09/09/2009 05h35 - Atualizado em
23/09/2015 13h25
Espírito Santo vai aderir a novo tratamento contra a tuberculose

O Ministério da Saúde (MS) implantou um novo tratamento contra a tuberculose. Assim como os demais estados, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, o Espírito Santo adotará o novo tratamento até o final do ano, quando receberá o medicamento indicado pelas autoridades federais.
Na prática, houve duas mudanças em relação à terapia tradicional. A primeira foi a introdução de uma nova droga (etambutol), como o quarto fármaco utilizado no processo de cura. A segunda é que o tratamento será feito com apenas um medicamento, composto pelo etambutol e pelos três remédios atualmente usados. Esta é a Dose Fixa Combinada (DFC), conhecida como ‘quatro em um’.
O objetivo, segundo a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ana Paula Rodrigues Costa, é aumentar a adesão dos pacientes, evitando o abandono e a resistência ao medicamento. Ela ressalta que o novo sistema será utilizado em pacientes com, no mínimo, 10 anos de idade.
“Depois que os comprimidos ‘quatro em um’ chegarem ao Estado, iniciaremos a capacitação dos profissionais que atuam nos programas municipais e, só então, começaremos a prescrever o novo tratamento aos pacientes capixabas”, enfatiza a coordenadora.
Ela afirma que, além de o tratamento no Brasil se adequar às normas internacionais, a mudança representará benefícios para todos os pacientes diagnosticados com tuberculose. “O esquema básico com quatro fármacos em um vai proporcionar maior adesão ao tratamento, aumentando o sucesso terapêutico e diminuido a multirresistência às drogas. Como consequência, vai aumentar a taxa de cura. Haverá ainda redução de custos e logística facilitada para armazenamento, distribuição e fornecimento de medicamentos”, prevê.
Dados do Estado
De acordo com dados da Sesa, o índice de abandono do esquema de terapia contra tuberculose é de 7% dos pacientes que iniciam o uso dos medicamentos. Este índice é superior ao preconizado pelo MS, que é de 5%, porém inferior à média nacional, de 8%. O percentual de cura no Espírito Santo (81%) também é menor que o preconizado (85%) e maior que a média brasileira (70%).
Há seis anos, no Estado, a quantidade de novos casos notificados de tuberculose (TB) permanece equilibrada. Aproximadamente 1.350 pessoas adoecem a cada ano. No Espírito Santo, os municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari e São Mateus concentram 70% dos casos.
A doença
A tuberculose é uma infecção pulmonar causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch, em homenagem ao médico patologista e bacteriologista Robert Koch, que descobriu a bactéria, em 1882.
Apesar de ter cura, ela é uma doença que pode levar à morte, sendo que uma das principais causas é o abandono do tratamento. Quando o paciente deixa de se tratar, ele passa a ficar resistente ao medicamento e desenvolve a chamada “multidroga resistência”.
O óbito pela doença também pode ser causado pelo diagnóstico tardio e pela recidiva, que ocorre quando o tratamento é feito de forma inadequada e, antes de cinco anos, ele volta a apresentar a doença. “É importante ressaltar que o tratamento da tuberculose é gratuito e tem que ser feito durante seis meses de forma ininterrupta. Com o desaparecimento dos sintomas, o paciente acha que está curado, mas não está”, alerta Ana Paula Rodrigues Costa.
Ela explica que a pessoa que apresenta os sintomas da doença deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa para realizar o exame conhecido como Baciloscopia de Escarro, cujo resultado fica pronto no mesmo dia.
Os sintomas da tuberculose são: tosse – com ou sem escarro – por mais de três semanas; perda de apetite; emagrecimento; cansaço fácil; dor no peito e nas costas; e febre baixa, geralmente à tarde.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Na prática, houve duas mudanças em relação à terapia tradicional. A primeira foi a introdução de uma nova droga (etambutol), como o quarto fármaco utilizado no processo de cura. A segunda é que o tratamento será feito com apenas um medicamento, composto pelo etambutol e pelos três remédios atualmente usados. Esta é a Dose Fixa Combinada (DFC), conhecida como ‘quatro em um’.
O objetivo, segundo a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ana Paula Rodrigues Costa, é aumentar a adesão dos pacientes, evitando o abandono e a resistência ao medicamento. Ela ressalta que o novo sistema será utilizado em pacientes com, no mínimo, 10 anos de idade.
“Depois que os comprimidos ‘quatro em um’ chegarem ao Estado, iniciaremos a capacitação dos profissionais que atuam nos programas municipais e, só então, começaremos a prescrever o novo tratamento aos pacientes capixabas”, enfatiza a coordenadora.
Ela afirma que, além de o tratamento no Brasil se adequar às normas internacionais, a mudança representará benefícios para todos os pacientes diagnosticados com tuberculose. “O esquema básico com quatro fármacos em um vai proporcionar maior adesão ao tratamento, aumentando o sucesso terapêutico e diminuido a multirresistência às drogas. Como consequência, vai aumentar a taxa de cura. Haverá ainda redução de custos e logística facilitada para armazenamento, distribuição e fornecimento de medicamentos”, prevê.
Dados do Estado
De acordo com dados da Sesa, o índice de abandono do esquema de terapia contra tuberculose é de 7% dos pacientes que iniciam o uso dos medicamentos. Este índice é superior ao preconizado pelo MS, que é de 5%, porém inferior à média nacional, de 8%. O percentual de cura no Espírito Santo (81%) também é menor que o preconizado (85%) e maior que a média brasileira (70%).
Há seis anos, no Estado, a quantidade de novos casos notificados de tuberculose (TB) permanece equilibrada. Aproximadamente 1.350 pessoas adoecem a cada ano. No Espírito Santo, os municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari e São Mateus concentram 70% dos casos.
A doença
A tuberculose é uma infecção pulmonar causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch, em homenagem ao médico patologista e bacteriologista Robert Koch, que descobriu a bactéria, em 1882.
Apesar de ter cura, ela é uma doença que pode levar à morte, sendo que uma das principais causas é o abandono do tratamento. Quando o paciente deixa de se tratar, ele passa a ficar resistente ao medicamento e desenvolve a chamada “multidroga resistência”.
O óbito pela doença também pode ser causado pelo diagnóstico tardio e pela recidiva, que ocorre quando o tratamento é feito de forma inadequada e, antes de cinco anos, ele volta a apresentar a doença. “É importante ressaltar que o tratamento da tuberculose é gratuito e tem que ser feito durante seis meses de forma ininterrupta. Com o desaparecimento dos sintomas, o paciente acha que está curado, mas não está”, alerta Ana Paula Rodrigues Costa.
Ela explica que a pessoa que apresenta os sintomas da doença deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa para realizar o exame conhecido como Baciloscopia de Escarro, cujo resultado fica pronto no mesmo dia.
Os sintomas da tuberculose são: tosse – com ou sem escarro – por mais de três semanas; perda de apetite; emagrecimento; cansaço fácil; dor no peito e nas costas; e febre baixa, geralmente à tarde.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
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