18/01/2008 17h07 - Atualizado em
23/09/2015 13h19
Espírito Santo receberá 20 mil doses de vacina contra febre amarela na próxima semana
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu a confirmação do Ministério da Saúde (MS), nesta sexta-feira (18), de que o Espírito Santo vai receber mais 20 mil doses da vacina contra a febre amarela no início da próxima semana.
De segunda (14) até esta sexta-feira (18), a Sesa já distribuiu cerca de 20 mil doses das vacinas. Muitas, porém, foram destinadas a pessoas que não se enquadravam nas orientações do MS. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, a conscientização dos capixabas é que vai garantir a proteção de todos. “A vacina tem que ser priorizada para quem realmente corre o risco de contrair a doença e trazê-la para o Estado. Por isso, o mais importante agora é vacinar quem vai para as áreas de risco evidente, onde há a transmissão da doença em humanos, que são as áreas de mata de Goiás (GO), Mato Grosso do Sul (MS) e Distrito Federal (DF)”, esclareceu.
A orientação do Ministério da Saúde é enfocar a vacinação para a área rural e de ecoturismo de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, além de intensificar a eliminação do vetor urbano (Aedes aegypti), medida de controle também da dengue, doença que mata mais do que a febre amarela.
No Espírito Santo, de 1998 a 2007, foram vacinados 1.210.773 pessoas contra a febre amarela. Os anos de 2000, 2001, 2003 e 2004 foram os que registraram maior cobertura vacinal. São 39 municípios no Estado que vacinam rotineiramente a população acima de nove meses de idade. Ao todo, 861.843 capixabas desses municípios já foram vacinados. Em 2008, a Sesa já disponibilizou mais de 26 mil doses da vacina para todo o Estado.
Unidades de Saúde
O Estado orientou os municípios a racionalizarem a distribuição da vacina. Em conjunto com coordenadores municipais de imunizações da Grande Vitória, foram definidas algumas estratégias, entre elas:
• Centralizar as vacinas no menor número possível de unidades de saúde, com reforço de profissionais;
• Distribuir senhas na unidade de acordo com o número de doses de vacina disponíveis no expediente;
• Durante a distribuição, informar quem terá prioridade para se vacinar. Em situações extremas, solicitar documentação que confirme a viagem para área de alto risco;
• Municípios que realizam vacinação contra febre amarela de rotina deverão avaliar a possibilidade de suspender a rotina e priorizar os viajantes, conforme orientações do MS;
• Turistas de outros Estados serão vacinados no ES seguem as mesmas recomendações: apenas os que retornam para áreas de alto risco.
• Além disso, quem estiver retornando aos seus Estados fora dessas regiões devem se vacinar em seus municípios de residência;
• Terminando as vacinas existentes, orientar quem não conseguiu se vacinar para tentar adiar a viagem, se possível tentar se vacinar nas barreiras existentes nos Estados hoje prioritários, usar repelentes, evitar freqüentar áreas de matas, rios e cachoeiras até que haja reposição de novas vacinas.
Áreas de alto risco
As áreas que apresentam alto risco são os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (áreas de mata, onde ocorrem epizootias e casos suspeitos e confirmados de febre amarela).
Para as demais áreas do Brasil (endêmicas – Norte do país, Centro Oeste, Maranhão), de transição e risco potencial (todo o Estado de MG, Sul do Piauí, Oeste e Sul da Bahia, Norte do ES, Noroeste de São Paulo e Oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), é indicada vacinação para moradores e viajantes na rotina, durante o ano. Porém, neste momento, a prioridade é para as regiões onde existe confirmação de casos e epizootias.
Registros
Os 10 casos confirmados em 2008 são de febre amarela silvestre. Desses, sete evoluíram para óbito e a maioria adquiriu a doença no Estado de Goiás e um no Mato Grosso do Sul; em MG só estão ocorrendo epizootias em algumas áreas próximas à divisa com GO, Norte e Sul do Estado. Todos adquiriram a doença em área rural ou reservas ecológicas. Nenhuma em área urbana.
Em 2007, houve a notificação de seis casos de febre amarela no país: um no Estado do Amazonas, três em Goiás, um em Roraima e outro no Pará. No ano de 2006 foram registrados dois casos do agravo em todo o país, no Mato Grosso e no Amazonas.
Já nos anos de 2000 e 2003 ocorreram surtos da doença no país, com 85 e 64 casos registrados respectivamente, sendo Goiás e Minas Gerais os Estados com mais ocorrências de febre amarela.
