08/08/2013 14h04 - Atualizado em
23/09/2015 13h38
ES registra 760 casos de coqueluche e nenhum óbito em 2013

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu a confirmação de 760 casos de coqueluche neste ano, até o mês de julho. O número é crescente em relação a 2012, mas a ausência de registro de óbitos mostra que as ações de alerta e capacitação realizada pela Sesa nos 78 municípios capixabas estão dando resultado. A doença é perigosa. No ano passado, foram registrados 1.080 casos, sendo que nove deles provocaram a morte de crianças menores de seis meses de idade, que não completaram o esquema vacinal.
Para o pediatra da Sesa Ronaldo Ewald Martins, referência técnica em doenças imunopreviníveis, os profissionais de saúde de todo o Espírito Santo estão mais atentos para suspeitar da doença e, com isso, diagnosticando mais e iniciando logo o tratamento, evitando o agravamento que pode levar bebês à morte.
Desde que a Sesa observou aumento nas notificações da doença entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), bem como para diversas sociedades médicas. Foi oferecido treinamento aos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab).
O médico Ronaldo Martins reforça a informação de que, nos adultos, geralmente a evolução da doença é benigna. Entretanto, eles podem transmiti-la para os bebês e crianças, ainda não completamente vacinados, sem saber. Segundo ele, a maioria dos bebês é contaminada dentro de casa, por algum familiar. E são nos pequenos que a coqueluche se manifesta de forma mais grave.
É importante lembrar que a coqueluche é prevenida por meio de vacinação ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após cinco doses recebidas até os seis anos de idade a criança terá uma imunidade parcial por volta de 80% que dura de cinco a dez anos.
Portanto, mesmo aqueles que passaram pela vacinação completa podem adquirir a doença. Nesse caso, ela pode se manifestar de modo mais ameno. Aqui no Estado, muitos acometidos pela doença são pacientes que não ‘tomaram’ todas as doses ou não estavam em idade indicada para recebê-la.
Gestantes
O Ministério da Saúde (MS) tem se mostrado preocupado com o número de casos no país e anunciou, no início deste ano, a intenção de vacinar também as gestantes, mas ainda não definiu a partir de quando.
As gestantes no último trimestre da gravidez, as púerperas (mães com bebês nascidos há 30 dias), além das crianças menores de 01 ano de idade, formam o público com recomendação de atenção diferenciada nos serviços de saúde, em casos suspeitos da doença.
Para evitar o abandono do tratamento, o Ministério da Saúde também mudou, no ano passado, a medicação terapêutica e profilática (preventiva para quem teve contato com doente) por outro de igual eficácia, mas com período mais curto de administração.
Orientações
A coqueluche é causada por uma bactéria altamente contagiosa. A transmissão se dá por meio de contato direto, tosse, espirro, eliminação de secreção ao falar ou ao tocar objetos. Os pais são os principais transmissores da doença para as crianças. A recomendação é que pessoas com tosse persistente procurem o serviço de saúde.
Além disso, deve-se ficar atento à higienização das mãos e evitar ficar perto de pessoas com suspeita da doença. Os cuidados incluem ainda a limpeza de objetos contaminados com secreção nasal e cobrir o rosto ao tossir. O período de contágio se estende de cinco dias após o contato com o doente até três semanas depois do início dos acessos de tosse.
Sintomas
Os sinais e sintomas da coqueluche são as tosses persistentes, que podem durar várias semanas. Entre uma inspiração e outra as pessoas podem ter vários acessos de tosse a ponto de deixar a pele, especialmente a boca, com coloração arroxeada (cianose) devido à falta de oxigênio. É muito comum também vômito após a tosse. Pode haver ainda presença de febre leve, coriza, mal estar geral.
A coqueluche apresenta um sintoma peculiar, que é uma tosse que ocorre de maneira súbita e incontrolável, que gera um barulho característico chamado de guincho inspiratório.
Quem apresentar esses sintomas deve procurar atendimento médico nas unidades de saúde municipais. O tratamento é rápido e simples, feito com o uso de antibiótico. Curiosamente, mesmo o tratamento correto com antibiótico não elimina a tosse. O diagnóstico é clínico, mas somente em alguns casos pode ser feito laboratorialmente.
Medidas
Desde que observou aumento nas notificações da doença, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou uma série de ações de alerta e capacitação. Foi oferecido treinamento aos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab).
Além disso, a Sesa entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios capixabas para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), bem como para diversas sociedades médicas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Para o pediatra da Sesa Ronaldo Ewald Martins, referência técnica em doenças imunopreviníveis, os profissionais de saúde de todo o Espírito Santo estão mais atentos para suspeitar da doença e, com isso, diagnosticando mais e iniciando logo o tratamento, evitando o agravamento que pode levar bebês à morte.
Desde que a Sesa observou aumento nas notificações da doença entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), bem como para diversas sociedades médicas. Foi oferecido treinamento aos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab).
O médico Ronaldo Martins reforça a informação de que, nos adultos, geralmente a evolução da doença é benigna. Entretanto, eles podem transmiti-la para os bebês e crianças, ainda não completamente vacinados, sem saber. Segundo ele, a maioria dos bebês é contaminada dentro de casa, por algum familiar. E são nos pequenos que a coqueluche se manifesta de forma mais grave.
É importante lembrar que a coqueluche é prevenida por meio de vacinação ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após cinco doses recebidas até os seis anos de idade a criança terá uma imunidade parcial por volta de 80% que dura de cinco a dez anos.
Portanto, mesmo aqueles que passaram pela vacinação completa podem adquirir a doença. Nesse caso, ela pode se manifestar de modo mais ameno. Aqui no Estado, muitos acometidos pela doença são pacientes que não ‘tomaram’ todas as doses ou não estavam em idade indicada para recebê-la.
Gestantes
O Ministério da Saúde (MS) tem se mostrado preocupado com o número de casos no país e anunciou, no início deste ano, a intenção de vacinar também as gestantes, mas ainda não definiu a partir de quando.
As gestantes no último trimestre da gravidez, as púerperas (mães com bebês nascidos há 30 dias), além das crianças menores de 01 ano de idade, formam o público com recomendação de atenção diferenciada nos serviços de saúde, em casos suspeitos da doença.
Para evitar o abandono do tratamento, o Ministério da Saúde também mudou, no ano passado, a medicação terapêutica e profilática (preventiva para quem teve contato com doente) por outro de igual eficácia, mas com período mais curto de administração.
Orientações
A coqueluche é causada por uma bactéria altamente contagiosa. A transmissão se dá por meio de contato direto, tosse, espirro, eliminação de secreção ao falar ou ao tocar objetos. Os pais são os principais transmissores da doença para as crianças. A recomendação é que pessoas com tosse persistente procurem o serviço de saúde.
Além disso, deve-se ficar atento à higienização das mãos e evitar ficar perto de pessoas com suspeita da doença. Os cuidados incluem ainda a limpeza de objetos contaminados com secreção nasal e cobrir o rosto ao tossir. O período de contágio se estende de cinco dias após o contato com o doente até três semanas depois do início dos acessos de tosse.
Sintomas
Os sinais e sintomas da coqueluche são as tosses persistentes, que podem durar várias semanas. Entre uma inspiração e outra as pessoas podem ter vários acessos de tosse a ponto de deixar a pele, especialmente a boca, com coloração arroxeada (cianose) devido à falta de oxigênio. É muito comum também vômito após a tosse. Pode haver ainda presença de febre leve, coriza, mal estar geral.
A coqueluche apresenta um sintoma peculiar, que é uma tosse que ocorre de maneira súbita e incontrolável, que gera um barulho característico chamado de guincho inspiratório.
Quem apresentar esses sintomas deve procurar atendimento médico nas unidades de saúde municipais. O tratamento é rápido e simples, feito com o uso de antibiótico. Curiosamente, mesmo o tratamento correto com antibiótico não elimina a tosse. O diagnóstico é clínico, mas somente em alguns casos pode ser feito laboratorialmente.
Medidas
Desde que observou aumento nas notificações da doença, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou uma série de ações de alerta e capacitação. Foi oferecido treinamento aos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab).
Além disso, a Sesa entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios capixabas para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), bem como para diversas sociedades médicas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br