09/01/2014 14h51 - Atualizado em
23/09/2015 13h39
ES registra número recorde de casos de dengue em 2013: 81.892

O Espírito Santo fechou o ano de 2013 com o maior número de casos de dengue da história do Espírito Santo, desde quando começaram a ser notificados, em 1995. São 81.892 notificações da doença e 31 óbitos registrados. As águas das enchentes de dezembro que baixaram, mas ficam paradas criando reservatórios propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypt, preocupam a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que pede maior atenção da população no combate ao vetor. É principalmente no verão, período de chuva e calor, que aumenta o número de casos.
Para 2014, a gerente de Vigilância em Saúde Estadual, Gilsa Rodrigues, avalia que o cenário não é animador ao considerar que há quatro tipos virais da dengue circulando no Estado e que a grande maioria da população ainda está suscetível. “Por isso é tão importante alertar a população que esse é um problema que devemos combater em conjunto, poder público e população”, destaca.
Segundo ela, durante o ano de 2013, a Sesa desenvolveu diversas ações de apoio aos municípios no combate à doença, cedendo equipamentos para eliminar o vetor e realizando capacitações profissionais para médicos e enfermeiros para reforçar o tratamento - uma vez que a unidade de saúde municipal é a porta de entrada para o paciente com suspeita da doença.
Para a gerente, o alto número de casos de dengue no Estado em 2013 tem duas explicações: a primeira delas é a entrada do sorotipo 4 no Espírito Santo no final de 2012, deixando a população capixaba mais suscetível a contrair a doença, já que esse vírus ainda não circulava por aqui.
“Os tipos 1, 2 e 3 já circulam no Estado há bastante tempo, já tendo acometido muitas pessoas, tornado-as imunes a estes sorotipos. Já o vírus quatro, como é novo por aqui, somente uma parcela da população teve contato, o que representa risco de novos surtos”, observa a gerente de Vigilância em Saúde.
Outro motivo para o aumento de casos, segundo ela, é o ponto mais delicado do combate à dengue: falta maior comprometimento da população na eliminação dos focos do mosquito, já que mais de 70% deles estão dentro de casa e nos quintais.
Nesses quase 20 anos em que os vírus da dengue circulam no Espírito Santo, o maior número de casos até então tinha sido registrado em 2011, com 54.648 notificações. Já no ano de 2009, foi quando se registrou o maior número de óbitos: 63.
Gilsa Rodrigues orienta que os capixabas elejam um dia da semana para vistoriar a residência à procura de reservatórios e interromper o ciclo reprodutivo. Essa medida evita o surgimento de novos vetores, já que demoram cerca de nove dias para se desenvolverem do ovo à fase adulta.
Ações
A gerente de Vigilância em Saúde da Sesa ressalta que desde que o sorotipo 4 circulava na fronteira do Brasil, a Sesa intensificou as ações de prevenção e de alerta à população, diante da possibilidade de o Estado vivenciar grandes surtos e epidemias com a chegada do novo sorotipo.
Ainda no início do ano passado, a Sesa entregou 350 bombas costais compradas para reforçar o combate à dengue. Todos os 78 municípios capixabas receberam pelo menos três equipamentos. O investimento foi de R$ 290 mil. Ao longo do ano, diversas capacitações profissionais foram realizadas para reforçar o tratamento, principalmente nas unidades básicas de saúde. Só no mês de novembro, foram 43 atualizações do manejo clínico para profissionais de saúde.
Antes do verão, também em novembro passado, a Sesa distribuiu farto material educativo aos municípios, para ajudar no combate. Ao todo, foram distribuídos um milhão de fôlderes, 50 mil cartazes, 250 mil jogos educativos, 100 mil ímãs de geladeira, além de check lists (que são roteiros de orientação para vistoria de objetos que podem acumular água parada).
Sintomas
Febre, dor no corpo, dor de cabeça, prostração são manifestações da dengue. Dor abdominal intensa, sangramento, tonteira são sinais de gravidade. As pessoas que apresentarem esses sinais e sintomas devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
A hidratação salva vidas. Para reduzir o risco de agravamento do quadro clínico, a orientação é que, aos primeiros sinais da doença, seja reforçada a ingestão de líquidos: água, água de coco, chás, sucos, sais de reidratação oral (soro oral) ajudam no processo de hidratação do corpo.
“Uma boa dica para você saber se você está bebendo a quantidade diária adequada de líquidos é observar a cor da urina: quanto mais clara, mais hidratado você está”, ressalta a Gilsa.
