26/04/2013 06h18 - Atualizado em
23/09/2015 13h37
Doença silenciosa, hipertensão é principal causa de AVC e enfarto

A hipertensão arterial, condição que se caracteriza pelo aumento da pressão sanguínea no organismo, é uma das principais causas de enfarto e acidente vascular cerebral (AVC). Embora, em muitos casos, possa ser tratada apenas com a adoção de hábitos saudáveis, a doença é silenciosa e só se manifesta associada a quadros mais graves. Por isso, nesta sexta-feira (26), Dia Nacional de Prevenção e Controle da Hipertensão, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a detecção precoce.
Não há dados concretos sobre sua prevalência na população brasileira justamente pela característica assintomática. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) estima que 01 em cada 03 brasileiros tenha a doença, “sobretudo se levarmos em consideração os idosos com 60 anos ou mais”, completa o cardiologista da Sesa, Edílson de Castro Araújo. Em 2012, a pressão alta causou 3.282 internações na Rede SUS no Espírito Santo.
“Ela costuma ser silenciosa e não dar sintomas. Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça e taquicardia (batimento cardíaco acelerado), mas a maioria não tem sintoma. Por isso temos medir nossa pressão com frequência. Os idosos com fatores de risco associados devem fazer isso a cada três meses. Quem é jovem assintomático, uma vez por ano” orienta o médico.
A aferição deve seguir algumas regras. “O ideal é que o paciente fique em um ambiente tranquilo, pelo menos cinco minutos sentado para que seja medida a pressão no antebraço e com aparelho adequado – caso contrário, o resultado pode sofrer interferências. Para fechar o diagnóstico, deve-se repetir o processo duas vezes, geralmente em dias diferentes. A pressão é considerada alta quando o resultado fica acima de 14/08”, explica Edílson.
Causas e tratamento
As causas da hipertensão são multifatoriais. Um dos fatores de risco mais comuns é a idade – quanto mais velho, maior a probabilidade de desenvolvê-la. “Mas há ainda o sedentarismo, obesidade, tabagismo, diabetes e a dislipidemia (conjunto de alteração de colesterol e triglicerídeos). Nos jovens, a doença costuma estar relacionada a causas secundárias, pode ser um problema renal”, exemplifica o cardiologista.
Por isso, muitas vezes a pressão alta ser evitada ou controlada adotando-se hábitos de vida saudáveis. “Durante o tratamento o paciente tem que controlar a dieta, evitando ingerir sal - consumir no máximo quatro gramas por dia, o que dá uma colher rasa de chá. Há ainda os exercícios físicos aeróbicos – que fazem transpirar -, como natação, hidroginástica, bicicleta. Em alguns casos é necessário usar medicamentos”, salienta o médico.
Embora simples, Edílson afirma que o tratamento tem baixa adesão. “Como é um doença geral assintomática, os pacientes acabam esquecendo de tomar o remédio ou então reclamam de supostos efeitos colaterais”. Entretanto, o médico alerta. “No longo prazo, a hipertensão é a maior causa de AVC, enfarto agudo do miocárdio e insuficiência renal. Por isso, prevenir ou tratar ainda no início é de suma importância”, conclui.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Não há dados concretos sobre sua prevalência na população brasileira justamente pela característica assintomática. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) estima que 01 em cada 03 brasileiros tenha a doença, “sobretudo se levarmos em consideração os idosos com 60 anos ou mais”, completa o cardiologista da Sesa, Edílson de Castro Araújo. Em 2012, a pressão alta causou 3.282 internações na Rede SUS no Espírito Santo.
“Ela costuma ser silenciosa e não dar sintomas. Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça e taquicardia (batimento cardíaco acelerado), mas a maioria não tem sintoma. Por isso temos medir nossa pressão com frequência. Os idosos com fatores de risco associados devem fazer isso a cada três meses. Quem é jovem assintomático, uma vez por ano” orienta o médico.
A aferição deve seguir algumas regras. “O ideal é que o paciente fique em um ambiente tranquilo, pelo menos cinco minutos sentado para que seja medida a pressão no antebraço e com aparelho adequado – caso contrário, o resultado pode sofrer interferências. Para fechar o diagnóstico, deve-se repetir o processo duas vezes, geralmente em dias diferentes. A pressão é considerada alta quando o resultado fica acima de 14/08”, explica Edílson.
Causas e tratamento
As causas da hipertensão são multifatoriais. Um dos fatores de risco mais comuns é a idade – quanto mais velho, maior a probabilidade de desenvolvê-la. “Mas há ainda o sedentarismo, obesidade, tabagismo, diabetes e a dislipidemia (conjunto de alteração de colesterol e triglicerídeos). Nos jovens, a doença costuma estar relacionada a causas secundárias, pode ser um problema renal”, exemplifica o cardiologista.
Por isso, muitas vezes a pressão alta ser evitada ou controlada adotando-se hábitos de vida saudáveis. “Durante o tratamento o paciente tem que controlar a dieta, evitando ingerir sal - consumir no máximo quatro gramas por dia, o que dá uma colher rasa de chá. Há ainda os exercícios físicos aeróbicos – que fazem transpirar -, como natação, hidroginástica, bicicleta. Em alguns casos é necessário usar medicamentos”, salienta o médico.
Embora simples, Edílson afirma que o tratamento tem baixa adesão. “Como é um doença geral assintomática, os pacientes acabam esquecendo de tomar o remédio ou então reclamam de supostos efeitos colaterais”. Entretanto, o médico alerta. “No longo prazo, a hipertensão é a maior causa de AVC, enfarto agudo do miocárdio e insuficiência renal. Por isso, prevenir ou tratar ainda no início é de suma importância”, conclui.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
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