14/07/2011 08h01 - Atualizado em 23/09/2015 13h30

Estado registra redução de mais de 200% na fila de espera para transplante de córnea

A fila de espera para transplante de córneas reduziu significativamente no Espírito Santo . Enquanto em janeiro deste ano 384 pessoas estavam inscritas para o transplante, em julho esse número caiu para 119, uma redução de 222%.

O número é motivo de comemoração para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Afinal, ele representa um aumento de 85% nos transplantes. No ano passado, de janeiro a maio, 59 pessoas receberam uma nova córnea. Já este ano, no mesmo período, foram 109, quase o dobro.

Essa elevação tem fatores que, somados, incrementaram as doações. A coordenadora da Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO) da Sesa, Rosemery Erlacher, considera que os investimentos feitos pela Secretaria para alavancar as doações refletiram no resultado positivo.

Entre esses investimentos, ela destaca a inauguração do Banco de Olhos do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), realizada em agosto do ano passado. A Sesa investiu R$ 300 mil para equipar o setor com refrigeradores para congelamento de tecidos, cabine de segurança biológica, centrífuga para avaliação sanguínea, microscópios, dentre outros, e repassa um recurso anual de R$ 1,3 milhão para o custeio da unidade, que inclui os procedimentos de captação e transplantes.

“O Banco de Olhos se tornou mais uma porta de entrada da captação da córnea. De setembro de 2010 até a primeira quinzena de julho deste ano, 140 transplantes foram feitos no hospital. Essa contribuição foi substancial”, informa.

Rosemery Erlacher também atribui a capacitação das equipes das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) dos hospitais como fundamental. Treinadas, as equipes tiveram maior sucesso na abordagem às famílias do potencial doador.

E a Comissão do Hospital Evangélico de Vila Velha, unidade filantrópica, tem sido destaque na Sesa, pelas estatísticas do órgão, pois tem sido a primeira em número de óbitos notificados e efetivação da captação de órgãos.

Espera

Com o aumento das doações, diminuiu o tempo de espera pelo procedimento. Antes, a espera pelo transplantes era de até dois anos. Hoje, esse tempo diminuiu para seis a quatro meses, o que beneficiou os pacientes, como a analista de contas, Camila Verdan Fernandes, 23 anos.

Aos 16 anos, ela detectou um problema no olho esquerdo que só seria resolvido com uma nova córnea. Aos 17, ela foi inscrita para a realização do transplante, que só foi realizado quatro anos depois, aos 21 anos.

Este ano, Camila descobriu que precisaria de um novo transplante, dessa vez no olho direito. Em março ela foi inscrita no cadastro e pensou que levaria o mesmo tempo para conseguir uma córnea. Moradora de Guaçuí, ele ficou surpresa quando recebeu um telefonema da mãe informando que o transplante aconteceria em breve.

“Minha mãe me ligou e me disse que eu faria a cirurgia. Eu não acreditei, fiquei meio abobada com a notícia pensando até que fosse para a semana seguinte. Foi quando minha mãe me informou que minha cirurgia seria realizada em dois dias. Nem acreditei”, conta. Camila foi operada no dia 7 de julho, cerca de três meses depois de ter entrado na lista de transplante.

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