16/05/2008 14h00 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Dório Silva e São Lucas gastam mais de R$ 4 milhões com vítimas do trânsito

Durante a palestra “Custo social do acidente de trânsito”, o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, revelou que, juntos, os hospitais Dório Silva (HDS) e São Lucas (HSL) gastam aproximadamente R$ 4,6 milhões mensais com vítimas do trânsito. A apresentação foi feita durante o Seminário Educação, Saúde e Segurança no Trânsito, organizado pelo Batalhão de Trânsito Rodoviário e Urbano (BPRv), da Polícia Militar, na manhã desta sexta-feira (16).

Aproximadamente R$ 2,7 milhões (70%) dos gastos mensais do São Lucas são com vítimas de acidentes de trânsito. Já no Dório Silva, o gasto é de R$ 1,9 milhão (40%). “Poderíamos investir isso no combate de outras situações de doenças crônicas. Mas estamos gastando com problemas que poderiam ser evitados”, disse Tozi.

A grande quantidade de acidentes no trânsito, principalmente com motos, tem sido uma das principais preocupações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Isso porque de 2006 para 2007 houve um aumento de 82,5% de internações de motociclistas no HSL. Hoje, esse tipo de acidentado representa 25% das internações realizadas no hospital.

Só nas duas primeiras semanas de maio, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) registrou 75 ocorrências de acidentes com motos. “Foram 11 de moto com moto. Isso era impensável até pouco tempo atrás”, ressaltou o secretário.



Na rede pública, as vítimas de acidentes de trânsito são encaminhadas ao atendimento, de acordo com a localização do acidente. O Hospital Dório Silva absorve a demanda dos acidentados no Norte do Estado, enquanto que o Hospital São Lucas, referência em atendimento de traumas no Espírito Santo, atende aqueles que vêm do Centro-Sul.

Além do alto custo por pacientes, que pode chegar a R$ 8 mil, as vítimas desse tipo de acidente ocupam os leitos hospitalares por vários dias. No São Lucas, a média de permanência é de 10 dias. Já no Dório Silva, esse número varia: cinco dias no pronto-socorro, 10 dias na enfermaria e 15 na UTI.

Para o secretário, a melhor maneira de combater os acidentes de trânsito é conscientizar a sociedade dos perigos e conseqüências que eles podem gerar. “Além dos gastos dos hospitais, muitos precisam de reabilitação e medicamentos pelo resto da vida. Podem até mesmo perder o emprego”, enfatizou.

Por isso, a Sesa, junto com outros órgãos do Estado, estuda ações para envolver os capixabas neste debate. “Queremos fazer uma campanha que dê impacto na prevenção dos acidentes, principalmente de moto. É preciso que as pessoas tenham orientações e conheçam mais sobre direção segura”, disse Anselmo Tozi.

Registros sobre acidentes:





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