Saiba mais
• No Brasil, rotineiramente, a vacinação é indicada para a população nas áreas endêmicas, de transição e de risco potencial. Hoje, nas áreas livres, chamadas indenes, as pessoas que se deslocarem para as áreas de alto risco devem ser vacinadas;
• A vacina integra o calendário de vacinação brasileiro e deve ser tomada, segundo as recomendações, a partir dos nove meses de vida nos locais de risco, chamados de áreas endêmicas, de transição ou risco potencial;
• A vacina tem validade de dez anos e é feita em dose única. Mensalmente, a Sesa distribui aos municípios 20 mil doses para vacinação;
• A recomendação é a vacinação contra a doença dez dias antes de viajar ao local escolhido. A antecedência é essencial para o organismo humano criar imunidade contra o agravo;
• A vacina contra a febre amarela pode causar alguns efeitos colaterais, como dor local, febre, dor muscular e dor de cabeça por um ou dois dias;
• Gestantes, pessoas com problemas de saúde que levam à baixa de imunidade, alergias graves a algum componente da vacina e menores de seis meses de idade não podem receber a dose de imunização;
• A letalidade da doença é, em média, de 51% das pessoas que contraem o agravo. O último caso do agravo registrado no Estado ocorreu em 1932, em Santa Teresa;
A doença
• A febre amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico, que ataca o fígado e outros órgãos, podendo levar à morte. A transmissão ocorre, principalmente, em regiões de matas;
• Nas matas, a doença ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. Esses mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios e picam o homem quando ele entra na mata. Caso o indivíduo não esteja vacinado, ele corre o risco de contrair a doença;
• A maior incidência do agravo acontece nos meses de janeiro a abril, período das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e, por coincidir com a época de férias, muitos turistas não vacinados se deslocam para regiões de risco;
• O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática e renal. Os principais sintomas da febre amarela são: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte, cansaço, calafrios, vômito e diarréia aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de incubação). Aproximadamente metade dos casos da doença evolui bem;
• Os outros casos podem apresentar sintomas mais graves como icterícia, hemorragias, comprometimento dos rins, fígado (hepatite e coma hepático), pulmão e problemas cardíacos que podem levar à morte. Como não existe tratamento específico para a doença, o paciente deve receber uma assistência cuidadosa.
Informações à Imprensa:
Informações Adicionais:
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Lorena Fraga e Manuella Siqueira
lorenafraga@saude.es.gov.br
manuellaromeiro@saude.es.gov.br
(27) 3137-2378/2307/9969-8271/9943-2776
De segunda (14) até esta sexta-feira (18), a Sesa já distribuiu cerca de 20 mil doses das vacinas. Muitas, porém, foram destinadas a pessoas que não se enquadravam nas orientações do MS. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, a conscientização dos capixabas é que vai garantir a proteção de todos. “A vacina tem que ser priorizada para quem realmente corre o risco de contrair a doença e trazê-la para o Estado. Por isso, o mais importante agora é vacinar quem vai para as áreas de risco evidente, onde há a transmissão da doença em humanos, que são as áreas de mata de Goiás (GO), Mato Grosso do Sul (MS) e Distrito Federal (DF)”, esclareceu.
A orientação do Ministério da Saúde é enfocar a vacinação para a área rural e de ecoturismo de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, além de intensificar a eliminação do vetor urbano (Aedes aegypti), medida de controle também da dengue, doença que mata mais do que a febre amarela.
No Espírito Santo, de 1998 a 2007, foram vacinados 1.210.773 pessoas contra a febre amarela. Os anos de 2000, 2001, 2003 e 2004 foram os que registraram maior cobertura vacinal. São 39 municípios no Estado que vacinam rotineiramente a população acima de nove meses de idade. Ao todo, 861.843 capixabas desses municípios já foram vacinados. Em 2008, a Sesa já disponibilizou mais de 26 mil doses da vacina para todo o Estado.
Unidades de Saúde
O Estado orientou os municípios a racionalizarem a distribuição da vacina. Em conjunto com coordenadores municipais de imunizações da Grande Vitória, foram definidas algumas estratégias, entre elas:
• Centralizar as vacinas no menor número possível de unidades de saúde, com reforço de profissionais;
• Distribuir senhas na unidade de acordo com o número de doses de vacina disponíveis no expediente;
• Durante a distribuição, informar quem terá prioridade para se vacinar. Em situações extremas, solicitar documentação que confirme a viagem para área de alto risco;
• Municípios que realizam vacinação contra febre amarela de rotina deverão avaliar a possibilidade de suspender a rotina e priorizar os viajantes, conforme orientações do MS;
• Turistas de outros Estados serão vacinados no ES seguem as mesmas recomendações: apenas os que retornam para áreas de alto risco.