Casos de dengue no Estado
2008 – 37.189
2009 – 53.708
2010 – 40.761
2011 – 54.648
2012 – 22.248
2013 – 81.892
Óbitos
2008 – 16
2009 – 63
2010 – 17
2011 – 25
2012 - 11
2013 - 31
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Kárita Iana/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3345-8074/3345-8137/9969-8271/9983-3246/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Para 2014, a gerente de Vigilância em Saúde Estadual, Gilsa Rodrigues, avalia que o cenário não é animador ao considerar que há quatro tipos virais da dengue circulando no Estado e que a grande maioria da população ainda está suscetível. “Por isso é tão importante alertar a população que esse é um problema que devemos combater em conjunto, poder público e população”, destaca.
Segundo ela, durante o ano de 2013, a Sesa desenvolveu diversas ações de apoio aos municípios no combate à doença, cedendo equipamentos para eliminar o vetor e realizando capacitações profissionais para médicos e enfermeiros para reforçar o tratamento - uma vez que a unidade de saúde municipal é a porta de entrada para o paciente com suspeita da doença.
Para a gerente, o alto número de casos de dengue no Estado em 2013 tem duas explicações: a primeira delas é a entrada do sorotipo 4 no Espírito Santo no final de 2012, deixando a população capixaba mais suscetível a contrair a doença, já que esse vírus ainda não circulava por aqui.
“Os tipos 1, 2 e 3 já circulam no Estado há bastante tempo, já tendo acometido muitas pessoas, tornado-as imunes a estes sorotipos. Já o vírus quatro, como é novo por aqui, somente uma parcela da população teve contato, o que representa risco de novos surtos”, observa a gerente de Vigilância em Saúde.
Outro motivo para o aumento de casos, segundo ela, é o ponto mais delicado do combate à dengue: falta maior comprometimento da população na eliminação dos focos do mosquito, já que mais de 70% deles estão dentro de casa e nos quintais.
Nesses quase 20 anos em que os vírus da dengue circulam no Espírito Santo, o maior número de casos até então tinha sido registrado em 2011, com 54.648 notificações. Já no ano de 2009, foi quando se registrou o maior número de óbitos: 63.
Gilsa Rodrigues orienta que os capixabas elejam um dia da semana para vistoriar a residência à procura de reservatórios e interromper o ciclo reprodutivo. Essa medida evita o surgimento de novos vetores, já que demoram cerca de nove dias para se desenvolverem do ovo à fase adulta.
Ações
A gerente de Vigilância em Saúde da Sesa ressalta que desde que o sorotipo 4 circulava na fronteira do Brasil, a Sesa intensificou as ações de prevenção e de alerta à população, diante da possibilidade de o Estado vivenciar grandes surtos e epidemias com a chegada do novo sorotipo.
Ainda no início do ano passado, a Sesa entregou 350 bombas costais compradas para reforçar o combate à dengue. Todos os 78 municípios capixabas receberam pelo menos três equipamentos. O investimento foi de R$ 290 mil. Ao longo do ano, diversas capacitações profissionais foram realizadas para reforçar o tratamento, principalmente nas unidades básicas de saúde. Só no mês de novembro, foram 43 atualizações do manejo clínico para profissionais de saúde.
Antes do verão, também em novembro passado, a Sesa distribuiu farto material educativo aos municípios, para ajudar no combate. Ao todo, foram distribuídos um milhão de fôlderes, 50 mil cartazes, 250 mil jogos educativos, 100 mil ímãs de geladeira, além de check lists (que são roteiros de orientação para vistoria de objetos que podem acumular água parada).
Sintomas
Febre, dor no corpo, dor de cabeça, prostração são manifestações da dengue. Dor abdominal intensa, sangramento, tonteira são sinais de gravidade. As pessoas que apresentarem esses sinais e sintomas devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
A hidratação salva vidas. Para reduzir o risco de agravamento do quadro clínico, a orientação é que, aos primeiros sinais da doença, seja reforçada a ingestão de líquidos: água, água de coco, chás, sucos, sais de reidratação oral (soro oral) ajudam no processo de hidratação do corpo.
“Uma boa dica para você saber se você está bebendo a quantidade diária adequada de líquidos é observar a cor da urina: quanto mais clara, mais hidratado você está”, ressalta a Gilsa.
Casos de dengue no Estado
2008 – 37.189
2009 – 53.708
2010 – 40.761
2011 – 54.648
2012 – 22.248
2013 – 81.892
Óbitos
2008 – 16
2009 – 63
2010 – 17
2011 – 25
2012 - 11
2013 - 31
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Kárita Iana/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
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