17/11/2008 15h51 - Atualizado em 23/09/2015 13h22

Estado inaugura Centro de Referência em Distonias e Espasticidades nesta terça (18)

Nesta terça-feira (18), às 8 horas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) inaugura o Centro de Referência em Distonias e Espastidades. Trata-se de uma ação do Estado que visa a ampliar a assistência aos pacientes que sofrem com essas doenças. O espaço funcionará no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha. O secretário Anselmo Tozi estará presente à solenidade.

Espasticidade é um distúrbio que pode gerar incapacidade nos movimentos das pessoas, geralmente aquelas acometidas por lesões no sistema nervoso central. A distonia também está relacionada a uma disfunção neurológica e é caracterizada pela presença de contrações musculares involuntárias em diferentes regiões do corpo.

No Espírito Santo, estima-se que existam 1.000 portadores de distonia e espasticidade. Atualmente, 242 pacientes recebem medicamento fornecido pelas farmácias dos Centros Regionais de Especialidades (CREs). Embora esse número seja pequeno, o Estado gasta R$ 670 mil por ano na disponibilização da toxina botulínica, remédio usado no tratamento desses males.

Benefícios

A criação do Centro trará mais benefícios aos pacientes: além de continuarem recebendo medicamentos, também terão acesso a consultas com neurologista e fisiatra, que farão o acompanhamento das doenças (muitas vezes subdiagnosticadas) e o serviço de aplicação da toxicina botulínica, sem custos. Até então, os usuários viabilizavam e arcavam com essas aplicações em consultórios e clínicas particulares.

“O Estado, que já disponibiliza o medicamento, está dando mais um passo no sentido de ofertar também um serviço especializado nas áreas de neurologia e fisiatria e, com isso, garantir a aplicação dos produtos e o monitoramento clínico dos pacientes. Ou seja, estamos falando de uma assistência integral e de qualidade”, explica o gerente de Assistência Farmacêutica da Sesa, Silvio Machado.

Como os 242 pacientes receberão, em média, 968 aplicações da medicação por ano, a Secretaria investirá mais R$ 200 mil para oferecer esse serviço adicional. No total, entre medicamentos e aplicações, serão gastos, anualmente, R$ 870 mil. Se tivessem que buscar esse mesmo atendimento na iniciativa particular, cada um dos 242 usuários teria uma despesa anual de R$ 8,5 mil, o que somaria uma despesa total de R$ 2 milhões para o grupo.

“Outro ganho importante é que o Centro passa a funcionar como uma unidade de regulação para garantir que esse medicamento seja utilizado somente para fins terapêuticos e não estéticos, propiciando uma preservação do interesse público. Hoje, a avaliação das solicitações é restrita ao processo documental do paciente, o que não impede as possibilidades de burlar o protocolo”, conclui o gerente.

Funcionamento

Todos os 242 pacientes cadastrados nas farmácias estaduais (que atualmente recebem a toxina botulínica) terão uma consulta agendada com o neurologista (pacientes com distonia) e com o fisiatra (pacientes com espasticidade). As pessoas que tiverem indicação para o medicamento também deverão passar pela avaliação dos especialistas. O objetivo é que haja um acompanhamento integral dos casos.

A priori, a aplicação dos remédios será realizada no Crefes, em Vila Velha. Mas, de acordo com Silvio Machado, em uma segunda etapa, serão abertos mais dois pólos de aplicação descentralizada, ambos em Vitória: um no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Maruípe, e outro no Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, na Vila Rubim.

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