12/01/2005 09h56 - Atualizado em 23/09/2015 09h30

Estado faz transplantes de fígado, coração e pâncreas em 2005

O Espírito Santo, que já é primeiro lugar no país em transplante de rim, inicia neste ano, uma nova fase com a realização de transplantes de fígado, coração e rim/pâncreas conjugado.

A informação é da assistente social da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Espírito Santo, Maísa Ferrão, ao divulgar o balanço de procedimentos realizados em 2004.

Durante todo o ano, a Central realizou um total de 187 transplantes. Destes, 87 são de rim e 100 de córneas. “Além disso, temos mais de 400 pessoas inscritas como doadores voluntários de medula óssea”, disse Maísa.

A história de transplantes no Estado teve início em 1976, com a realização do primeiro transplante de rim. Em 1980, foi realizado o primeiro transplante de córnea e, em 2003, o primeiro transplante cardíaco.

No Estado, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), é responsável por coordenar as atividades de doação e transplante de órgãos e tecidos no âmbito estadual, desde a retirada até a indicação do receptor.

Procedimento

A identificação de uma pessoa em morte encefálica (potencial doador), em um hospital, marca o início de um processo, que poderá chegar a uma doação de órgãos.

“A identificação pressupõe uma avaliação médica e a realização do 1º exame clínico do Termo de Declaração de Morte Encefálica. Após essa identificação é preciso que o hospital faça, com urgência, a notificação à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Espírito Santo“, explicou a assistente social.

A Central, sabendo da existência de um potencial doador, se dirige até ao local onde este se encontra para avaliá-lo com base na sua história clínica, medicações em uso, condição hemodinâmica, exames laboratoriais, e a viabilidade dos órgãos e tecidos.

Depois de confirmado o diagnóstico de morte encefálica, o médico responsável pelo paciente ou um membro da equipe hospitalar, comunica à família. “Depois disso, a equipe da Central faz uma entrevista familiar, para saber quanto à possível doação de órgãos”, disse.

Caso a família não autorize a doação dos órgãos/tecidos, interrompe-se todo o processo. Mas, caso a família deseje continuar com os procedimentos, a equipe providencia o preenchimento e a assinatura do Termo de Doação de Órgãos e Tecidos.

“Uma vez concedida a autorização, por um membro da família de até 2º grau, iniciamos o processo de captação e distribuição dos órgãos ou tecidos”, explicou Maísa.

“É fundamental comunicar a família a decisão deixando claro o desejo em ser doador. Isto porque caberá a família autorizar ou não a doação. Não é preciso deixar registrado em nenhum documento”, salientou.

A assistente social lembra, ainda, que a família do doador não é responsável por nenhuma despesa com exames, cirurgias ou qualquer outro procedimento envolvido na doação. “O Sistema Único de Saúde cobre todas as despesas”, disse.

A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Espírito Santo funciona em regime de plantão 24 horas, anexo ao Hospital da Polícia Militar (HPM), na Avenida Joubert de Barros, em Bento Ferreira, Vitória.

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