• Além disso, quem estiver retornando aos seus Estados fora dessas regiões devem se vacinar em seus municípios de residência;
• Terminando as vacinas existentes, orientar quem não conseguiu se vacinar para tentar adiar a viagem, se possível tentar se vacinar nas barreiras existentes nos Estados hoje prioritários, usar repelentes, evitar freqüentar áreas de matas, rios e cachoeiras até que haja reposição de novas vacinas.
Áreas de alto risco
As áreas que apresentam alto risco são os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (áreas de mata, onde ocorrem epizootias e casos suspeitos e confirmados de febre amarela).
Para as demais áreas do Brasil (endêmicas – Norte do país, Centro Oeste, Maranhão), de transição e risco potencial (todo o Estado de MG, Sul do Piauí, Oeste e Sul da Bahia, Norte do ES, Noroeste de São Paulo e Oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), é indicada vacinação para moradores e viajantes na rotina, durante o ano. Porém, neste momento, a prioridade é para as regiões onde existe confirmação de casos e epizootias.
Registros
Os 10 casos confirmados em 2008 são de febre amarela silvestre. Desses, sete evoluíram para óbito e a maioria adquiriu a doença no Estado de Goiás e um no Mato Grosso do Sul; em MG só estão ocorrendo epizootias em algumas áreas próximas à divisa com GO, Norte e Sul do Estado. Todos adquiriram a doença em área rural ou reservas ecológicas. Nenhuma em área urbana.
Em 2007, houve a notificação de seis casos de febre amarela no país: um no Estado do Amazonas, três em Goiás, um em Roraima e outro no Pará. No ano de 2006 foram registrados dois casos do agravo em todo o país, no Mato Grosso e no Amazonas.
Já nos anos de 2000 e 2003 ocorreram surtos da doença no país, com 85 e 64 casos registrados respectivamente, sendo Goiás e Minas Gerais os Estados com mais ocorrências de febre amarela.
Saiba mais
• No Brasil, rotineiramente, a vacinação é indicada para a população nas áreas endêmicas, de transição e de risco potencial. Hoje, nas áreas livres, chamadas indenes, as pessoas que se deslocarem para as áreas de alto risco devem ser vacinadas;
• A vacina integra o calendário de vacinação brasileiro e deve ser tomada, segundo as recomendações, a partir dos nove meses de vida nos locais de risco, chamados de áreas endêmicas, de transição ou risco potencial;
• A vacina tem validade de dez anos e é feita em dose única. Mensalmente, a Sesa distribui aos municípios 20 mil doses para vacinação;
• A recomendação é a vacinação contra a doença dez dias antes de viajar ao local escolhido. A antecedência é essencial para o organismo humano criar imunidade contra o agravo;
• A vacina contra a febre amarela pode causar alguns efeitos colaterais, como dor local, febre, dor muscular e dor de cabeça por um ou dois dias;
• Gestantes, pessoas com problemas de saúde que levam à baixa de imunidade, alergias graves a algum componente da vacina e menores de seis meses de idade não podem receber a dose de imunização;
• A letalidade da doença é, em média, de 51% das pessoas que contraem o agravo. O último caso do agravo registrado no Estado ocorreu em 1932, em Santa Teresa;
A doença
• A febre amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico, que ataca o fígado e outros órgãos, podendo levar à morte. A transmissão ocorre, principalmente, em regiões de matas;
• Nas matas, a doença ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. Esses mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios e picam o homem quando ele entra na mata. Caso o indivíduo não esteja vacinado, ele corre o risco de contrair a doença;
• A maior incidência do agravo acontece nos meses de janeiro a abril, período das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e, por coincidir com a época de férias, muitos turistas não vacinados se deslocam para regiões de risco;
• O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática e renal. Os principais sintomas da febre amarela são: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte, cansaço, calafrios, vômito e diarréia aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de incubação). Aproximadamente metade dos casos da doença evolui bem;
• Os outros casos podem apresentar sintomas mais graves como icterícia, hemorragias, comprometimento dos rins, fígado (hepatite e coma hepático), pulmão e problemas cardíacos que podem levar à morte. Como não existe tratamento específico para a doença, o paciente deve receber uma assistência cuidadosa.
Informações à Imprensa:
Informações Adicionais:
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Lorena Fraga e Manuella Siqueira
lorenafraga@saude.es.gov.br
manuellaromeiro@saude.es.gov.br
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