26/03/2008 14h11 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Especialistas em saúde pública participam da Oficina de Modelagem das Redes de Atenção à Saúde

Dois especialistas em saúde pública participam da Oficina de Modelagem das Redes de Atenção à Saúde, que se estende até quinta-feira (27), no Hotel Eco da Floresta, em Domingos Martins. Os consultores do Ministério da Saúde (MS), Eugênio Vilaça e Maria Emi Shimazaki foram convidados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e em suas palestras, repassam suas experiências aos participantes no evento.

A melhoria do acesso à Atenção Primária, que já está em curso aqui no Estado, possibilitará que todos os capixabas sejam cadastrados em serviços de atenção básica. Para isso, é preciso que seja seguida a lógica do plano diretor de regionalização, no qual os níveis de atendimentos da Atenção Primária, Secundária e Terciária devem estar respectivamente ligados aos municípios, às micro e macrorregiões.

As redes de atenção à saúde são bem avaliadas em países desenvolvidos e já há experiências bem-sucedidas no Brasil, como em Curitiba (PR), por exemplo, que atualmente oferece o melhor serviço municipal de saúde do País. O Ministério da Saúde (MS) já estimula essa nova concepção de saúde pública.

De acordo com a consultora do MS, Maria Emi Shimazaki, a oficina é apenas o início de um trabalho que tem como objetivo a implantação da Rede de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança e da Rede de Urgência e Emergência, dois projetos que estão inseridos na rede de atenção à saúde do Espírito Santo.

Segundo ela, até o final do ano serão realizadas diversas oficinas em todas as microrregiões do Estado e, na medida em que as reuniões forem organizadas, a rede começará a tomar forma.

Para Shimazaki, a criação da Rede de Atenção à Saúde da Mulher possibilitará garantir a qualidade da atenção à saúde dispensada ao usuário, a resolução de problemas e a diminuição da mortalidade infantil e materna.

Já a Rede Urgência e Emergência otimizará os serviços prestados nos prontos-socorros estaduais. A partir da sua implantação, os atendimentos nesses locais serão feitos mediante classificação de risco e, além disso, cada ponto de atenção da rede terá a competência definida.

Eugênio Vilaça é um dos estudiosos na área de redes de atenção à saúde. Ele explica que a proposta de implantação deste sistema decorre da situação da saúde pública no Brasil. Por aqui, segundo ele, 2/3 das cargas de enfermidades existentes são crônicas, ao passo que o restante dos agravos está ligado ao desenvolvimento de moléstias transmissíveis ou a causas externas.

Sob essa perspectiva, ele analisa que o atual sistema de saúde pública se mostra inadequado. Como exemplo, o especialista cita os sistemas estaduais, centrados no atendimento de urgência e emergência e, portanto, destinado aos atendimentos de casos em fase crítica.

O especialista propõe uma reestruturação completa do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos objetivos é que os estados não concentrem tanto os serviços de prontos-socorros e aumentem os investimentos na Atenção Primária à saúde. “O segredo é investir nos postos de saúde municipais”, explica, para que haja um choque de qualidade dos serviços oferecidos.


Programação:

- Dia 26/03

13h30 – Aula interativa;
14h30 – Trabalho;
16 horas – Intervalo;
16h15 – Aula interativa;
17h15 – Aula interativa;
18h15 – Encerramento.

- Dia 27/03

8h30 – Trabalho em grupo;
10 horas – Intervalo;
10h15 – Exercício simulado;
12h15 – Almoço;
13h30 – Plenária;
15 horas – Avaliação;
16 horas – Encerramento do evento.
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard