brasileiros, que são diferentes dos encontrados no Hemisfério Norte.
No entanto, outras características da moléstia, como a sorologia, os sintomas e o modo de contração são muito similares ao Lyme norte-americano e europeu. Essas peculiaridades fizeram com que o médico batizasse a enfermidade encontrada aqui de Doença de Lyme Brasileira.
A visita e estadia dos palestrantes no Estado são patrocinadas pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), com sede em Brasília, e a intenção é que os pesquisadores voltem outras vezes durante este ano.
A palestra foi destinada a médicos infectologistas, pessoas ligadas à vigilância ambiental e epidemiológica da Sesa, representantes do Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes).
A Doença de Lyme é a mais comum entre as transmitidas por carrapato nos Estados Unidos. No Brasil, ela só começou a ser estudada na década de 1990. No entanto, o reumatologista Natalino Yoshinari destaca que a pesquisa sobre a moléstia é importante uma vez que “por ser desconhecida, suas manifestações podem ser confundidas com outras doenças. É uma doença que envolve várias especialidades médicas”, destaca.
Os insetos são encontrados em animais silvestres e domésticos e após a picada, a região afetada fica irritada, acarretando uma lesão na pele que surge entre sete e 14 dias. Além disso, a vítima também pode apresentar sintomas como dor de cabeça e nas juntas, febre e prostração e o quadro clínico pode evoluir para a meningite. O tratamento é feito com antibióticos e antiinflamatórios.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
(27) 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Natalino Yoshinari deu mostras de seu trabalho sobre a doença transmitida pela picada dos carrapatos, e sugeriu um novo nome para esta enfermidade que é atípica no País: Doença de Lyme Brasileira.
A Doença de Lyme tradicional é muito comum nos Estados Unidos, Europa e Ásia, mas nunca foi confirmada oficialmente no Brasil. Apesar disso, no ano passado, quase duzentas amostras laboratoriais de pessoas suspeitas de terem contraído a enfermidade nas redondezas de Nova Venécia foram encaminhadas para o laboratório de referência desta doença, localizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
O responsável pelos exames das amostras enviadas à FMUSP foi Natalino Yoshinari, que notou uma similaridade entre o que foi coletado no Espírito Santo e a Doença de Lyme encontrada no Hemisfério Norte. Os altos índices encontrados no Noroeste do Estado motivaram o pesquisador e sua equipe a esclarecer o assunto e fazer uma pesquisa de campo. Em Nova Venécia serão coletadas amostras de carrapatos e de sangue dos moradores e a equipe terá acesso às residências das pessoas.
As pesquisas do especialista indicam que alguns aspectos da doença encontrados no Brasil são peculiares e não conferem exatamente com a Doença de Lyme tradicional. É o caso da bactéria causadora da enfermidade (chamada de borrélia), que aqui no País se apresenta de forma diferente. O motivo para isso, segundo Yoshinari, são os carrapatos brasileiros, que são diferentes dos encontrados no Hemisfério Norte.
No entanto, outras características da moléstia, como a sorologia, os sintomas e o modo de contração são muito similares ao Lyme norte-americano e europeu. Essas peculiaridades fizeram com que o médico batizasse a enfermidade encontrada aqui de Doença de Lyme Brasileira.
A visita e estadia dos palestrantes no Estado são patrocinadas pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), com sede em Brasília, e a intenção é que os pesquisadores voltem outras vezes durante este ano.
A palestra foi destinada a médicos infectologistas, pessoas ligadas à vigilância ambiental e epidemiológica da Sesa, representantes do Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes).
A Doença de Lyme é a mais comum entre as transmitidas por carrapato nos Estados Unidos. No Brasil, ela só começou a ser estudada na década de 1990. No entanto, o reumatologista Natalino Yoshinari destaca que a pesquisa sobre a moléstia é importante uma vez que “por ser desconhecida, suas manifestações podem ser confundidas com outras doenças. É uma doença que envolve várias especialidades médicas”, destaca.
Os insetos são encontrados em animais silvestres e domésticos e após a picada, a região afetada fica irritada, acarretando uma lesão na pele que surge entre sete e 14 dias. Além disso, a vítima também pode apresentar sintomas como dor de cabeça e nas juntas, febre e prostração e o quadro clínico pode evoluir para a meningite. O tratamento é feito com antibióticos e antiinflamatórios.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Daniele Bolonha
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Texto: Marcos Bonn
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