28/09/2012 08h29 - Atualizado em 23/09/2015 13h35

Emoção e solidariedade marcam culto ecumênico em homenagem às famílias doadoras de órgãos e tecidos

A manhã desta sexta-feira (28) foi marcada por muita emoção, abraços, depoimentos e solidariedade no culto ecumêmico em homenagem às famílias doadoras de órgãos e tecidos. O evento, realizado no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM), faz parte das ações promovidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Central de Transplantes do Espírito Santo, na Semana Nacional do Doador de Órgãos.

Além das famílias homenageadas, estiveram presentes o secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino; o subsecretário de Gestão Hospitalar, Fabio Benezath Chaves; o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Dr. Hércules da Silviera; o procurador da Justiça Adalberto Dazzi; o médico João de Siqueira Neto, responsável técnico da Central de Captação de Órgãos do Estado; o presidente da Próvidas Transplantes; o diretor do HPM, coronel Jorgean Grego Gonçalves; a coordenadora da Central de Transplantes, Rosemery Erlacher; e receptores de órgãos, como a jovem Karoline Tavares Vitali.



O caso de Karoline, de 19 anos, foi retratado em um vídeo apresentado durante o culto. Ela fez transplante de rim em agosto do ano passado e viu sua vida mudar. “Hoje estou ótima e feliz. Antes, minha vida era limitada, tinha uma dieta muito rigorosa, fazia hemodiálise três vezes por semana. Agora, não tenho mais restrições e posso beber água à vontade”, comemora.



A jovem conta, ainda, que tem contato com a família do doador. “Nos encontramos sempre. Ele era filho único e a mãe dele diz que o consolo dela por ter perdido o filho é me ver bem, com o rim dele”, diz.

O secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, frisou a importância da doação de órgãos e da conversa precoce nas famílias. “Esse é um assunto que deve ser discutido desde cedo em casa. Um dia você pode precisar. A necessidade de fazer um transplante não escolhe classe social: pode ser rico, pobre, um médico, um motorista, uma dona de casa. Qualquer um pode precisar”, destacou.



A coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo, Rosemery Erlacher, ressaltou que 40% das famílias capixabas rejeitam a doação de órgãos, muitas vezes por falta de conhecimento. “A partir do momento em que a pessoa compreende mais como funciona o processo, esclarece as dúvidas, ela fica mais segura em tomar sua decisão”, explicou.



Apesar de um índice ainda alto de rejeição, a doação de órgãos tem crescido bastante no Estado nos últimos anos. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o número de doações e transplantes em 2012 cresceu 32% no Espírito Santo. Em 2011, por exemplo, foram enviadas 40 córneas para outros estados, enquanto neste ano, de janeiro a agosto, já foram 60.

Se compararmos a outros estados do país, o Espírito Santo ocupa a 6ª posição em transplante de córnea; é 8º colocado em transplantes de coração e fígado; e 9º lugar em transplantes de rim. Além disso, estamos acima da média nacional quando o assunto é doadores efetivos. Enquanto no Brasil a média é de 12,8 doadores efetivos, no ES a média é de 13,7.



Número de transplantes realizados no Estado:

2012
Até AGOSTO
- Córneas: 216
- Rim/cadáver: 56
- Rim/Vivo: 18
- Fígado: 20
- Coração: 3
- Osso: 6
- Medula óssea: 10

Lista de espera (em 21 de AGOSTO)
- Córneas: 5
- Coração: 6
- Fígado: 27
- Rim: 862

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