15/01/2009 06h29 - Atualizado em 23/09/2015 13h23

Estado inicia 2009 livre de risco potencial de febre amarela

O Espírito Santo não pertence mais ao grupo de estados brasileiros considerados de risco potencial para a incidência de febre amarela. Neste ano, os 39 municípios que ainda figuravam na lista de risco desde 2004 – a maioria localizada no Centro-Norte do Estado – passam agora a ser considerados áreas de alerta epidemiológico, ou seja, apesar de não haver registro do vírus, estão sujeitas a ele, devido à proximidade com regiões de risco potencial.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande Koehler, isso significa que não existe mais no Espírito Santo a necessidade de vacinação de rotina onde há alerta epidemiológico (o que acontecia desde 2004) e que, por isso, foram suspensas pelo Ministério da Saúde (MS).

“Agora, nos municípios capixabas, serão aplicadas as vacinas contra a doença apenas nas pessoas que forem viajar para as áreas de mata das regiões endêmicas e de transição: região Norte, Centro-Oeste, Minas Gerais e parte do Piauí, Maranhão e Bahia, e oeste da Região Sul”, disse a coordenadora.

Incidência

O risco de incidência de febre amarela é detectado a partir da ocorrência de morte de macacos causada pela doença. No Estado, não foi confirmada nenhuma suspeita de febre amarela nos últimos 60 anos.

“Mas é importante que a população fique atenta quando for viajar, pois é no verão que os riscos são maiores, já que há grande deslocamento de pessoas pelo território brasileiro, por causa das férias, principalmente em matas e regiões de ecoturismo”, observou Marta.

A vacina pode ser encontrada nos postos de saúde municipais. Pessoas que tenham tomado a vacina há menos de 10 anos, mulheres grávidas e pacientes com doenças que levam à deficiência imunológica (como Aids e câncer), não devem recorrer à vacina. Além disso, ela deve ser tomada 10 dias antes da viagem.


Saiba mais sobre a doença:

- A febre amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico, que acomete o fígado e outros órgãos, podendo levar à morte. A transmissão ocorre, principalmente, em regiões de matas;

- Nas matas, a doença ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. Os mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios e picam o homem quando ele entra na mata. Caso o indivíduo não esteja vacinado, ele corre o risco de contrair a doença;

- A maior incidência do agravo acontece nos meses de janeiro a abril, período das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e, por coincidir com a época de férias, muitos turistas não vacinados se deslocam para regiões de risco;

- O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática e renal. Os principais sintomas da febre amarela são: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte, cansaço, calafrios, vômito e diarreia aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de incubação).

Os municípios que deixaram de ser considerados de área de risco ambiental são:

- Afonso Cláudio

- Água Doce do Norte

- Águia Branca

- Alto Rio Novo

- Aracruz

- Baixo Guandu

- Barra de São Francisco

- Boa Esperança

- Brejetuba

- Colatina

- Conceição da Barra

- Ecoporanga

- Fundão

- Governador Lindenberg

- Ibiraçu

- Itaguaçu

- Itarana

- Jaguaré

- João Neiva

- Laranja da Terra

- Linhares

- Mantenópolis

- Marilândia

- Montanha

- Mucurici

- Nova Venécia

- Pancas

- Pedro Canário

- Pinheiros

- Ponto Belo

- Rio Bananal

- Santa Teresa

- São Domingos do Norte

- São Gabriel da Palha

- São Mateus

- São Roque do Canaã

- Sooretama

- Vila Pavão

- Vila Valério

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